domingo, 29 de dezembro de 2013

MARIA, MÃE DE JESUS -- MULHER MUITO AGRACIADA!

INTRODUÇÃO: Maria, a santa mãe do Senhor Jesus Cristo, recebeu muitas graças de Deus, das quais, a seguir, registramos algumas. Ei-las:

I. A graça da existência: A existência é, por si só, uma grande graça de Deus. E Maria existe há mais de 2000 anos. Antes disso, ela nem existia; mas a partir de então, veio à existência, pois Deus, o Criador de todas as coisas, criou-a (At 17.24; Ap 4.11). Como é bom existir! O caro leitor já agradeceu a Deus, por Ele lhe ter criado? Se ainda não, faça-o já!

II. A graça de servir a Deus: Poucos são os que, verdadeiramente, servem a Deus; mas Maria estava e está entre os tais. Disse ela: “Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1.38. Grifo nosso). Sim, Maria teve a graça de poder servir a Deus! Você, ó leitor, também já é um servo de Deus? Não?! O que você está esperando?

III. A graça de ter um lar feliz: Basta-nos, ler Mt 1.18-25; e Lc 1.26-38, para sabermos que Maria, por ser uma moça normal, sonhava com o que, normalmente, todas as jovens de bem sonham: tornar-se esposa e mãe. E, por isto, enamorou-se de um rapaz chamado José, com o qual se casou. Oh! Como é bom constituir nosso lar! José e Maria também pensavam assim, e, com a ajuda de Deus, constituíram uma família feliz! Sim, aquela que, como Jael (Juízes 5.24), também era bendita entre as mulheres (Lucas 1.28), teve, entre outras bênçãos, essa indizível graça: um lar feliz! Oh! Quão bom seria, se em todos os lares reinasse a paz!

IV. A graça da maternidade: Segundo a Bíblia, pouco antes de Maria se casar, foi surpreendida por um anjo que lhe dizia que ela havia sido eleita por Deus para ser a mãe do Salvador do mundo (Lc 1.26-33). Até então, ela ainda não havia tido nenhuma relação sexual, pois não era casada, mas apenas, noiva. Ela e José sabiam que o relacionamento sexual fora da moldura do casamento é pecado (1Co 6.9). Por isso, Maria perguntou ao anjo: “Como se fará isso, visto que não conheço homem?” E o anjo lhe disse que se tratava de um milagre do Espírito Santo (Lc 1.34-35). Oh! Quão bom seria se todos seguissem o belo exemplo de José e Maria, que primavam pela castidade! Que tal, leitor, gritarmos não à prostituição, ao adultério, ao homossexualismo, etc., e, como José e Maria, só aceitarmos o relacionamento sexual entre marido e mulher?
       Ter um Filhão como Jesus, é, sem dúvida, uma graça incomum, bem como uma felicidade indescritível! Mas, como se tudo isso não bastasse, Deus deu à sua serva Maria a felicidade de ser mãe de, pelo menos, mais seis filhos, a saber, duas filhas, cujos nomes não constam da Bíblia, e quatro filhos homens: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13.55-56). Estes não foram gerados extraordinariamente pelo Espírito Santo (como o fora Jesus), mas pelo concurso natural de seus pais - José e Maria.
       Esta vida não é constituída só de flores. Alguém já disse acertadamente que “as roseiras têm espinhos”. Maria também deparou com esses espinhos. Refiro-me ao fato de que, certamente, por muito tempo, os seus demais filhos muito preocuparam, pois não criam em Cristo (Jo 7.5). Ora, Maria sabia que o Inferno aguarda a todos os que recusam crer em Cristo, o que inclui, obviamente, os irmãos de Jesus. Esse transtorno, porém, teve um fim feliz, porquanto os irmãos de Jesus também o receberam como Salvador de suas almas (At 1.14). Que graça! Que alegria!

V. A graça de ser um exemplo de vida: A fidelidade de Maria é um estímulo a todos nós. A sua vida inspira fé e amor. Tal se dá porque se ela pôde ser fiel, todos podemos sê-lo também, já que ela era um ser humano normal, igual a todos nós; e não um anjo, nem tampouco uma deusa. Imitemos, pois, a Maria, e sejamos agraciados também! O privilégio de ter Jesus no ventre, foi exclusivo de Maria, mas a graça indizível de tê-Lo no coração, é extensiva a todos nós! Deixemos, portanto, que o Espírito Santo “gere” Cristo em nossos corações! Sim, do fato de Deus dar a Maria a graça da força para Lhe ser fiel, podemos subentender que também podemos receber de Deus esta mesma bênção!

VI. A graça da salvação: Finalmente chegamos à maior de todas as graças que Deus concedeu a Maria: a graça da salvação! Diferentemente da maioria das pessoas deste mundo, Maria reconheceu que também era pecadora (aliás, quem não é?), e que, portanto, também necessitava de um Salvador. São dela estas palavras: “O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador (Lc 1.47. Grifo nosso [Veremos abaixo, que o fato de Maria ter dito que Deus era o seu Salvador, levou Santo Tomás de Aquino a afirmar que ela também era pecadora]). Vê-se, portanto, que Jesus morreu para salvar a todos nós, e inclusive a sua querida mamãe. E o porquê disso é que o pecado manchou a todos nós, sem exceção (2Cr 6.36; Sl 14.2-3; Rm 3.23;Gl 3.22; 1Jo 1.10). Logo, Maria também necessitava do perdão dos seus pecados e da conseqüente salvação da sua alma.
       Agora, caro leitor, faça como Maria! Aceite a Cristo como seu Salvador. Talvez você pense: “Não sou digno, pois já pequei demais!”. Não pense assim! Maria, por também ser um ser humano falível, não possuía nenhum mérito próprio. Mas nem por isso deixou Deus de lhe agraciar (Lc 1.28). Aliás, a salvação é, segundo a Bíblia, uma graça (Ef 2.8), isto é, algo que não merecemos. Logo, nossa indignidade não é um problema insolúvel. Não desista de você! Faça como Maria! Há salvação para você!
       O anjo chamou Maria de agraciada (Lc 1.28). Ora, agraciado é quem recebeu uma graça. E, como já informei acima, a palavra graça significa, etimologicamente, favor não merecido. Portanto, Maria não recebeu honra ao mérito, e sim, graça, isto é, Deus lhe concedeu favores.
                                            ***
       Você se assustou ao ler acima que Maria também tinha lá suas imperfeições? Você está pensando que eu estou blasfemando? Não pense assim! Posso lhe provar que renomadas autoridades da Igreja Católica, como, por exemplo, diversos Santos, muitos Papas, vários Bispos, inúmeros teólogos e até não poucos Doutores da Igreja, também criam assim, como nós, os evangélicos, cremos. Senão, vejamos:

a) Santo Tomás de Aquino: A bem-aventurada Virgem foi santificada antes de receber vida? (...) se a bem-aventurada Virgem houvesse sido santificada de qualquer modo antes de receber a vida, nunca teria incorrido na mancha do pecado original; e, portanto, não teria necessidade da redenção e da salvação que é por Cristo, de quem se diz: Ele salvará o seu povo dos seus pecados. (...) logo a santificação da bem-aventurada Virgem foi depois de receber vida.1 Esta informação, fornecida pelo Centro de Pesquisas Religiosas, foi confirmada pelo Padre Dom Francisco Prada: [...] “a longa discussão dos teólogos que, como a inteligência privilegiada de Santo Tomás de Aquino, não eximiam a Virgem Santíssima de estar mergulhada nessa problemática.2 A problemática a que se refere o Padre Prada, é a questão do pecado original;

b) Santo Anselmo: “Mesmo sendo imaculada a conceição de Cristo, não obstante, a mesma virgem, da qual ele nasceu, foi concebida na iniqüidade e nasceu com o pecado original, porque ela pecou em Adão, assim como por ele todos pecaram;3

c) Santo Agostinho“O corpo de Maria foi formado por geração ordinária. Maria morreu por causa do pecado de Adão, pois que ela era também filha”;4

d) Papa Gregório, o Grande“Pode compreender-se nessa passagem [ele se refere ao Livro de Jó, cap. 14, v. 4] que o santo Jó, chegando com o seu pensamento até a encarnação do Redentor, viu que só Ele no mundo não foi concebido de sangue impuro, nascendo de uma virgem, para não ter uma concepção impura [...] Só esse foi verdadeiramente puro na sua carne”;5

e) Papa Inocêncio III“Eva foi gerada sem pecado, mas gerou em pecado. Maria foi gerada em pecado;6

f) Papa Leão I: Este Papa foi Bispo de Roma entre os anos 440-461. Os comentaristas da Bíblia Apologética asseveram que são dele estas palavras:“O Senhor tomou da mãe a natureza, não a culpa”.7 Comentando esta pronunciação papal, disseram os comentaristas da citada Bíblia Apologética: [...] “não cria” [Papa Leão] “na Imaculada Concepção de Maria, já que ele acertadamente diz que o Filho não herdou a culpa da mãe”;8

g) Quatro Bispos: Quando em 1849, o Papa Pio IX publicou uma encíclica e a enviou a seiscentos bispos, pedindo-lhes sua opinião sobre sua intenção de solenizar a crença intituladaImaculada Conceição de Maria, segundo a qual Maria teria sido gerada sem o pecado original, transformando essa crença em um irremovível artigo de fé (isto é, em dogma), quatro Bispos se manifestaram contra.9 Entretanto, apesar dessas dez vozes contrárias, e inúmeras outras não alistadas aqui, o Papa “Pio IX [...], no dia 8 de dezembro de 1854, [definiu] o dogma da imaculada concepção”.10
       Talvez você persista em afirmar que dizer que Maria também tinha pecado, é uma blasfêmia. Mas o fato de haver até santos católicos, como Santo Agostinho, Santo Tomás e outros, que criam como nós, prova que das duas uma: Ou você está errado, ou a canonização de Tomás de Aquino, Agostinho, Anselmo... foi um equívoco da Igreja Católica. Lembre-se que o Padre Prada, supracitado, confessou, em seu livro Novenário, que realmente Santo Tomás de Aquino se opunha à tese de que Maria teria sido isentada da natureza pecaminosa, comum a todos os descendentes de Adão. Será que até Santo Tomás de Aquino também era blasfemador? Pensem nisso os sinceros! Repense, ó leitor!
CONCLUSÃO: Maria foi uma mulher muito agraciada, e, portanto, digna de ser imitada. Ela é também digna de nosso amor e respeito. Ela não é nossa Mãe, mas é nossa amada e respeitada irmã. Ela não é Nossa Senhora, mas é serva de Deus (Ela disse que Deus “atentou na humildade de sua serva (Lc 1.48); não é nossa Salvadora, mas é salva; não é perdoadora, mas é perdoada; não é a Mediadora entre nós e Deus, mas foi por seu intermédio que veio ao mundo o único Mediador entre Deus e nós (1Tm 2.5); ela não é nossa Advogada, mas também é – como todos nós, os cristãos - cliente do Doutor Jesus. Este é o nosso único Senhor (1Co 8.6), nosso único Salvador (Jo 14.6; At 4.12), nosso único Mediador entre Deus e nós, nosso único Advogado (1Jo 2.1). A Bblia nos fala de muitos homens (José, Moisés, Daniel...)  e mulheres (Abigail, Ana, Isabel...) que, embora fossem seres humanos normais, não eram pessoas comuns. É este o caso de Maria. A ela, pois, assim como a todos os cristãos verdadeiros, nosso amor e respeito! E a Jesus Cristo, nosso verdadeiro Deus, o culto e a adoração!
                                                                Pastor Joel Santana.
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Notas
1. CENTRO DE PESQUISAS RELIGIOSAS [CPR]. “O Dogma da Imaculada Conceição de Maria” [panfleto]Teresópolis: 1996, p. 2;
2. PRADA, Francisco. Novenário. 3 ed. São Paulo: AM edições, 1996, p. 67. Grifo nosso;
3. CENTRO DE PESQUISAS RELIGIOSAS (CPR). Op. cit.;
4. CESAR, Erlie LenzA Virgem Maria no Contexto das Sagradas Escrituras. 2 ed. Rio de Janeiro: Patmos, 2004, p. 28;
5JOINER, Eduardo. Manual Prático de Teologia. Rio de Janeiro: Central Gospel. 2004.
p. 246;
6. CESAR, 2004:27-28, op. cit.;
7. ICP Editora. Bíblia Apologética. 2000, p. 1184, citando a obra Tomo de Leão;
8. Ibidem;
9. CESAR, 2004:28, op. cit.; e JOINER, 2004:247-248, op. cit.;
10. (JOINER, 2004:248, op. cit.

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