domingo, 29 de dezembro de 2013

DEBATE COM O CATÓLICO ANDERSON

INTRODUÇÃO



Como consta deste site, o autor destas linhas escreveu um livro intitulado Análise Bíblica do Catolicismo Romano, o qual está dando o que falar. Ele é elogiado, bem como retaliado. Os irmãos em Cristo que o leram afirmam que agora estão evangelizando os católicos com mais eficiência. Muitos irmãos estão comprando-o para presentear a seus pastores, seus irmãos em Cristo, parentes e, sobretudo, a seus amigos católicos. E o resultado tem sido maravilhoso: a edificação dos que já são cristãos, e a conversão de católicos ao verdadeiro Evangelho. Mas, como era de se esperar, Satanás se levantou contra o dito livro. O diabo, através de um senhor que se identificou com o nome de Anderson, e que se diz católico, está espalhando aos quatro ventos que o meu modesto e altruístico trabalho está cheio de mentiras.
Não conheço o senhor Anderson pessoalmente. Temos nos comunicado exclusivamente por e-mails. Logo, não sei se Anderson é o seu verdadeiro nome, tampouco sei se ele é, de fato, Leigo Consagrado da Igreja Católica, como se diz. Tudo que sei é que ele está refutando o meu livro.
O referido senhor Anderson passou-me um e-mail malcriado, no qual me tacha de filho do diabo, falso pastor, mentiroso, tolo, covarde, etc. Ele me desafiou a publicar no meu site as suas refutações ao meu livro, admitindo simultaneamente que não acreditava que eu teria a idoneidade de fazê-lo. Então aceitei o seu desafio, assegurando-lhe, concomitantemente, que me retrataria e pediria perdão a Deus e aos católicos, caso suas refutações me parecessem convincentes. Eu disse-lhe ainda que embora eu esteja elaborando a 3ª edição do mencionado livro, que, segundo pretendo, virá a lume com melhorias diversas (sendo a inserção de maiores informações, uma das quais), estou disposto a não publicar a dita edição, se seus argumentos me convencerem que deveras o meu livro não é uma obra digna de um cristão. E, para provar ao senhor Anderson que eu sei me humilhar e pedir perdão, falei-lhe de uma senhora a quem, há quase três décadas, tachei de estúpida e mal-educada. Tal senhora merecia ouvir estas poucas e boas, mas como irmãos mais experientes e até pastores, me haviam ensinado que devemos pedir perdão mesmo quando a razão é nossa; e também porque eu andava de porta em porta pregando o Evangelho e temi chegar à casa da dita senhora e não poder falar-lhe de Jesus em conseqüência de uma inimizade, fui a ela e pedi perdão, em lágrimas. Desse-lhe eu: perdoe minhas grosserias! Eu era então novo crente e estava sendo lapidado há pouco tempo pelo Senhor. Hoje eu agiria de outra maneira. Geralmente não revindo mais. Além disso, atualmente não peço perdão quando estou de posse da razão, pois percebo que fazê-lo incentiva o errado a persistir no erro.
Tão logo o senhor Anderson recebeu o sobredito e-mail que lhe passei, respondeu-me com palavras tão duras (se não mais duras ainda) quanto às constantes do primeiro e-mail, no qual tentava pôr palavras na minha boca, acusando-me de ter dito o que eu não dissera. Ainda assim, lhe remeti o segundo e-mail, em o qual deixei claro que, considerando que ele não abre mão de sua estultice e deselegância, então eu me declinava da decisão anterior de apreciar suas críticas. E o deixei bem à vontade para não me responder este segundo e-mail que eu lhe passava. Imediatamente, porém, recebi um terceiro e-mail, no qual o senhor Anderson se revela extremamente hipócrita, cheio de evasivas, e transbordante de malícias. Sim, ele se revelou habilmente maquiavélico, como o leitor terá a desdita de ver!
O meu livro refuta o Catolicismo Romano com muita veemência, mas quem quiser dialogar comigo acerca do mesmo, no intuito de mostrar-me que o referido livro não merece crédito, terá que vir cheio de boas maneiras, pois doutro modo, não prometo dar atenção a ninguém. Todos têm o direito de discordar de mim por eu impor esta condição; desta, porém, não abro mão. E, como o senhor Anderson não mudou o tom após receber meu e-mail, somado ao fato de que percebi que ele não falava coisa com coisa, decidi desistir do propósito inicial de refutá-lo. Seus disparates expôem-se por si mesmos ao ridículo, não havendo, pois, a nessidade de me dar ao trabalho de fazê-lo. O leitor verá que se dar ao trabalho de refutar palavras tão descabidas como as do senhor Anderson, é como bater palmas para maluco dançar. Contudo, por amor às suas vítimas, aqui estão minhas refutações aos três primeiros e-mails que esse herege me remeteu. E, talvez, um dia eu refute mais algumas de suas heresias, constantes de seu quarto e-mail.
O texto abaixo é o terceiro e-mail que o senhor Anderson me enviou, no qual consta os dois primeiros e-mails que ele me passou, assim como também as minhas respectivas respostas. Quanto ao terceiro e-mail que o senhor Anderson me remeteu, não lhe respondi diretamente, mas tão-somente disponibilizo aos internautas, através do meu site: ( http://www.pastorjoel.com.br ), todo o nosso diálogo que constitue o primeiro e segundo emails, bem como minhas considerações ao seu terceiro e-mail.
Para facilitar a compreensão do texto abaixo, tudo quanto for de minha autoria, estará em letras azuis, enquanto que as palavras do senhor Anderson estarão em vermelho.
O que vem a seguir é a reprodução do primeiro e-mail malcriado, procedente do senhor Anderson. Ele me passou três e-mails que, respectivamente, visando facilitar a compreensão do enredo, rotulo de e-mail1, e-mail2, e e-mail3. Às minhas respectivas respostas aos seus e-mails chamo de e-mail1a, e e-mail2b. Relembro que não respondi ao terceiro e-mail procedente do senhor Anderson, diretamente a ele, mas que tão-somente disponibilizo neste site, o texto que o constituiria.






SOLICITO CONFIRMAÇÃO DO RECEBIMENTO


Enviada em: quarta-feira, 18 de janeiro de 2006 06:56
Para:prjoel@pastorjoel.com.br'
Assunto:

Caríssimo falso pastor Joel Santana.

Eu estou lendo o seu grosseiro livro de achismos protestantes, no qual vossa
senhoria ofende de muitos modos, sempre de forma arrogante pretensiosa, e
maliciosa a fé católica, e resolvi responder devidamente aos seus ataques,
com a verdade bíblica em relação às mentiras absurdas e dementes que estão
expostas em vosso compêndio. Nunca soube de alguém capaz de mentir tão eloqüentemente a não ser o diabo mesmo vosso pai. Do mesmo modo que estou fazendo com a pessoa que me enviou a cópia de seu documento nefasto, estou respondendo cuidadosamente a todas as mentiras absurdas postadas nele e lhe enviarei aos poucos, a fim de não cansa-lo. Por hora, gostaria de saber, se do mesmo modo que soube publicar tais mentiras, se disporia, como eu mesmo o farei, publicar a verdade e as respostas minhas para seus achimos? Saiba que a todos quantos estou enviando seu livreco, estou enviando sem emendas, correções formais ou qualquer coisa que prejudique seu conteúdo, junto com minhas respostas, para que comparando um e outro, possam examinar tudo e ficar com o que for bom. Quero saber se tens a mesma coragem, ou se vais se esconder em sua mentira ainda mais uma vez. Ah... Sobre a taxa enorme que lhe foi cobrada para celebrar uma determinada Santa Missa, que seria de seu desejo por um ente querido já falecido... Atualizando o valor postado no livro, cheguei a soma enorme de R$ 0,000000525. Creio que R$ 1,00 seriam suficientes para que o senhor mande celebrar Missas por uns 10 anos! Se desejar, posso depositar em uma conta de sua preferência. Fizemos uma vaquinha para ajudar o senhor. Meu nome é ANDERSON RAFAEL LEANDRO DA SILVA, sou brasileiro, casado, na Igreja sou Leigo Consagrado, pertencente a diversos movimentos pastorais. Desejando me processar pelo que eu disse aqui, este texto serve como prova, assim como minhas respostas ao seu deselegante livro de ofensas. Estou dando esses dados aqui, mas havendo necessidade processual posso e não temo de modo alguns dar os demais, e faço isso com plena consciência de Fé. Até por que creio que o senhor mesmo sabe que tudo o que disse em seu livro é mentira e sujeira. E ainda para que o senhor não possa desejar processar Igreja como instituição, a fim de obter mais uma forma de lucro sujo, como tem sido a praxe em seu meio. Se assim desejar, pode recorrer a quantos tribunais desejar a fim de processar A MIM. Sou EU, como leigo, e não tenho a menor autoridade na Igreja, quem está, por dever de consciência, respondendo, EM MEU NOME e não no da Igreja, suas mentiras. Eu sei que não encontrarei resposta para esse e-mail, mas reitero o meu desafio de ver publicados lado a lado, os seus achimos e a verdade a respeito de suas mentiras.



E-mail1a. (Minha resposta ao primeiro e-mail que recebi do senhor Anderson):

Prezado senhor Anderson Rafael Leandro da Silva, recebi o e-mail que o senhor me enviou, o qual deixa claro que o meu humilde livro Análise Bíblica do Catolicismo Romano,oriundo de tão nobre sentimento, que é o amor cristão para com os católicos, vítimas do engano religioso, muito longe de atingir o seu objetivo _ levar luz aos que estão nas densas trevas da negação da eficácia do sangue de Cristo, da idolatria e outras crendices _, feriu a sua sensibilidade e lhe suscitou ira. O senhor me tachou de falso pastor, filho do diabo, mentiroso consciente, covarde, e, ironicamente, me satirizou, dizendo que se fez uma “vaquinha” (rateio de despesas entre os membros de um grupo) para me prover o fundo necessário a celebrações de missas. Saiba, porém, que não estou surpreso com sua atitude, pois antes de escrever meu modesto e altruístico livro, já sabia que o mesmo viria a lume para a salvação de alguns, e não de todos. A verdade sempre foi, é e será rejeitada pela grande maioria (Mt 7. 13-14). E, infelizmente, pelo menos até o presente, o senhor está entre essa maioria que, consciente ou não, rejeita a verdade.

Sou mesmo um falso pastor? Sou mesmo um filho do diabo? O senhor tem certeza de que deveras eu tenho consciência de que engano os meus leitores por motivos escusos? Sou mesmo um covarde? Que fiz eu que me caracteriza como tal? O fato de eu discordar da Igreja Católica e rebatê-la, me descaracteriza como autêntico Pastor protestante? Porventura, este meu gesto não é compatível com meu Santo Ministério? O senhor realmente pode me tachar de falso profeta, filho do diabo, etc., visto que o senhor possui o direito de divergir do que os evangélicos pregam, chegando mesmo a concluir que somos hereges. Mas o senhor não tem o direito de me tachar de falso pastor. Falso pastor eu seria, se eu não estivesse pregando o que as igrejas evangélicas pregam. Se o que as igrejas evangélicas ensinam é ou não a verdade, é discutível; mas um pastor que prega e vive o que estas igrejas pregam, é, indiscutivelmente, um autêntico pastor. Aclarando: Quando um padre diz que os santos intercedem por nós junto a Cristo, está, segundo a opinião dos evangélicos, ensinando heresia; e que, portanto, tal clérigo é, segundo nos parece, um falso profeta. Porém, quem pensa que o mesmo é um falso padre, está equivocado. Falso padre o tal seria, se ele negasse a mediação dos santos. Sim, senhor Anderson, já que ele representa uma instituição que ensina que os santos rogam por nós, ele tem o dever de, ou pregar isso, ou abjurar a sua religião e exonerar-se do seu cargo de clérigo da Igreja Católica. Doutro modo, fará jus que o reconheçamos como falso padre. Logo, um pastor que prega que a Igreja Católica é falsa, pode ser tudo (filho do diabo, falso profeta, herege, etc.), nunca, porém, um falso pastor; já que é isso que se espera dele. Senhor Anderson, falso assassino, é o “assassino” que nunca assassinou alguém; falso ladrão, é o “ladrão” que nunca roubou; falso ateu, é o “ateu” teísta; falso padre, é o “padre” que não prega e nem vive os dogmas da Igreja Católica; e falso pastor, é o “pastor” que não prega e nem vive o que as igrejas evangélicas têm como correto, independente de ser ou não a expressão da verdade. Pense, pois, antes de emitir seu parecer acerca de uma questão, senhor Anderson!

Senhor Anderson, estou ansioso para saber quais são as mentiras que o senhor disse ter encontrado no meu livro em lide. Mas, depois do que o senhor afirmou acima, pergunto: Será que o senhor não está confundindo o vocábulo “mentira”, com as locuções “pontos de vista divergentes” e “controvérsia teológica”?

Senhor Anderson, em todo o meu livro, eu não tachei os católicos de filhos do diabo uma só vez sequer. Tal se dá porque o meu objetivo não é afrontar e ridicularizar a quem quer que seja, e sim, prestar um trabalho a Deus e ao meu próximo. Eu escrevo lacrimejando, e não bufando. Com isso não quero dizer que o senhor não possa afirmar que eu seja filho do diabo. Isso é um direito que não lhe pode ser negado, e não é antibíblico, pois o diabo tem sim, seus filhos; e o senhor, além de ter o direito de concluir em sua mente que eu sou um dos tais, pode, é claro, exteriorizar esse parecer (Jo 8.44; At 13.10). Portanto, se deveras sou filho do diabo, mentiroso, covarde e assim por diante, então o senhor não comete erro algum ao ser suficientemente ousado para identificar-me como portador desses adjetivos; embora, particularmente, eu prefira dispensar aos meus interlocutores que de mim destoam, um tratamento menos agressivo.

Senhor Anderson, há muitos anos aprendi uma técnica de conferências que me parece oportuno trazê-la à tona. O senhor, homem culto como é (o texto bem redigido que me remeteste retrata a sua erudição), certamente já a conhece, mas vale a pena relembrarmos. É a seguinte:

1) Sê cordial para com teu interlocutor, ainda que não concordes com suas idéias. Senhor Anderson, respeitosamente lhe peço para manter-se no campo das idéias, no âmbito ideológico, sem partir para o lado pessoal. O senhor sabe refutar a um “herege”, sem agredi-lo moral e/ou fisicamente? Seja qual for a resposta do senhor sobre esta questão, a minha educação não depende da sua;

2) Ouve-o atenciosamente.
Quanto a isso, naturalmente o senhor não deixa a desejar, já que nos comunicamos por e-mail;

3) Se diverges do teu interlocutor, combate as suas idéias, não a sua pessoa.
Acho que já tratei disso, nas linhas acima;

4) Cede-te se seus argumentos forem mais bem fundamentados do que os teus.
Nós, pastores evangélicos, não gozamos do carisma da infalibilidade pastoral e, por isso, não somos inerrantes nem mesmo quando pronunciamos ex-cátedra.

Certo dia, ao receber maus tratos da parte de uma senhora no interior de um supermercado, me irei e reagi grosseiramente, fazendo a dita senhora ouvir (como se costuma dizer) poucas e boas. Mas poucos minutos após, lembrei-me que um cristão paga o mal com o bem e que, portanto, eu não estava honrando o título de cristão que ostento. Saí, então, às pressas, à procura da dita senhora e, chorando, lhe pedi perdão palas minhas grosserias.

Senhor Anderson, diante de Deus lhe confesso que tudo quanto consta do meu livro em apreço, é fruto do meu amor pelos católicos. E se qualquer católico (seja clérigo ou leigo) me convencer de que há erros no meu compêndio, publicamente me retratarei, pedindo perdão aos católicos e a Deus, bem como a todos os meus leitores. Isto significa que farei o que o senhor me desafiou a fazer, a saber, tornar público, através do meu site, todas as suas réplicas ao meu livro. Saiba, porém, que posporei minhas tréplicas às suas réplicas, caso estas não me pareçam convincentes.

Ter que me retratar, pedir perdão aos que por mim tenham sido prejudicados _quer dolosa, quer culposamente _, não é nada agradável. Bom, mesmo, é não errarmos. Mas, como isso é impossível aos mortais, que amenizemos esses inconvenientes com retratações e súplicas pelo perdão.

Dentro de breves dias (provavelmente em fevereiro do corrente ano) estarei atualizando o meu site, adicionando-lhe novas obras e, usando palavras do senhor, inserindo no meu livro em questão, novos “achismos protestantes, mentiras e ofensas covardes à fé católica”. Sugiro, portanto, que o senhor aguarde tal atualização para então concretizar o seu empreendimento. O porquê dessa sugestão é que a referida atualização pretende ser a 3ª edição da dita obra. Ora, o fato de eu apreciar suas réplicas antes de trazer a lume mais essa edição, fará com que chegue às mãos de meus leitores uma obra mais digna, expurgada de possíveis erratas. Ou, melhor ainda, talvez o pretendido lançamento de mais uma edição nem venha a lume, visto que se o senhor me provar que deveras meu livro não é obra digna de um cristão, não persistirei no erro.

Tão logo eu efetue a prometida atualização, remeter-lhe-ei outro e-mail, informando-lhe do fato, para então procedermos à recíproca análise de nossos divergentes pontos de vista.

O senhor disse que não teme que eu tome medidas processuais contra a sua pessoa. Gostei da sua ousadia, pois também sou igualmente intrépido. Que não sou menos destemido, creio que deixei claro nas páginas do livro que o senhor ousa “refutar”; pois, como o senhor sabe, faço na mencionada obra afirmações tão severas que só permitem duas alternativas: Ou sou maluco, ou o clero católico realmente tem culpa no cartório, já que exibo as provas documentais de minhas surpreendentes denúncias, contra o que o senhor chama de “fé católica”, que eu prefiro rotular de “superstições pagãs”. Fique tranqüilo senhor Anderson! Eu não quero o seu mal. Não sou mau como o senhor supõe. Talvez eu esteja equivocado em minhas conclusões teológicas, mas não sou mentiroso, pretensioso, arrogante, etc., como o senhor disse que eu sou. Essas afirmações são temerárias, senhor Anderson, pois Jesus nos disse: “Não julgueis” , isto é, não emitais juízos precipitados. Ora, o senhor está se precipitando sim, considerando que só Deus sonda os corações. Quando pronuncio contra o Catolicismo, falo do que vi, ouvi e li; todavia, o senhor, quando me critica, não se limita a pronunciar contra as minhas idéias; antes ataca a minha pessoa, atribuindo a mim adjetivos que me põem abaixo dos cachorros. Contudo, esteja certo senhor, não lhe pagarei na mesma moeda.

Informo que estou sendo relativamente informal, usando um português coloquial, e não clássico, porque creio que assim me farei entender melhor pelos nossos futuros leitores, os quais irão apreciar suas réplicas, bem como minhas tréplicas.

Encerro pedindo ao senhor mil perdões pela demora em lhe responder, ressaltando que minha morosidade se deu em conseqüência de minhas muitas atribuições.

Enquanto redijo estas linhas, lacrimejo aos pés de Cristo pela sua alma. Certamente o senhor não crê que isso tenha ocorrido mesmo, mas Deus sabe que não minto.
Deste que lhe preza, quer o seu bem, e que pelo senhor está orando a Deus em nome de Jesus, como nos ensina a Bíblia.

Pr. Joel Santana.

Rio de Janeiro/RJ, 26 de janeiro de 2006.



Ao receber a resposta acima, o senhor Anderson me remeteu um segundo e-mail, que abaixo reproduzo:



E-mail2


Sr. Joel Santana,
Quando digo que vossa senhoria não passa de um falso pastor, isto se dá porque não existe em lugar algum da Bíblia uma ínfima alusão a seu direito de se auto-intitular pastor. Quando digo que o senhor é um mentiroso e filho do diabo, assim digo, porque, por exemplo, o senhor diz na introdução de seu livro de demências, que a Igreja ensina, ou pratica um ensino que diga que Maria, Mãe de Jesus foi quem morreu na Cruz, que Maria seja Advogada, enquanto Jesus seria um Juiz impiedoso. Eu tenho uma filha de 2 anos que sabe quem foi que morreu na Cruz. Quando eu tinha a idade dela eu também sabia e todo mundo que não for completamente cego, basta olhar para uma Cruz que se pode ver claramente quem está nela. O que o senhor disse É MENTIRA. Tal mentira tem por objetivo claro incitar ódio entre os que seguem suas doutrinas mentirosas contra os católicos e pior, contra a Mãe de Deus. Eu resolvi enumerar aqui apenas essa, por ser a mais tola e infantil.
O senhor repete em seu compêndio de mentiras absurdas que "ama" aos católicos, mas quem ama não mente. E quem ama principalmente não acusa, não julga, não denigre. Observe o tom grosseiro de suas palavras e a forma irônica de como se refere às Autoridades da Igreja, principalmente ao se referir aos Sucessores dos Apóstolos. Isso é o que o senhor acredita ser amor? Eu realmente tenho pena de você e de sua pirraça.
Não me incomodo se desejar usar qualquer tipo de linguagem, quer seja formal, quer seja informal. Nossos futuros leitores, tão pouco, creio eu, se importarão com isso, visto que uma linguagem mais aperfeiçoada os levaria a crescer em seu conhecimento. O que minhas respostas ao seu livro de mentiras hediondas comprovam é que a Igreja Católica não tem nenhum dos enganos religiosos que você diz ter, ao contrário, permaneceu firme e fiel a Cristo e à Doutrina dos Apóstolos. Quando digo que o senhor engana seus leitores propositadamente, digo isto, pois ou o senhor é uma criança tola e cega, ou é mesmo maldoso. Qualquer pessoa de sã consciência diria qualquer coisa contra a Fé católica, menos que Maria morreu na Cruz. Isso não nos ofende. Ofende a pouca inteligência de quem lê isso e ainda é capaz de acreditar em tal sandice.
Eu estou lhe tachando de filho do diabo, por que o senhor é mentiroso como é o seu pai. Mesmo as poucas verdades que pude encontrar em seu livro, só foram ditas para corroborar uma mentira que lhe viesse antes ou depois. Quanto ao que diz a respeito de suas "regras" de conferências, vale salientar o seguinte: Em seu livro, o senhor quebra essas regras por diversas vezes ao ofender a moral e até mesmo a sanidade de membros da Igreja Católica. O senhor MENTE de novo, pois diz não ter chamado em vez nenhuma os católicos de filhos do diabo, mas eis como o senhor se refere a Santo Afonso de Liugore, autor dos livro As Glórias de Maria, citado em seu acintoso alfarrábio: Isso seria complicado, pois implicaria em reconhecer o triste fato de que há três séculos os católicos estão rezando a um filho das trevas, cuja alma irremediavelmente perdida, padece no fogo do Inferno; Em todas as minhas respostas, estou desbancando suas mentiras e se lhe chamo mentiroso, isto se dá, como aqui mesmo fica comprovado, por que o senhor MENTE completamente em tudo o que diz. Finalmente, desejo ver-te ceder, já que lhe provei que o senhor mente, copiando e colando uma clara mentira sua. Não podes negar que mentiu a mim nesse ponto.
Quanto a prática de responder o mal com o bem, eis o que estamos fazendo aqui.
Estamos respondendo o mal de suas mentiras, com o bem da verdade e da Palavra de Deus. Não podemos de modo algum deixar que a mentira se propague como já se tem distribuído em seu folhoso.
Quando o senhor fala de amor pelos católicos, eis que está mentindo novamente, pois,segundo vossa senhoria, quem ama não julga, não condena, não mente, não engana. Realmente o senhor tem muitas escusas a dar pelas almas que se perderam no inferno seguindo suas mentiras, mas Deus é quem lhe cobrará por elas.
Eu duvido que mesmo comprovado que o senhor não passa de um mentiroso fique sem publicar seu acinte visto que sua intenção é de propagar cada vez mais o ódio contido nas entrelinhas dessa loucura.
Reforço mais uma vez que é em meu nome que estão escritas estas linhas e que a Autoridade Eclesiástica não tem a menor relação com o teor do que escrevo, nem me constituiu para falar ou escrever em seu nome, não podendo portanto de modo algum a Igreja ser punida por algo constante aqui ou em qualquer outra obra minha em resposta às suas mentiras.
Quanto ao não julgar precipitadamente, não estou julgando, estou informando a todos quantos puderem ler o que escrevo, que em seu livro existem apenas mentiras. Quem mente é mentiroso. Quem só mente é muito mentiroso e filho do diabo sim.
O senhor faz um queixume a respeito de ser colocado abaixo dos cachorros, mas os idólatras são deveras piores até que os ratos, vermes, cobras. Somos assim chamados muitas vezes em seu tomo.
Quanto às suas lágrimas de crocodilo aos pés de seja lá quem for, por que não creio que o senhor sequer saiba quem é Jesus, compreenda que “minha alma glorifica o Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador.”
Findo esta minha resposta ao seu e-mail solicitando data para que possa iniciar a mandar as respostas para suas mentiras, nas quais se verão derrubadas todas elas com a Bíblia e a verdade.



Relembro que o texto acima constitui o segundo e-mail que o senhor Anderson me enviou, no qual ele responde ao primeiro e-mail que lhe passei. Respondendo a este seu segundo e-mail, lhe passei o e-mail que abaixo reproduzo.


E-MAIL1B


Senhor Anderson, veja, por favor, as considerações abaixo acerca do último e-mail que o senhor me remeteu. Observação: (eu me referia ao segundo e-mail que me remetera o senhor Anderson, que então era o último).


Primeira afirmação do senhor Anderson:

Sr. Joel Santana, Quando digo que vossa senhoria não passa de um falso pastor, isto se dá porque não existe em lugar algum da Bíblia uma ínfima alusão a seu direito de se auto-intitular pastor.

Primeira resposta do Pr. Joel Santana:
Quem é o fofoqueiro que lhe disse que eu me auto-intitulei Pastor? Eu sou ordenado por uma convenção evangélica.

Segunda afirmação do senhor Anderson:

Quando digo que o senhor é um mentiroso e filho do diabo, assim digo, porque, por exemplo, o senhor diz na introdução de seu livro de demências, que a Igreja ensina, ou pratica um ensino que diga que Maria, Mãe de Jesus foi quem morreu na Cruz, que Maria seja Advogada, enquanto Jesus seria um Juiz impiedoso. Eu tenho uma filha de 2 anos que sabe quem foi que morreu na Cruz. Quando eu tinha a idade dela eu também sabia e todo mundo que não for completamente cego, basta olhar para uma Cruz que se pode ver claramente quem está nela. O que o senhor disse É MENTIRA. Tal mentira tem por objetivo claro incitar ódio entre os que seguem suas doutrinas mentirosas contra os católicos e pior, contra a Mãe de Deus. Eu resolvi enumerar aqui apenas essa, por ser a mais tola e infantil.

Segunda resposta do Pr. Joel Santana:

Senhor Anderson, não sei onde o senhor arranjou essa estória. Em parte alguma do meu livro afirmei que a Igreja Católica prega que Maria morreu numa cruz. O que eu disse_ ou melhor, provei, citando um livro da Editora Betel que, por sua vez, nos reporta à Enciclopédia Católica_ é que a Igreja Católica prega que Maria morreu para nos salvar. Mas, quanto a ter sido ou não crucificada, guardei silêncio absoluto. O senhor está querendo pôr palavras na minha boca, para depois ter de que me acusar, ou está lendo algum livro que se faz passar por fruto de minha pena? Onde o senhor arranjou isso?!

Terceira afirmação do senhor Anderson:

O senhor repete em seu compêndio de mentiras absurdas que "ama" aos católicos, mas quem ama não mente. E quem ama principalmente não acusa, não julga, não denigre.

Terceira resposta do Pr. Joel Santana:

E quem disse que eu menti? Todas as afirmações constantes do meu livro se fazem acompanhar de provas documentais. Ou o senhor se esqueceu que calúnia é crime com pena prevista no Código Penal? Só o senhor sabe que eu menti, visto que com seus olhos de águia, consegue enxergar nas páginas do meu livro, até o que eu nele não escrevi. Sim, não sei como, mas o senhor leu no meu livro onde eu teria afirmado que Maria foi crucificada. Era só que faltava!

Denunciar um erro, além de ser falta de amor é o mesmo que acusar, julgar e denegrir? Se sim, pergunto: Então o senhor não me ama (bem que eu já desconfiava), me acusa e me denigre? Com ou sem razão, o certo é que o senhor diverge de mim e está rebatendo o meu livro, tachando-o de “grosseiro”. Logo, o senhor está fazendo o mesmo que eu faço.

Quarta afirmação do senhor Anderson:

Observe o tom grosseiro de suas palavras e a forma irônica de como se refere às Autoridades da Igreja, principalmente ao se referir aos Sucessores dos Apóstolos. Isso é o que o senhor acredita ser amor? Eu realmente tenho pena de você e de sua pirraça.

Quarta resposta do Pr. Joel Santana

Se os líderes da sua igreja são ou não “Sucessores dos Apóstolos” e “Autoridades da Igreja” (refiro-me à verdadeira Igreja), é discutível. Eu não sou obrigado a reconhecê-los como tais. Assiste a mim o direito de comparar seus ensinos com a Bíblia e rejeitá-los ou abraçá-los (At 17.11). E é o que eu faço: rejeito-os, e refuto-os. E o senhor não faz o mesmo? Porventura, o senhor não está dispensando a mim, membro do clero evangélico, o mesmo tratamento que eu dispenso aos clérigos de sua igreja? Aliás, o senhor não está sendo mais eufêmico para comigo, do que eu para com o senhor, bem como para com o clero da sua religião. Exemplos: 1) eu nunca disse que rezar aos santos é burrice, mas o Padre André Carbonera afirmou que o contrário disso, o é, como o senhor viu no Preâmbulo do meu livro; 2) eu, embora duro nas minhas palavras, não disse que os católicos são filhos do diabo, mas o senhor ratificou que sou. Não estou dizendo que o senhor não possa dizer isso, e sim, que o senhor e seus mentores espirituais não estão sendo mais suaves para comigo, do que eu para com os senhores.

Quinta afirmação do senhor Anderson:

Não me incomodo se desejar usar qualquer tipo de linguagem, quer seja formal, quer seja informal. Nossos futuros leitores, tão pouco, creio eu, se importarão com isso, visto que uma linguagem mais aperfeiçoada os levaria a crescer em seu conhecimento.

Quinta resposta do Pr. Joel Santana:

Não vejo porque refutar esse seu parecer. Está certo também. Esse fator é de ordem social, e não religiosa.

Sexta afirmação do senhor Anderson:

O que minhas respostas ao seu livro de mentiras hediondas comprovam é que a Igreja Católica não tem nenhum dos enganos religiosos que você diz ter, ao contrário, permaneceu firme e fiel a Cristo e à Doutrina dos Apóstolos. Quando digo que o senhor engana seus leitores propositadamente, digo isto, pois ou o senhor é uma criança tola e cega, ou é mesmo maldoso.

Sexta resposta do Pr. Joel Santana:

O meu livro, repito, está recheado de provas documentais. E o senhor só é capaz de discordar disso, porque tem a capacidade de ler nele o que não consta de suas páginas, assim como também, de não enxergar o que nele está exarado, como já demonstrei acima. O senhor vê o que não existe, mas não vê o que há.

Sétima afirmação do senhor Anderson:

Qualquer pessoa de sã consciência diria qualquer coisa contra a Fé católica, menos que Maria morreu na Cruz. Isso não nos ofende. Ofende a pouca inteligência de quem lê isso e ainda é capaz de acreditar em tal sandice.

Sétima resposta do Pr. Joel Santana:

Quanto a isso convirjo cem por cento com o senhor. Não conheço ninguém que tenha dito que a Igreja Católica prega que Maria morreu na Cruz. E, graças a Deus, não sou o autor dessa calúnia. O autor dessa inverdade é uma mula sem cabeça. E quanto a quem diga que isso consta do meu livro, não disponho de um adjetivo que me habilite a qualificá-lo a altura de seus méritos.

Oitava afirmação do senhor Anderson:

Eu estou lhe tachando de filho do diabo, por que o senhor é mentiroso como é o seu pai. Mesmo as poucas verdades que pude encontrar em seu livro, só foram ditas para corroborar uma mentira que lhe viesse antes ou depois.

Oitava resposta do Pr. Joel Santana:

Bem, o senhor está dizendo que encontrou muitas mentiras no meu livro, mas a única mentira que o senhor enumerou, é de sua autoria, não minha, já que não consta do meu livro que a sua seita tenha ensinado que Maria morreu na Cruz. A essa altura pergunto: Quem é o mentiroso? Quem é o filho do diabo? Quem é que está escrevendo algo que ofende a pouca inteligência de quem lê? Hein?

Nona afirmação do senhor Anderson:

Quanto ao que diz a respeito de suas "regras" de conferências, vale salientar o seguinte: Em seu livro, o senhor quebra essas regras por diversas vezes ao ofender a moral e até mesmo a sanidade de membros da Igreja Católica.

Nona resposta do Pr. Joel Santana:

Realmente eu bato doído no clero católico. Mas bato com amor, só para educar. Eu corrijo o clero católico com vara de goiabeira, e não com perna-de-três. Minhas medidas são corretivas e preventivas, e não vingativas. Como o senhor viu no Preâmbulo do meu livro, o Padre Manoel Pinto dos Santos disse que o protestantismo é anarquia; o Padre André Carbonera _ repito _ foi categórico: Não rezar a Maria e aos santos é burrice; e o senhor Anderson, embora seja leigo, fala como um clérigo, pois já aprendeu ser mentiroso e mal-educado. Ao tachar-me de mentiroso e filho do diabo, por ter escrito o que não escrevi, a saber, que a sua seita tenha dito que Maria morreu na cruz, o senhor prova que é bom discípulo dos falsos profetas que lideram sua “religião”. Eu, porém, limito-me em dizer só aquilo que julgo imprescindível para alumiar os católicos (leigos e clérigos), por cujo motivo não os chamo de burros, filhos do diabo, etc. Ah, também não disse uma só vez que a Igreja Católica é uma anarquia. Até porque não creio nisso. A Igreja Católica não é um organismo, como o é a Igreja de Cristo, mas é uma excelente organização. Nela só falta Cristo.

Décima afirmação do senhor Anderson:

O senhor MENTE de novo, pois diz não ter chamado em vez nenhuma os católicos de filhos do diabo, mas eis como o senhor se refere a Santo Afonso de Liugore, autor dos livro As Glórias de Maria, citado em seu acintoso alfarrábio: Isso seria complicado, pois implicaria em reconhecer o triste fato de que há três séculos os católicos estão rezando a um filho das trevas, cuja alma irremediavelmente perdida, padece no fogo do Inferno; Em todas as minhas respostas, estou desbancando suas mentiras e se lhe chamo mentiroso, isto se dá, como aqui mesmo fica comprovado, por que o senhor MENTE completamente em tudo o que diz.

Décima resposta do Pr. Joel Santana:

O senhor já me deu dois sustos:

1) Quando o senhor disse que eu afirmei que Maria morreu na Cruz, pensei: “Será que eu cometi mesmo esse grave erro?. É bem provável que eu tenha mesmo cometido esse lapso, já que constantemente escrevo às caladas das madrugadas”. Fiz então um exame e suspirei aliviado quando vi que tudo não passava de mais um delírio de meu oponente. Bem, se a acusação se confirmasse, nem tudo estaria perdido, pois estou pronto a me retratar e pedir perdão, sempre que isso se fizer necessário, embora o senhor “saiba” que estou mentindo, pois o senhor é Deus e, por conseguinte, Onisciente;

2) Eu disse que não tachei os católicos de filhos do diabo uma só vez sequer, em todo o meu livro. Aí o senhor me retrucou dizendo que podia provar o contrário. Bradou o senhor Anderson: “O senhor MENTE de novo, pois diz não ter chamado em vez nenhuma os católicos de filhos do diabo, mas eis como o senhor se refere a...”. Gelei-me. Mas, felizmente, ao concluir a leitura do seu texto, pude ver que tudo não passava de mais uma demonstração de que o senhor não é um homem coerente. Ora, eu não disse que não chamei o seu “santo” Afonso de filho das trevas, perdido, etc., e sim, que não tachei os católicos de filhos do diabo. Também não estou dizendo que “santo” Afonso não era filho do diabo, ou que eu nunca chamarei a um católico de filho do diabo, quando isso se fizer extremamente necessário, e sim, que eu, na maioria das vezes, (repito) bato com vara de goiabeira, e não com perna-de-três. O porquê disso é que eu aprendi evangelizar com Cristo, o qual era duro para com os fariseus que o rejeitavam, mas meigo para com as prostitutas, publicanos e outros que o aceitavam.

Décima primeira afirmação do senhor Anderson:

Finalmente, desejo ver-te ceder, já que lhe provei que o senhor mente, copiando e colando uma clara mentira sua. Não podes negar que mentiu a mim nesse ponto. Quanto a prática de responder o mal com o bem, eis o que estamos fazendo aqui. Estamos respondendo o mal de suas mentiras, com o bem da verdade e da Palavra de Deus. Não podemos de modo algum deixar que a mentira se propague como já se tem distribuído em seu folhoso. Quando o senhor fala de amor pelos católicos, eis que está mentindo novamente, pois, segundo vossa senhoria, quem ama não julga, não condena, não mente, não engana. Realmente o senhor tem muitas escusas a dar pelas almas que se perderam no inferno seguindo suas mentiras, mas Deus é quem lhe cobrará por elas. Eu duvido que mesmo comprovado que o senhor não passa de um mentiroso fique sem publicar seu acinte visto que sua intenção é de propagar cada vez mais o ódio contido nas entrelinhas dessa loucura.

Décima primeira resposta do Pr. Joel Santana:

Nego sim, que menti, pois não o fiz, e o senhor o sabe muito bem, se é que não é um demente.
Quem ama não julga no sentido de emitir opiniões precipitadas, mas dar um parecer sensato, nunca foi pecado. O Cristo que disse “não julgueis, para que não sejais julgados”, também disse “Julgai segundo a reta justiça”.

Décima terceira afirmação do senhor Anderson:

Reforço mais uma vez que é em meu nome que estão escritas estas linhas e que a Autoridade Eclesiástica não tem a menor relação com o teor do que escrevo, nem me constituiu para falar ou escrever em seu nome, não podendo portanto de modo algum a Igreja ser punida por algo constante aqui ou em qualquer outra obra minha em resposta às suas mentiras.

Décima terceira resposta do Pr. Joel Santana:

Será? Será que por trás desse fantoche chamado Anderson não há um padre, ou um grupo de padres, elaborando os textos? Não sei. Só Deus o sabe. Mas, que me importa? Havendo ou não, eu com isso?

Décima quarta afirmação do senhor Anderson:

Quanto ao não julgar precipitadamente, não estou julgando, estou informando a todos quantos puderem ler o que escrevo, que em seu livro existem apenas mentiras. Quem mente é mentiroso. Quem só mente é muito mentiroso e filho do diabo sim. O senhor faz um queixume a respeito de ser colocado abaixo dos cachorros, mas os idólatras são deveras piores até que os ratos, vermes, cobras. Somos assim chamados muitas vezes em seu tomo. Quanto às suas lágrimas de crocodilo aos pés de seja lá quem for, por que não creio que o senhor sequer saiba quem é Jesus, compreenda que “minha alma glorifica o Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador.”

Décima quarta resposta do Pr. Joel Santana:

Dizer que os idólatras são piores que os ratos, vermes, cobras... é ser deselegante. Os idólatras são seres humanos carentes de nosso amor! De minha parte estou fazendo tudo que posso para arrancá-los do labirinto no qual se encontram. Denuncio que são idólatras, mostro o abismo que os aguarda, e aponto para Cristo, o único que pode salvá-los. O senhor acha que os hinduístas são piores do que os ratos, vermes, cobras, mas tal se dá porque o senhor não sabe que é tão idólatra quanto eles.
Eu amo os idólatras e não os vejo como piores do que os ratos, mas como almas preciosas, às quais Deus quer bem, e eu também. Os idólatras, quer estejam conscientes, quer não, precisam de quem os ame com um amor responsável, que não lhes sonegue a informação de que são idólatras, assim como do perigo no qual estão. E eu, graças a Deus, tenho este amor. O senhor duvida disso, mas só lamento.

Décima quinta afirmação do senhor Anderson:

Findo esta minha resposta ao seu e-mail solicitando data para que possa iniciar a mandar as respostas para suas mentiras, nas quais se verão derrubadas todas elas com a Bíblia e a verdade.

Décima quinta e última resposta do Pr. Joel Santana:

Ao receber o seu primeiro e-mail, tive a impressão de que um homem culto e inteligente, porém cego por Satanás, pretendia replicar-me quanto ao conteúdo do meu livro. Prontamente decidi, portanto, aceitar o desafio que o senhor me propôs, de publicar suas réplicas, acrescidas de minhas tréplicas. Tomei esta decisão pelas seguintes razões: Pensava eu: Esse homem parece-me uma pessoa inteligente e, assim sendo, será fácil fazê-lo entender que ele está equivocado. Além disso, os argumentos dele, embora errados, certamente serão sofismas bem montados, com aparente roupagem de verdade que, por isso mesmo, precisam ser desmascarados por amor a esse infeliz, bem como por amor às suas vítimas. Vou, portanto, aceitar o desafio, a despeito de minhas muitas atribuições. Todavia, após examinar suas dissertações, tranqüilizo-me, visto que agora sei que seus disparates expõem-se por si mesmos ao ridículo. Conseqüentemente, já não quero mais lhe replicar. Logo, não precisa me responder este e-mail, nem me enviar seus
Textos. Poupe-me, por favor!!! Aliás, não poupe só a mim, mas também os meus leitores.

Rio de Janeiro/RJ, 29/01/2006



E-mail3


       Tão logo o senhor Anderson recebeu o segundo e-mail que lhe enviei, passou-me o terceiro e-mail, conforme abaixo transcrito. Neste, ele aproveita tudo quanto consta do meu segundo e-mail, e acrescenta suas “refutações” às minhas ponderações aos seus disparates. Isto significa que boa parte do que o leitor irá ler a seguir, consta do último texto acima.
       Divido o texto abaixo em 15 seções, sendo que em cada seção o debate obedecerá à seguinte ordem: 1) Uma afirmação do senhor Anderson; 2) minha réplica à afirmação do senhor Anderson; 3) a tréplica do senhor Anderson; 4) minhas considerações à tréplica do senhor Anderson.




Uma firmação do senhor Anderson:

Sr. Joel Santana, Quando digo que vossa senhoria não passa de um falso pastor, isto se dá porque não existe em lugar algum da Bíblia uma ínfima alusão a seu direito de se auto-intitular pastor.

Minha réplica à afirmação do senhor Anderson:

Quem é o fofoqueiro que lhe disse que eu me auto-intitulei Pastor? Eu sou ordenado por uma convenção evangélica.

A tréplica do senhor Anderson:

Senhor Joel, quando digo que o senhor é um falso pastor, por que não existe na Bíblia lugar algum que lhe permita se dizer pastor, estou me referindo à Bíblia. Além disso, não reconheço nenhum outro pastor que não seja ordenado pela Igreja por imposição das mãos de um dos Sucessores dos Apóstolos.
O senhor mesmo, se não se auto-intitulou pastor, foi nomeado por alguém que o fez, ou por alguém que foi também nomeado por quem assim se declarou.
Que isso não ofenda a nenhum dos meus irmãos protestantes, pois reconheço que em muitas das suas igrejas existe sim pessoas que desejam servir a Deus com sincero coração e espírito de piedade, mas verdade seja dita: A Bíblia não lhe deu esse direito de se dizer pastor, muito menos ao conselho que o senhor alude.

Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson:

Quem leu o meu livro em questão, sabe que nele eu afirmo que o clero católico prega oficialmente que nós, pastores evangélicos, não somos qualificados e credenciados para este Ministério, visto não termos sido ordenados pelo Papa. Essa sua pronunciação vem, pois, ratificar minha denúncia. Que bom! Certamente, pelo menos neste ponto eu fui verdadeiro, não é mesmo?

Nós, pastores evangélicos, não estamos necessitados de um Papa que imponha as suas mãos sobre nossas cabeças. Bastam-nos a chamada divina, a aceitação por parte da verdadeira Igreja, e o companheirismo dos demais Ministros do Evangelho.

Se deveras precisássemos de alguém ordenado por um clérigo católico, para nos constituir pastores, isso não seria difícil de arranjar, já que muitos de nossos colegas de Ministério são ex-padres e até ex-bispos. Agora só nos falta um ex-Papa. Logo, John Huss, Martinho Lutero, Ulrico Zwinglio e outros, nos ordenariam inicialmente e, depois deles, os que por eles fossem ordenados. Mas, graças a Deus, é exatamente aquilo que o senhor acha que nos desqualifica (isto é, o fato de não sermos ordenados pelo Papa, ou por alguém por ele credenciado), que nos qualifica e credencia.

Os clérigos católicos se ufanam de uma suposta sucessão papal que, segundo a “Igreja”, vai de São Pedro ao atual Papa Bento XVI, um total de 265 papas. Ora, visto que entre esses papas houve indivíduos de todas as índoles: avarentos, assassinos, desonestos, fornicários, charlatões, cruéis, e até um incestuoso que tinha um caso com sua própria filha Lucrécia (veja detalhes no capítulo X do meu livro em lide, disponível no site (http://www.pastorjoel.com.br ), não há (a menos que consideremos que esses monstros também foram sucessores de São Pedro) nenhuma sucessão papal, desde Pedro aos nossos dias. Certamente o elo foi quebrado há muito tempo. Logo, se dependêssemos dessa suposta sucessão apostólica ininterrupta que a Igreja Católica alega possuir, estaríamos em maus lençóis. Acorde, senhor Anderson!

Basta ser Papa para qualificar-se como ordenador de novos Ministros do Evangelho? As qualidades morais e espirituais são dispensáveis? Se sim, pasmo-me! Se não, pergunto: Quem ordenava os verdadeiros ministros nos dias das Cruzadas, bem como durante a Inquisição?





Uma afirmação do senhor Anderson:

Quando digo que o senhor é um mentiroso e filho do diabo, assim digo, porque, por exemplo, o senhor diz na introdução de seu livro de demências, que a Igreja ensina, ou pratica um ensino que diga que Maria, Mãe de Jesus foi quem morreu na Cruz, que Maria seja Advogada, enquanto Jesus seria um Juiz impiedoso. Eu tenho uma filha de 2 anos que sabe quem foi que morreu na Cruz. Quando eu tinha a idade dela eu também sabia e todo mundo que não for completamente cego, basta olhar para uma Cruz que se pode ver claramente quem está nela. O que o senhor disse É MENTIRA. Tal mentira tem por objetivo claro incitar ódio entre os que seguem suas doutrinas mentirosas contra os católicos e pior, contra a Mãe de Deus. Eu resolvi enumerar aqui apenas essa, por ser a mais tola e infantil.

Minha réplica à afirmação do senhor Anderson:

Senhor Anderson, não sei onde o senhor arranjou essa estória. Em parte alguma do meu livro afirmei que a Igreja Católica prega que Maria morreu numa cruz. O que eu disse_ ou melhor, provei, citando um livro da Editora Betel que, por sua vez, nos reporta à Enciclopédia Católica_ é que a Igreja Católica prega que Maria morreu para nos salvar. Mas, quanto a ter sido ou não crucificada, guardei silêncio absoluto. O senhor está querendo pôr palavras na minha boca, para depois ter de que me acusar, ou está lendo algum livro que se faz passar por fruto de minha pena? Onde o senhor arranjou isso?!

3) a tréplica do senhor Anderson:

Antes mesmo de comentar, resolvi copiar e colar de seu livro, o que está escrito, logo na introdução dele a respeito do que o senhor diz poder provar durante o decurso dele:
5) Maria morreu para nos salvar, ressuscitou dentre os mortos e subiu ao Céu, onde, como Rainha, intercede por nós;
6) A missão de salvar o pecador foi confiada a Maria, não a Cristo. Logo, Maria é: A verdadeira medianeira entre Deus e os homens; A única advogada dos pecadores; O caminho que nos conduz a Deus; Nosso único refúgio; A Salvadora da humanidade; A porta de acesso ao Céu, pela qual, todos os que se salvam, têm que passar; A escada do Paraíso;

E para que não seja possível novo gracejo a esse respeito, já lhe informo, se é que não é de seu domínio, o que eu duvido, que é ponto passivo a todos os que de alguma forma crêem em Jesus Cristo, que este morreu NA CRUZ.
Sei que o senhor alegará não ter dito que Maria morreu NA CRUZ e simplesmente teria morrido, mas é claro para todos os que lerem o seu alfarrábio, que se outro qualquer que seja morreu para nossa salvação, só o pode ter sido na Cruz.


Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson.

A grande questão, senhor Anderson, é que se alguém me perguntar em que me baseio para dizer que a Igreja Católica prega que Maria morreu para nossa salvação, eu direi que é na Enciclopédia Católica [em inglês], página 285. O mesmo, porém, eu não poderei dizer, se me inquirirem quanto à crucificação de Maria. Portanto, essa diferença é relevante sim, e o senhor o sabe muito bem e, certamente, bem gostaria se eu tivesse cometido esse erro. O senhor é maquiavélico, hein? O senhor quis induzir-me ao erro, não é? Eu conheço essa técnica, embora nunca a tenha usado. Bem disse Jesus que Ele envia os seus servos como ovelhas ao meio de lobos (Mt 10. 16).

O senhor diz que basta dizer que Maria morreu para nossa salvação, para ficar subentendido que tal morte só pode ter sido na cruz. Por quê? Onde o senhor arranjou isso? Que salva o pecador, a cruz do Cristo, ou o Cristo da cruz? Saiba o senhor, uma vez por todas, que eu não devo nenhuma explicação quanto a como e porque Maria morreu, visto que quem entende disso, é o clero da sua “religião”.
Quem leu o meu livro sabe que eu provei que realmente a literatura oficial da Igreja Católica diz que Maria é a verdadeira medianeira entre Deus e o homem, nossa única advogada, está no Céu em corpo e alma, etc. Ora, se ela está em corpo e alma lá no Céu, então das duas uma: Ou ela foi arrebatada viva, sem experimentar a morte, ou foi ressuscitada, como o disse “São” Bernardo e “Santo” Afonso, pregoeiros dessa heresia. “Santo” Afonso disse textualmente: “... Jesus preservou o corpo de Maria da corrupção depois da morte” (Glórias de Maria, página 242). Além disso, a Enciclopédia Católica diz, à página 285 (em inglês) que Maria, por ser imaculada desde o ventre, “não estava sujeita à lei do sofrimento e da morte, que são penas que se têm de pagar pelo pecado que está na natureza humana. Embora ela soubesse essas coisas, as experimentou e as suportou por nossa salvação” (citado em Será Mesmo Cristão o Catolicismo Romano?, de Hugh P. Jeter, Editora Betel, 2ª impressão, 2000, página 77).

O senhor disse que “é ponto passivo a todos os que de alguma forma crêem em Jesus Cristo, que este morreu NA CRUZ”. Como o senhor está mal informado! Os testemunhas-de-jeová, que também seguem cegamente aos seus líderes, dizem que Cristo foi estacado, não crucificado. Além disso, o fato de ser ponto passivo entre católicos e evangélicos que Cristo foi crucificado, não lhe dá o direito de me caluniar e pôr palavras na minha boca. Exijo do senhor, precisão, ao reproduzir quaisquer palavras minhas. Seja fiel copista, por favor.

Tudo quanto eu disse que provaria no decurso do meu livro, provei como dois mais dois são quatro. Porventura, o livro Glórias de Maria, livro este aprovado pela Igreja Católica (o que é confessado à página 13 do mesmo), não diz com todas as letras que: 1) o ofício de Jesus é julgar e punir, enquanto que o ofício de Maria é o de nos socorrer e nos aliviar; 2) que Maria é a única advogada dos pecadores; 3) que Maria é a verdadeira medianeira entre Deus e os homens; 4) que Maria é nosso único refúgio, socorro e asilo? Que quer isso dizer? Eu acho que isso significa que a sua “igreja” está pregando que Jesus não salva ninguém, e que quem salva é Maria. O senhor, porém, interprete isso como quiser. Tão-somente lhe peço: Não me impeça de ser um livre intérprete. Não queira me impor seus pontos de vista, se é que o senhor os tem, visto que, se o senhor é um bom católico, deve seguir o conselho do Padre Álvaro Negromonte, bem como de toda a literatura oficial da sua “igreja”, segundo os quais as ordens dos papas devem ser obedecidas e não discutidas e que quando nossos pontos de vista não coincidem com os dele, o erro está em nós, não no Papa (esta denúncia consta do capítulo II do meu livro). Sim, senhor Anderson, nenhum dogma católico pode, segundo sua seita, estar errado, visto que quem o definiu é infalível. Tais dogmas são indiscutíveis, por serem uma pronunciação ex-cátedra de um Papa. Disso, quem pensa diverge, já que o Papa é um ser humano normal, sujeito a todas falhas humanas, inclusive à falha de dizer que falou inspirado pelo Espírito Santo, tendo sido, porém, inspirado pelo diabo. Logo, uma pessoa sensata admite a possibilidade de haver dogmas errados, e pesquisa disposta a negá-los, caso detecte o erro. Mas se o Papa fosse de fato infalível, teríamos que concluir que quando divergimos do Papa, o erro só pode  estar em nós. Eu e o senhor, estamos debatendo on-line. Eu sou capaz de dizer, senhor Anderson, que uma vez que nossos pontos de vista não coincidem, um de nós dois está errado. Mas, se eu fosse Papa, eu diria que um de nós dois estás errado. E se eu for debater com Papa Bento XVI, ele me dirá que um de nós dois estou errado. O senhor não acha isso um absurdo? O senhor já parou para pensar no fato de que o senhor só está podendo discordar de mim porque eu não sou Papa? Se eu fosse Papa o senhor teria que pensar assim: “bem, o que o Papa Joel I está dizendo, não me parece certo, mas, como ele goza do carisma da infalibilidade, certamente o erro está em mim. Oh! Como sou ignorante! Tão estúpido sou que discordo até de Sua Santidade, Papa Joel I! Que Deus me perdoe esse mau pensamento!”. Bem, o senhor e seus correligionários são livres para aposentarem a cabeça e concluírem que o livro Glórias de Maria não diz o que diz; mas, pelo amor de Deus, deixem minha cabeça em plena atividade. Eu não quero aposentá-la.
Realmente eu afirmei que sua seita prega que quem salva é Maria, e não Jesus; que este tem por ofício nos julgar e punir, enquanto Maria recebeu de Deus Pai o ofício de nos advogar, nos socorrer e nos aliviar. Mas que levou-me a esta conclusão? Resposta: A literatura oficial de sua “religião”. Como denunciei no capítulo II do meu livro de refutação ao Catolicismo, sua seita publicou um livro, cujo título é Glórias de Maria, que diz que Deus deu a Jesus o ofício de julgar e punir, e a Maria o ofício de nos socorrer e nos aliviar, advogando-nos junto ao justo Juiz que é Jesus. E aonde a sua seita quer chegar com isso?




TERCEIRA SEÇÃO:

Uma afirmação do senhor Anderson:

O senhor repete em seu compêndio de mentiras absurdas que "ama" aos católicos, mas quem ama não mente. E quem ama principalmente não acusa, não julga, não denigre.


Minha réplica à afirmação do senhor Anderson:

E quem disse que eu menti? Todas as afirmações constantes do meu livro se fazem acompanhar de provas documentais. Ou o senhor se esqueceu que calúnia é crime com pena prevista no Código Penal? Só o senhor sabe que eu menti, visto que com seus olhos de águia, consegue enxergar nas páginas do meu livro, até o que eu nele não escrevi. Sim, não sei como, mas o senhor leu no meu livro onde eu teria afirmado que Maria foi crucificada. Era só o que faltava!

Denunciar um erro, além de ser falta de amor é o mesmo que acusar, julgar e denegrir? Se sim, pergunto: Então o senhor não me ama (bem que eu já desconfiava), me acusa e me denigre? Com ou sem razão, o certo é que o senhor diverge de mim e está rebatendo o meu livro, tachando-o de “grosseiro”. Logo, o senhor está fazendo o mesmo quem eu faço.

a tréplica do senhor Anderson

Joel, as provas documentais que o senhor coloca em epígrafe nada mais são do que declarações de ex-padres, outros livros protestantes, livros de poemas, falácias de pessoas desabilitadas de qualquer tipo de crédito.
Não são usados como provas de seus acintes documentos oficiais da Igreja como Encíclicas, Bulas, Documentos Conciliares, ou mesmo o Catecismo da Igreja Católica, do qual o senhor até chega a fazer uso, mas sempre que o faz, utiliza-se de forma maldosa de texto fora de contexto, retirando apenas parte do que realmente está dito, evitando com isso a conclusão do assunto, explicado mais tarde ou anteriormente.
O senhor salta citações tomando meio de frases, ignorando o que vem antes e depois, usa citações de fim de frases pulando o que está dito anteriormente e por outras vezes ainda se prende ao que diz no início, sem retratar a conclusão do final.
Seu objetivo não é outro senão o ataque grosseiro e mentiroso, usando até mesmo de coisas que realmente cremos, mas sempre colocando uma pequena invenção tendenciosa de sua parte em meio à verdade.


Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson.

Que horror! O senhor começa dizendo que eu nada mais faço do que citar ex-padres, outros protestantes e livros de poemas. Ora, o senhor sabe que isso não é verdade. Porventura, Vicente Wrosz, Euzébio Tintore, Miguel Maria Giambelle, Dom Antônio Afonso de Miranda, Álvaro Negromonte, Luiz Cechinato, Dom Mateus Rocha, Manuel Pinto dos Santos, Frei Battistini, Monsenhor Aristides Rocha, Cardeal Sílvio Oddi, etc., são ex-padres?

O senhor disse que não uso documentos oficiais da Igreja Católica. Quem disse que não? Então o senhor não leu o meu livro. É bem verdade que não usei todos os documentos oficiais da sua igreja, mas quem disse que sou obrigado as citar todas as obras oficiais da Igreja Católica? Onde o senhor arranjou isso? O número de documentos oficiais usados por mim, não importa, aos portadores de bom senso. O importante é ser fiel copista da (s) obra (s) que for (em) citada (s). Senhor Anderson, porventura oCatecismo da Igreja Católica, o Compêndio do Vaticano IIGlórias de MariaCompêndio do Catecismo da Igreja Católica, etc., não são obras oficiais da Igreja Católica? Se o senhor fosse autor de dez livros, num dos quais registrasse que eu sou assaltante, tudo que eu teria que fazer para provar que tal acusação à minha pessoa, consta de seu livro, seria citar o tomo no qual teria encontrado tal afirmação. Senhor Anderson, dialogar com o senhor, é o mesmo que bater palmas para maluco dançar. É por isso que me declinei da decisão de aceitar a polêmica que o senhor me propôs. Como dialogar com um homem que não fala coisa com coisa? O senhor não sabe concatenar idéias, ou está jogando sujo de propósito?

Eu não cito texto fora do contexto, como o senhor ousou caluniar-me. Quando efetuo uma cópia parcialmente, lanço mão das reticências, o que significa informar ao leitor que a cópia foi feita em parte. E isso é ilegal ou imoral? Se sim, lhe pergunto: Este recurso existe para quê? O senhor quer criar sua própria norma? Se sim, use-a à vontade, mas deixe-me com a norma comum aos usuários da escrita. Quem está usando texto fora do contexto, é o senhor. Veja: Os documentos oficiais da Igreja Católica, exatamente para que o dito fique pelo não dito e a arapuca do diabo funcione, fazem uma confusão dos infernos. Eles afirmam que:

1) fora da Igreja Católica não há salvação, e que, portanto, quem não entra na Igreja Católica não se salva, bem como se perde o que dela sai, a menos que o tal ignore esta verdade (provei isso no meu livro);

2) quem não é devoto de Maria está nas trevas, tentando voar sem asas (provei isso no meu livro);

3) que recém-nascido não batizado não é filho de Deus, mas sim, escravo do poder das trevas, necessitando, portanto, se libertar do poder Maligno; e que, quanto aos que morrem nesse estado, a Igreja não conhece nada que lhes garanta “a entrada na bem-aventurança eterna”. Simultaneamente, porém, fingem que:

a) Reconhecem os evangélicos como irmãos em Cristo, indo para o mesmo Céu. Como? Aqueles que, segundo o “santo doutor da sua igreja” que o senhor tanto admira (Afonso de Ligório) só têm direito às trevas, aos quais ele impetrou um “ai”, são seus irmãos em Cristo, e também estão indo para o Céu com o senhor? Têm certeza? Se sim, então seu “santo doutor”, bem como toda a cúpula católica que aprovou seu herético livro, estão equivocados. E, sendo assim, por que o senhor não rompe com eles? E, se não, por que tanta hipocrisia? Por que tenta nos enganar? Por que tanto é mas não é? Por que tanto lero-lero?
b) Segundo o Catecismo da Igreja Católica, até para os não cristãos há salvação, principalmente para os muçulmanos. Ora, se aos recém-nascidos não batizados, os clérigos da sua “igreja” não garantem “a entrada na bem-aventurança eterna”, como, concomitantemente, já asseguram a salvação até do muçulmano adulto que morre sem o batismo? Se eles duvidam da salvação até dos recém-nascidos que morrem sem o batismo, como crêem na do muçulmano adulto, que também morre sem o batismo? Por outro lado, se estão convictos que até um muçulmano adulto pode se salvar sem o batismo, por que duvidam da salvação dos recém-nascidos não batizados? É necessário muita ingenuidade (ou má-fé)  para não perceber a sutileza desses clérigos.

Eu não citei texto sem contexto, pois informo aos meus leitores da existência dessas incoerências e os aconselho a comprarem o Catecismo da Igreja Católica, para se certificarem dessas contradições. Logo, quem cita texto sem contexto, é o senhor. O senhor pinça textos isolados no intuito de provar que estou sendo parcial, mas eu trouxe tudo à tona, desmascarando essa sua seita. Eu citei os textos, informando ao mesmo tempo, as contradições existentes no contexto. E quem for sincero que examine os fatos. Sim, eu citei os textos, informando ao mesmo tempo as contradições existentes no contexto, pois fiz constar no capítulo 2 (em 2.2), onde provo que a Igreja Católica prega que quem não é católico está perdido, o que se segue: “às vezes o Catecismo da Igreja Católica finge reconhecer a validade das igrejas evangélicas, bem como das religiões não cristãs (como se pode ver à página 235...”. Mas o senhor, como veremos abaixo, cita texto que aparentemente contradiz minhas afirmações, e silencia-se sobre o contexto. O senhor acha isso bonito para a sua cara?




Uma afirmação do senhor Anderson:

Observe o tom grosseiro de suas palavras e a forma irônica de como se refere às Autoridades da Igreja, principalmente ao se referir aos Sucessores dos Apóstolos. Isso é o que o senhor acredita ser amor? Eu realmente tenho pena de você e de sua pirraça.

Minha réplica à afirmação do senhor Anderson:

Se os líderes da sua igreja são ou não “Sucessores dos Apóstolos” e “Autoridades da Igreja” (refiro-me à verdadeira Igreja), é discutível. Eu não sou obrigado a reconhecê-los como tais. Assiste a mim o direito de comparar seus ensinos com a Bíblia e rejeitá-los ou abraçá-los (At 17.11). E é o que eu faço: rejeito-os, e refuto-os. E o senhor não faz o mesmo? Porventura, o senhor não está dispensando a mim, membro do clero evangélico, o mesmo tratamento que eu dispenso aos clérigos de sua igreja? Aliás, o senhor não está sendo mais eufêmico para comigo, do que eu para com o senhor, bem como para com o clero da sua religião. Exemplos: 1) eu nunca disse que rezar aos santos é burrice, mas o Padre André Carbonera afirmou que o contrário disso, o é, como o senhor viu no Preâmbulo do meu livro; 2) eu, embora duro nas minhas palavras, não disse que os católicos são filhos do diabo, mas o senhor ratificou que sou. Não estou dizendo que o senhor não possa dizer isso, e sim, que o senhor e seus mentores espirituais não estão sendo mais suaves para comigo, do que eu para com os senhores.

A tréplica do senhor Anderson:

Clero protestante? Isso existe? O senhor tem a menor noção do que seja clero?
Reconheço que religioso o senhor pode até se julgar, mas membro de um “clero”?
Além disso, em seu livro o senhor declara que o Papa seja maluco, bobo, maldoso, manipulador e coisas além. E diz de outras Autoridades da Igreja, sim Sucessores dos Apóstolos que estes são o mesmo.
Para que não se diga, novamente que em seu compêndio não se encontra nada disso, eis que apenso o que encontrei a respeito do Sumo Pontífice: “Este autor não tentaria convencer o Papa de que ele está equivocado por se julgar infalível, pois custa-nos crer que ele não saiba disso. A menos que ele sofra de algum distúrbio mental. Ora, se ele já sabe que ele é falível, não há porque, nem como, convencê-lo deste fato. Por outro lado, se ele crê que é infalível, Deus não irá condená-lo por isso, visto não ser justo que os loucos respondam por seus atos.”
Já me deixe adiantar que não somente o Papa mesmo, como toda a Igreja Católica crê piamente que este é totalmente infalível nos assuntos de Fé e Moral da Igreja, pelos quais o Espírito Santo defende a Santidade da Igreja de Cristo.
Mas resta-nos o consolo de que todos iremos, segundo sua ofensa mentirosa para o Céu, visto que somos todos loucos e irresponsáveis por nossos atos....


Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson:

Sei muito bem o que é clero. O senhor também sabe. Se o senhor não soubesse o significado dessa palavra, eu lhe aconselharia a consultar um bom dicionário. Então o senhor veria que leigo é o que não pertence ao clero (no âmbito eclesiástico, é claro. Noutros casos este vocábulo possui outros valores, obviamente). Logo, a recíproca é verdadeira. Mas o motivo pelo qual o senhor não reconhece o clero evangélico, não é porque ignore a definição deste vocábulo, e sim, porque, como o senhor já deixou claro acima, o senhor é da mesma opinião do Padre Vicente Wrosz, o qual disse que todos Pastores evangélicos nada mais são que curiosos, e não pessoas qualificadas e credenciadas para este ofício, como provei no meu livro. O Padre Vicente Wrosz, quando escreve o substantivo “crente”, referindo-se aos evangélicos, usa aspas (“crentes”), sem dúvida querendo dizer com isso que não somos crentes de fato, mas sim incrédulos (ver página 17). Até no título de seu livro, Respostas da Bíblia às acusações dos “crentes” contra a Igreja Católica, podemos perceber que ele nos vê como incrédulos, haja vista o uso das aspas no vocábulo “crente”, que integra as palavras que constituem o título do seu livro. E este livro goza do imprimatur do Arcebispo Pedro Fedalto. Algo similar se pode ver no livro Os Erros ou Males principais dos “Crentes” ou protestantes, lançado sob oimprimatur do Monsenhor Aristides Rocha, no qual consta textualmente que os evangélicos não são crentes, e sim descrentes: “Em vez de ser denominados ‘crentes’, deviam os protestantes apelidar-se ‘descrentes’ ”(Página 4). Com esses infelizes (Vicente Wrosz, Pedro Fedalto, Aristides Rocha, etc.) faz coro o senhor Anderson. É isso que seus líderes pregam, e é nisso que o senhor Anderson crê, pois como discordar do Papa e seus infalíveis bispos que aprovaram tais alfarrábios? Como ousou afirmar o Padre Álvaro Negromonte, o Papa e seus bispos mandam tanto quanto Cristo (Leia o capítulo II do meu livro e veja a prova documental dessa blasfêmia). Eu, porém, ainda não aposentei a minha cabeça. Eu ainda penso. Eu não sou vaca de presépio.

Eu não tachei o Papa de bobo. Se eu dissesse isso, estaria sendo grosseiro e inexato, pois está claro que eles não são bobos. Tampouco são todos maldosos. A melhor maneira de se certificar do que deveras escrevi, é lendo-me. Leia-me, pois, ó leitor, e veja quão maquiavélico é esse tal de Anderson. O que eu afirmei no primeiro capítulo do meu livro (1.4.1), e que o senhor Anderson usa como pretexto para me CALUNIAR, é que o Cardeal-arcebispo Dom Aloísio Lorscheider disse algo equivalente a isso, ao dizer que os bobos que crêem que as imagens de Maria choram, ignoram as mutretas que há por trás disso, já que eu provara nas linhas anteriores do meu livro que essa crendice é difundida pelo alto clero e pelo próprio Vaticano, com a aquiescência do então Papa João Paulo II. Logo, eu não disse que o Papa é bobo. Repito: O que eu afirmei é que Dom Aloísio Lorscheider disse algo equivalente a isso. Eu disse ainda que as provas documentais dessa minha denúncia (isto é, que o alto clero católico proclama que as estátuas de Maria choram) estão em meu poder. Bem, eu não tachei os papas de bobos, logo o senhor Anderson mentiu. E, como o senhor Anderson já observou desde seu primeiro e-mail, quem mente é filho do diabo.

Quanto ao fato de eu dizer que é uma loucura um ser humano se dizer infalível, informo que não consegui impedir a minha cabeça de chegar a esta conclusão. Posso até me silenciar quanto a isso, mas não conseguirei bloquear minha mente de raciocinar e inferir. O senhor se lembra do cientista italiano Galileu Galilei, defensor do sistema heliocêntrico proposto por Copérnico? A boca dele foi capaz de dizer até que é o Sol que gira em torno da Terra, já que a isso foi forçado pelos “infalíveis” Papas Paulo V (1605 – 1621) e Urbano VIII (1623 – 1644 [em épocas distintas, é claro, já que não há dois papas a um só tempo]), que assim determinaram, sob pena de morte na fogueira. Mas o grande astrônomo morreu crendo que é a Terra que se move em volta do Sol, e seus opositores nada mais eram que déspotas e estúpidos, que se faziam passar por infalíveis sucessores de São Pedro e demais apóstolos de Cristo.

Eu não disse que todo Papa é maldoso. Quando relacionei no capítulo X do meu livro, muitos nomes de papas que fizeram barbaridades, fiz questão de observar que não podemos julgar todos por um.

Eu dissera que nunca chamei os católicos de burros, nem tampouco de filhos do diabo. Então o senhor copiou algumas de minhas palavras no intuito de me rebater. Todavia, tal cópia só seria coerente, se: a) eu tivesse dito que nunca fui duro para com a liderança católica; b) eu tivesse sim, tachado-os de burros e de filhos do diabo. Mas, como eu não fiz isso, as cópias do senhor Anderson nada dizem.

Dizer que a suposta infalibilidade papal é uma loucura, é infinitamente mais eufêmico do que dizer que quem crê nisso é filho do diabo e burro. Essa minha cautela prova que eu tenho boas intenções. Prova que quero esclarecer, e não ridicularizar e/ou afrontar. Doutro modo eu nunca seria comedido nas minhas palavras. Talvez eu tenha que ser mais brando ainda, mas o senhor Anderson e o clero católico não têm moral para me repreender. Ademais, por que o senhor, ao invés de criticar minhas duras palavras, não se dirige a mim com palavras mais brandas, para então ter moral para me ensinar alguma coisa que eu ainda não saiba? Se o senhor é mais indelicado do que eu, por que exige delicadeza de mim?

Quando eu digo que suspeito da sanidade mental de quem se julga infalível, não estou sendo irônico, mas falando do que creio. Realmente eu não tentaria convencer ao Papa, de que ele não é infalível, pelas razões acima exibidas. E isto é ser deselegante? Eu tenho culpa de ter chegado a esta conclusão em minha mente? Certo ou errado, é nisto que eu creio. E se o senhor dispõe de algum argumento à luz da Bíblia que prove o contrário, apresente-o. Bem, eu ratifico que realmente eu não tentaria convencer pessoa alguma (seja lá quem for, inclusive Papa) de que ela está equivocada por se julgar infalível, pois custa-me crer que haja alguém que não saiba disso. A menos que ela sofra de algum distúrbio mental, ratifico. Ora, se todos já sabem que são falíveis, não há porquê, nem como, convencer alguém deste fato. Por outro lado, se houvesse alguém que se julgasse infalível, Deus não iria condená-lo por isso, visto não ser justo que os loucos respondam por seus atos. Não me expresso desta maneira ironicamente, e sim, porque deveras eu suspeito da sanidade mental de alguém que, com sinceridade, se proclama infalível.

A ironia é um recurso válido. Até o profeta Elias foi irônico para com os adoradores de Baal. Eu também às vezes lanço mão deste recurso, mas no tópico acima, assim como neste, não estou sendo irônico, e sim, direto. Estou falando do que realmente penso, sem figuras. Aclarando: Há um senhor catarinense, chamado Iuri Thais, cujo pseudônimo é Inri Cristo, que se diz Jesus Cristo. Ora, sem ironia alguma digo que a meu ver, ou esse senhor é demente, ou é charlatão. Ele e seus discípulos, sem dúvida irão se melindrar se tomarem ciência deste meu parecer. Talvez digam que estou sendo irônico. Mas posso garantir que não é este o caso. Digo com toda a sinceridade, diante de Deus, que não estou sendo irônico. Estou falando do que realmente penso. Se estou ou não com a razão quanto a isso, é discutível (suponhamos que seja). Logo, o senhor Inri Cristo e seus seguidores têm o direito de concordar ou não comigo. Mas diante de Deus informo que a presente declaração não é irônica, nem tampouco se destina a afrontá-los. Estou apenas falando do que penso, porque creio que fazê-lo é legal e, sobretudo, moral.
Talvez o leitor pense que o último parágrafo acima não tem nada que ver com o tema abordado neste tópico. Porém, sua existência justifica-se por se destinar a notificar que, a meu ver, dizer-se Jesus Cristo é tão absurdo quanto se autoproclamar infalível; e que quando digo que suspeito da sanidade mental de quem se julga inerrante, não estou sendo irônico, tampouco o faço a título de ofensa ou deboche. Antes falo do que verdadeiramente penso. Se estou ou não com a razão, por concluir em minha mente que os “infalíveis” e os “Jesus Cristos” são megalomaníacos, é discutível; mas o direito de pensar não me pode ser negado. Se não posso exteriorizar este pensamento, não sei; o que eu sei é que é nisto que eu creio. E, embora eu não seja psiquiatra, nem psicólogo, parece-me (corrijam-me os profissionais dessas áreas se estou errado) que se autoproclamar Jesus, é tão patológico quanto dizer-se infalível.  Talvez o leitor esteja pensando: “Como esse pastor ousa comparar esse tal de Inri Cristo com Sua Santidade?” A resposta é que assim como para você o Papa é Sua Santidade, para os adeptos do senhor Inri Cristo, o Papa não é nada, enquanto Inri Cristo é tudo. Inri Cristo é Jesus. E aí temos apenas a sua opinião contra a deles. Se você é católico, sem dúvida crê que o senhor Inri Cristo é doente ou charlatão. Mas, se você pode pensar assim do líder espiritual deles, por que eles não podem pensar o mesmo do seu Papa? Se os papas podem se julgar infalíveis, por que o senhor Inri Cristo não pode se considerar Jesus? E se você pode achar que o senhor Inri Cristo é louco, por se dizer Jesus, por que os discípulos do senhor Inri Cristo não podem achar que o senhor Inri Cristo está bem da cabeça, e que quem está doido é o Papa? Os direitos são iguais, não?! Por que penso assim? Resposta: Quem se julga Jesus Cristo, por certo não se considera uma simples criatura, já que Jesus não o é. Semelhantemente, considerar-se infalível equivale a se auto-endeusar, visto que só Deus é inerrante.
      Verdadeiramente há notáveis diferenças entre o senhor Inri Cristo e os papas, mas também pontos em comum entre ambos. EI-los parcialmente:
·         1º ponto em comum: O senhor Inri Cristo e os papas dizem, de per si, coisas igualmente inusitadas, de si próprios: estes são infalíveis, e aquele é o próprio Jesus Cristo;
·         1ª notável diferença: O senhor Inri Cristo é visto pela grande maioria como, ou charlatão ou psicopata, enquanto os papas são vistos como celebridades;
·         2º ponto em comum: O senhor Inri Cristo e os papas dizem de si próprios coisas espantosas: “Eu sou Jesus Cristo”, diz aquele; “Nós somos infalíveis”, dizem estes;
·         2ª notável diferença: O senhor Inri Cristo possui poucas centenas de adeptos, mas o Papa tem mais de 1.000.000.000 de discípulos;
·         3º ponto em comum: É difícil acreditar que homens tão “ousados” consigam adeptos, mas, para nossa surpresa, eles os possuem. E, pasme o leitor, ambos são seguidos por pessoas cultas. Há até uma (talvez haja mais de uma e eu não saiba) psicóloga entre os seguidores do senhor Inri Cristo. Não tente entender isso, porque esse fenômeno é inexplicável. Isso nem Freud explica. Só o apóstolo Paulo explica isso (2 Co 4.4);
·         3ª notável diferença: Sempre que o senhor Inri Cristo aparece na tela de nossos televisores, vemos um homem coberto de escárnio. Os papas, porém, são autoridades religiosas respeitadas no mundo todo.
Uma sugestão: Respeitemos os “Jesus Cristos” e os “infalíveis”, bem como todos os que nos intrigam com o que dizem de si mesmos, visto que por mais inusitados que sejam, são seres humanos e, portanto, dignos de nosso amor. Oremos por eles. Nosso Deus pode curá-los, se são doentes, ou libertá-los do pecado, se têm consciência de que enganam o povo. Ninguém é obrigado a crer no que eles dizem, e podemos até argumentar forte contra suas afirmações, mas sem debochar deles. Uma pitada de ironia, é até bem-vinda, mas zombaria, nem pensar. Essa não seria uma atitude cristã.

Outra questão não menos relevante, é a seguinte: O senhor não cessa de me censurar por minhas palavras duras. Mas, pergunto-lhe: O senhor já repreendeu o Padre André Carbonera por ele ter dito que não rezar aos santos é burrice? O senhor já se manifestou contra o livro Glórias de Maria (da autoria do Bispo Afonso de Ligório, visto pelo alto clero da sua “igreja” como Santo Doutor, editado pela Editora Santuário), o qual diz que nós, os evangélicos, por não sermos devotos de Maria estamos nas trevas, e que sofreremos as conseqüências desta negligência, como fiz constar dos capítulos II e VI do meu livro Análise Bíblica do Catolicismo Romano ? E que disse o senhor ao Padre Vicente Wrosz, quando lançou seu pernicioso livro intitulado Respostas da Bíblia às acusações dos “Crentes” contra a Igreja Católica, afirmando que nenhum pastor evangélico é qualificado e credenciado para este ministério, mas apenas mero curioso? Quando o Papa João Paulo II disse que as seitas evangélicas enganam o povo e semeiam confusão, o senhor o repreendeu por isso? Talvez o senhor esteja dizendo: “E não é verdade que de fato há igrejas enganando o povo? Tais igrejas não devem mesmo ser duramente repreendidas?”. Aquiesço plenamente com o senhor quanto a isso. Assim lhe peço licença para protestar contra a Igreja Católica, já que a meu ver ela é das piores. O senhor discorda de mim? Isso não faz mal, pois também discordo das heresias de seus líderes espirituais e, não obstante, eles continuam pregando-as e nos criticando, como se eles fossem os certos, ou menos errados. Não quero tolhê-los desse direito, apenas solicito que a mesma liberdade não me seja negada. Podem continuar dizendo que nós, os evangélicos, estamos nas trevas, que odiamos a Maria, que pastor evangélico é mero curioso, que cometemos burrice por não invocarmos os santos e a Maria, etc. Tão-somente solicito que não ousem tapar minha boca. Por favor, deixem minha pena trabalhar a serviço de Deus e do próximo! Agüentem o rojão!

Fui mesmo grosso demais para com o Papa João Paulo II? Tem certeza? Ora, o senhor sabe, mas recapitulo, que ele não mandou recolher o livro Glórias de Maria, o qual diz com todas as letras que os evangélicos estão nas trevas, que estamos tentando voar sem asas, que não alcançaremos a graça de Deus até que invoquemos Maria, e impetra um “ai” sobre nós. Quem leu o meu livro sabe que eu provei isso lá. Provei também que esse livro _Glórias de Maria_ é obra oficial da Igreja Católica, pois dei várias provas disso, e inclusive transcrevi da página 13, um texto que diz sem rodeios, que esse diabólico livro foi aprovado pela cúpula da sua “igreja”. Além disso, o catecismo supracitado, aprovado pelo Papa João Paulo II em 1992, diz (embora desdiga também, para que o dito fique pelo não dito como denunciado em meu livro aqui discutido) que nós, os evangélicos, estamos perdidos, e que só seremos salvos se nos tornarmos católicos. O senhor pode até dizer que estou mentindo (afinal, a boca é sua), mas se o senhor der o meu site às suas vítimas, e estas acessarem o mesmo e lerem o meu livro nele disponível, e compararem com o dito catecismo, bem como com o livro Glórias de Maria, e outras obras oficiais da Igreja Católica, verão por si mesmas de que lado está a verdade.

O senhor disse que reconhece que entre os evangélicos há pessoas sinceras e piedosas que deveras querem servir a Deus. E eu, embora tenha minhas reservas quanto à sua sinceridade, não duvido inteiramente de que o senhor realmente creia nisso. Porém, o senhor não pode crer que tais pessoas piedosas e sinceras já estejam na graça de Deus, visto que a literatura oficial de sua religião nega isso, como referi acima. Relembro-lhe que “Santo” Afonso de Ligório, Doutor da sua “Igreja”, escreveu (e a cúpula [papas e cardeais] da sua “Igreja” aprovou) que nós, os evangélicos, estamos nas trevas, e ainda impetrou um “ai” sobre nós. Disse ele: “Perca uma alma a devoção para com Maria e que será senão trevas?... Ai daqueles...que desprezam a luz deste sol, isto é, a devoção a Maria...” (Glórias de Maria, página 82). À luz destas palavras de “Santo” Afonso, pergunto: Qual é a parte que nos toca? O Céu? Então nós teremos o Céu e as trevas simultaneamente? O senhor acha que nós, os evangélicos, vamos herdar as trevas celestiais, a saber, o cantinho escuro do Céu? É isso?

Quem disse que um cristão não pode ser duro em suas palavras para com os rebeldes? João batista, o próprio Jesus, Elias, Pedro, Paulo, etc., não repreenderam com firmeza os de corações duros, tachando-os de raça de víboras, serpentes, filhos do diabo e assim por diante? O senhor se lembra como Paulo tratou Barjesus? E as duras palavras de Pedro ao mágico Simão? Elias até ironizou o culto a Baal, cobrindo-o de sarcasmo. Não menos irônico foi Isaías, que disse que os idólatras usavam parte da madeira no cozimento de alimento, e do resto faziam um deus.

Já observei diversas vezes que o senhor procura desconversar sempre que lhe ponho em maus lençóis. Só para citar um exemplo, o senhor me acusou de deselegância no falar. Então me defendi dizendo-lhe que o senhor e os líderes da sua “igreja” não são mais eufêmicos para com os evangélicos, do que eu para com a liderança católica. E, como prova disso, fiz o seguinte: 1) Eu trouxe à memória o tratamento que o senhor dispensara a mim, tachando-me de filho do diabo e demente; 2) falei do título de burros que nos foi conferido pelo Padre André Carbonera. Mas o senhor, dando a entender que percebeu minha lógica, só fez voltar a referir-se às minhas supostas “deselegâncias”, bem como a questionar a legitimidade das Convenções Evangélicas que ordenam Ministros, assim como também dos que por elas são ordenados. Ora, réplica se rebate com tréplica, senhor Anderson. O senhor está patinhando?

O senhor disse que “não somente o Papa mesmo, como toda a Igreja Católica crê piamente que este é totalmente infalível nos assuntos de Fé e Moral da Igreja, pelos quais o Espírito Santo defende a Santidade da Igreja de Cristo”. Isso não é verdade. Os católicos, pelo menos na sua maioria, não o são de fato, mas apenas nominalmente, por cujo motivo nem sabem que o Papa se autoproclama infalível. Muitos católicos, quando me ouviram dizer que a Igreja Católica prega oficialmente que o Papa é infalível, que a hóstia é Jesus Cristo, que recém-nascido não batizado não é filho de Deus, que quem salva é Maria e não Cristo, que quem não é devoto de Maria está perdido nas trevas, etc., me tacharam de caluniador, e ainda me disseram: “Nunca ouvimos padre algum falar isso. O senhor está pensando que o Papa é burro, é?”. E eu lhes respondo: “bem, são vocês que estão dizendo que quem crê nisso é burro; eu, porém, estou apenas informando o que a sua Igreja prega oficialmente”. A alguns católicos eu consegui provar que não estou caluniando, dos quais muitos abandonaram essa igreja, mas a maioria sequer permitiu que eu exibisse as provas. Foram logo dizendo que a Teologia é coisa profunda, de difícil interpretação, por cujo motivo muitos a interpretam erradamente. E afirmaram ser este o meu caso. Eu quis argumentar contra esse parecer, mas eles recusaram continuar no debate, acrescentando que só um clérigo católico, que estudou para isso, estaria a altura de debater comigo e me provar o contrário.



Uma afirmação do senhor Anderson

O que minhas respostas ao seu livro de mentiras hediondas comprovam é que a Igreja Católica não tem nenhum dos enganos religiosos que você diz ter, ao contrário, permaneceu firme e fiel a Cristo e à Doutrina dos Apóstolos. Quando digo que o senhor engana seus leitores propositadamente, digo isto, pois ou o senhor é uma criança tola e cega, ou é mesmo maldoso.

Minha réplica à afirmação do senhor Anderson

O meu livro, repito, está recheado de provas documentais. E o senhor só é capaz de discordar disso, porque tem a capacidade de ler nele o que não consta de suas páginas, assim como também, de não enxergar o que nele está exarado, como já demonstrei acima. O senhor vê o que não existe, mas não vê o que há.


A tréplica do senhor Anderson

Como todo falsário que se presa, o senhor retorna diversas vezes à mesma mentira, com a finalidade de tentar quem sabe numa das vezes em que mente enganar de sobremaneira a alguém que possa ter descrido de si nas anteriores.
Volto então a lhe informar que a palavra de um ex-padre contra a Igreja, de um livro de protestantes, de livros de poesia, de contos de fadas e demais escritos não oficiais, não tem base doutrinária na Igreja.
O que vale para nós é a Bíblia, a palavra do Magistério da Igreja, colocada oficialmente em documentos próprios para isto, a Sagrada Tradição Apostólica, pois esta está sempre em pleno acordo com o que a Bíblia diz e não tem sentido sem a Bíblia.

Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson.

Concordo plenamente que quem quer pronunciar contra ou a favor da Igreja Católica, precisa se valer de seus livros oficiais. E é exatamente por saber disso e concordar com isso, que a miúde recorro à pronunciação do clero católico. De livros oficiais como Glórias de Maria, Compêndio do Vaticano II, Catecismo da Igreja Católica, etc., faço exaustivas cópias. Eu faço ainda diversas transcrições de diversos livros de autoria de padres, livros estes que, de per si trazem o imprimatur do alto clero (bispos e arcebispos), o que os torna oficiais. O senhor sabe disso, mas finge não saber, para impressionar suas vítimas. Saiba, porém, que Deus está vendo suas astúcias.

O senhor deixou claro, nas linhas acima, que não segue só a Bíblia, mas também “a palavra do Magistério da Igreja ... e a Sagrada Tradição Apostólica”. Mas enquanto o senhor não reconhecer a Bíblia como única autoridade, será difícil chegarmos a um denominador comum, já que não nos submetemos ao mesmo Deus. O seu deus (ou seus deuses?) não é o meu Deus. O senhor tem  duas fontes turvas que lhe impedem beber da fonte da água viva que é a Bíblia: o Papa e a tal de Tradição; eu, porém, bebo da única fonte que nos deu o Senhor: a Bíblia!

A Bíblia não tem, para os poucos católicos que sabem que a “Igreja” proíbe a livre interpretação das Escrituras Sagradas, autoridade alguma. Os padres, enquanto sofrem a lavagem cerebral que os habilita ao “Santo Magistério”, prometem seguir cegamente ao Papa e aos bispos, como o confessou o Padre Álvaro Negromonte que, segundo consta do meu livro, afirmou que o Papa manda tanto quanto Cristo e que, portanto, deve ser obedecido cegamente. Disse ele: “... Um bom católico nunca põe em dúvida a autoridade da Igreja. Antes, procura ser cuidadoso da obediência que lhe deve. Cuidadoso e ufano. Vale a pena obedecer a quem manda com a mesma autoridade de Cristo e faz leis tão sábias.
      “Assistidos pelo Espírito Santo, o papa e os bispos têm uma visão que nos falta nos negócios da Igreja. As suas ordens devem ser obedecidas e não discutidas. Quando nossos pontos de vista não coincidirem, será por deficiência nossa...” (O Caminho da Vida, página 240, 15ª edição, Livraria José Olympio Editoragrifo meu). Isto lhe parece incrível? Esta transcrição lhe impressionou? Mas isso é o Catolicismo Romano. Saiba o leitor que o original desta cópia está em meu poder.

O Pastor Hugh P. Jeter, em seu excelente livro de refutação às heresias da Igreja Católica, registrou: “O sacerdote não pode raciocinar por si próprio. Um sacerdote espanhol, M. Garrido Aladama, declarou que se um professor diz a um estudante de seminário que o branco é preto, a palavra do professor deve ser tomada como sagrada, e o aluno deve assumir que a sua própria vista o enganou” (Será Mesmo Cristão o Catolicismo Romano?, 2ª impressão/2000,  Editora Betel, página 66).

Talvez você esteja pensando assim: “Isso não pode ser verdade. Esse Pastor Hugh P. Jeter deve ter mentido. Ninguém é suficientemente maluco para se expressar assim”. Bem, se duvida do que disse o Pastor Hugh P. Jeter, certamente duvida também da cópia que efetuei acima, ao reproduzir as palavras do Padre Álvaro Negromonte, já que as palavras do sacerdote espanhol, M. Garrido Aladama, não são mais inusitadas do que as do Padre Álvaro Negromonte. Mas, como fiz constar acima, o livro do Padre Álvaro está em meu poder.




SEXTA SEÇÃO


Uma afirmação do senhor Anderson

Qualquer pessoa de sã consciência diria qualquer coisa contra a Fé católica, menos que Maria morreu na Cruz. Isso não nos ofende. Ofende a pouca inteligência de quem lê isso e ainda é capaz de acreditar em tal sandice.

Minha réplica à afirmação do senhor Anderson

Quando a isso convirjo cem por cento com o senhor. Não conheço ninguém que tenha dito que a Igreja Católica prega que Maria morreu na Cruz. E, graças a Deus, não sou o autor dessa calúnia. O autor dessa inverdade é uma mula-sem-cabeça. E quanto a quem diga que isso consta do meu livro, não disponho de um adjetivo que me habilite a qualificá-lo a altura de seus méritos.

3) A tréplica do senhor Anderson.

Se alguém ainda não pode ler, vou colocar novamente aqui, pois talvez alguma pessoa de bom coração de sua igreja, ou ainda alguém que o conheça para lhe aconselhar a procurar ajuda médica emergencial:

5) Maria morreu para nos salvar, ressuscitou dentre os mortos e subiu ao Céu, onde, como Rainha, intercede por nós;
6) A missão de salvar o pecador foi confiada a Maria, não a Cristo. Logo, Maria é: A verdadeira medianeira entre Deus e os homens; A única advogada dos pecadores; O caminho que nos conduz a Deus; Nosso único refúgio; A Salvadora da humanidade; A porta de acesso ao Céu, pela qual, todos os que se salvam, têm que passar; A escada do Paraíso;

Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson.

O senhor acha que eu estou precisando de um médico urgente, mas eu estou convicto de que o senhor está precisando de Jesus, já! O senhor não está necessitado de um psiquiatra, pois não é doente da cabeça, e sim, da alma. Logo, só o Dr. Jesus pode lhe ajudar.

Quem leu o meu livro sabe que eu provei, tintim por tintim,  tudo quanto consta do texto desta última cópia que o senhor efetuou. Ou o livros Glórias de Maria e a Enciclopédia Católica, dos quais me vali como provas documentais, não são oficiais?



SÉTIMA SEÇÃO


Uma afirmação do senhor Anderson

Eu estou lhe tachando de filho do diabo, por que o senhor é mentiroso como é o seu pai. Mesmo as poucas verdades que pude encontrar em seu livro, só foram ditas para corroborar uma mentira que lhe viesse antes ou depois.

Minha réplica à afirmação do senhor Anderson

Bem, o senhor está dizendo que encontrou muitas mentiras no meu livro, mas a única mentira que o senhor enumerou, é de sua autoria, não minha, já que não consta do meu livro que a sua seita tenha ensinado que Maria morreu na Cruz. A essa altura pergunto: Quem é o mentiroso? Quem é o filho do diabo? Quem é que está escrevendo algo que ofende a pouca inteligência de quem lê? Hein?!


A tréplica do senhor Anderson

Já que o senhor deseja ver enumeradas muitas de suas mentiras, resolvi acrescer outra com a devida resposta, é claro: Como o leitor pode ver, o Catolicismo sustenta que o perdão não anula a sentença, mas tão-somente reduz a pena. Ao ser perdoado, o castigo eterno é trocado pelo castigo temporário.
A penitência ordenada pelo Sacerdote, após a confissão, não tem nada a ver com o perdão do pecado em si, nem é uma paga pelo pecado perdoado, mas, ao contrário, visa restituir o caminho de santidade na vida do pecador.
 Joel iniciou citando o que diz o Catecismo, mas depois, prosseguiu tirando de SUA CABEÇA conclusões que ele deixa parecer serem doutrinas da Igreja e NÃO SÃO.
O sofisma de Joel cai por terra se continuarmos a ler o que diz o Catecismo.
1460: A penitência imposta pelo confessor deve levar em conta a situação pessoal do penitente e procurar seu bem espiritual. Deve corresponder, na medida do possível, à gravidade e à natureza dos pecados cometidos.
 Pode consistir na oração, numa oferta, em obras de misericórdia, no serviço do próximo, em privações voluntárias, em sacrifícios e principalmente na aceitação paciente da cruz que devemos carregar.
Essas penitências nos ajudam a configurar-nos com Cristo, que, sozinho, expiou nossos pecados uma vez por todas. Permitem-nos também tomar-nos co-herdeiros de Cristo ressuscitado, “pois sofremos com ele”: Mas nossa satisfação, aquela que pagamos por nossos pecados, só vale por intermédio de Jesus Cristo, pois, não podendo coisa alguma por nós mesmos, “tudo podemos com a cooperação daquele que nos dá força”(Cf Fl 4,13). E, assim, não tem o homem de que se gloriar, mas toda a nossa “glória” está em Cristo... em quem oferecemos satisfação, “produzindo dignos frutos de penitência (Cf Lc 3,8.), que dele recebem seu valor, por Ele são oferecidos ao Pai e  graças a Ele são aceitos pelo Pai.


Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson.

       O que vem a seguir consta do capítulo V do meu livro em questão. Transcrevo este texto porque o mesmo rebate muito bem, as inverdades que o senhor Anderson acima expôs.

Certo católico que se identificou como Anderson, me remeteu alguns e-mails, respondendo positivamente à pergunta que deu título ao presente tópico. Segundo o mesmo, a Igreja Católica não nega a totalidade e instantaneidade do perdão. E, em defesa da sua tese, dizendo que eu citei o texto fora do contexto, argumentou:
A penitência ordenada pelo Sacerdote, após a confissão, não tem nada a ver com o perdão do pecado em si, nem é uma paga pelo pecado perdoado, mas, ao contrário, visa restituir o caminho de santidade na vida do pecador.
 Joel iniciou citando o que diz o Catecismo, mas depois, prosseguiu tirando de SUA CABEÇA conclusões que ele deixa parecer serem doutrinas da Igreja e NÃO SÃO.
O sofisma de Joel cai por terra se continuarmos a ler o que diz o Catecismo.
1460: ‘A penitência imposta pelo confessor deve levar em conta a situação pessoal do penitente e procurar seu bem espiritual. Deve corresponder, na medida do possível, à gravidade e à natureza dos pecados cometidos.
 Pode consistir na oração, numa oferta, em obras de misericórdia, no serviço do próximo, em privações voluntárias, em sacrifícios e principalmente na aceitação paciente da cruz que devemos carregar.
Essas penitências nos ajudam a configurar-nos com Cristo, que, sozinho, expiou nossos pecados uma vez por todas. Permitem-nos também tomar-nos co-herdeiros de Cristo ressuscitado, “pois sofremos com ele’: Mas nossa satisfação, aquela que pagamos por nossos pecados, só vale por intermédio de Jesus Cristo, pois, não podendo coisa alguma por nós mesmos, ‘tudo podemos com a cooperação daquele que nos dá força’ (Cf Fl 4,13). E, assim, não tem o homem de que se gloriar, mas toda a nossa ‘glória’ está em Cristo... em quem oferecemos satisfação, ‘produzindo dignos frutos de penitência’ (Cf Lc 3,8.), que dele recebem seu valor, por Ele são oferecidos ao Pai e  graças a Ele são aceitos pelo Pai”.
        Entretanto, defendi-me de sua acusação mais ou menos assim: Veja o que diz o Catecismo da Igreja Católica:

“... A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados...Todo pecado, mesmo venial,...exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado purgatório... O perdão do pecado e a restauração da comunhão com Deus implicam a remissão das penas eternas do pecado. Mas permanecem as penas temporais do pecado... O cristão deve esforçar-se, suportando pacientemente os sofrimentos ... e, chegada a hora de enfrentar serenamente a morte, aceitar como uma graça essas penas temporais do pecado...” (Catecismo da Igreja Católica, páginas 406 – 407, # # 1.471 – 1.473, Grifo nosso).

Ora, o senhor disse que “A penitência ordenada pelo Sacerdote, após a confissão, não tem nada a ver com o perdão do pecado em si, nem é uma paga pelo pecado perdoado, mas, ao contrário, visa restituir o caminho de santidade na vida do pecador”, mas o Catecismo da Igreja Católica, como transcrito acima, nos fala de uma tal de “...pena ... devida pelos pecados já perdoados”, que pode ser eliminada pela indulgência. Além disso, à página 411 do dito Catecismo pode-se ler que “Pelas indulgências os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do purgatório, a remissão das penas temporais, seqüelas do pecado”. Ora, se há uma “pena temporal devida pelos pecados já perdoados”, e se até as almas do além necessitam da remissão dessa pena, bem como podem obtê-la, através de uma indulgência, salta aos olhos que o senhor Anderson está equivocado quanto à interpretação da palavra indulgência. Este vocábulo não significa a restituição do “caminho de santidade na vida do pecador”, como o imagina o senhor Anderson, a não ser que tal restituição do “caminho de santidade” signifique o cumprimento da referida pena devida pelos pecados já perdoados. Mas, neste caso, o senhor Anderson entraria num beco sem saída, visto que ele já disse que eu estou interpretando mal, quando digo que a Igreja Católica prega que o perdão dos pecados não anula a sentença, mas que tão-somente reduz a pena. É! O senhor Anderson quer meter na nossa cabeça que o Catecismo da Igreja Católica não está dizendo o que diz!
Tão logo o pecador é perdoado, ao receber Cristo como seu único e todo suficiente Salvador, deve-se apenas orientá-lo a viver a nova vida em Cristo, a se esforçar para moldar sua vida pela Palavra de Deus, e não ensiná-lo a como se remir da pena devida pelo pecado já perdoado. Pelo pecado perdoado não há pena. Essa heresia, que minimiza a Obra Redentora de Cristo na cruz, nega sim, a totalidade do perdão no ato da conversão, sendo, portanto, indubitavelmente, heresia de perdição, sim, senhor.
        Outra prova de que o senhor Anderson “interpretou” erradamente o que diz o Catecismo da Igreja Católica acerca da indulgência, é o fato de constar da página 406, # 1471, que “As indulgências podem aplicar-se aos vivos e aos defuntos” (Grifo meu). Isso prova que se a coisa fosse como o senhor Anderson quer, a saber, que a indulgência visa apenas “restituir o caminho de santidade na vida do pecador”,  poderíamos dizer que o clero católico empreende restituir o caminho de santidade até àqueles que já morreram perdoados, os quais, segundo a Bíblia, estão no Paraíso Celestial; e, segundo o clero católico - caso não tenham ainda cumprido a pena devida pelo pecado já perdoado -, estão no purgatório. Logo, das duas uma: Ou o clero católico quer que os tais cumpram no Paraíso Celestial onde estão, a pena devida pelo pecado já perdoado(cumprir pena no Céu não deve ser nada mau), ou que a cumpram no purgatório, o que, por sua vez, prova que a Igreja Católica prega mesmo que o perdão não anula a sentença, mas apenas reduz a pena. E isso, muito longe de ser favorável aos líderes da Igreja Católica, os poria em maus lençóis, pois equivaleria a dizer que o Magistério da Igreja Católica não desgruda do pé de suas vítimas, nem mesmo depois de mortos.  Ademais, já que os que morreram perdoados estão no Paraíso, pergunto: Como lhes restituir o caminho de santidade? Talvez o senhor Anderson me rebata, dizendo que muitos dos tais estão no purgatório e, portanto, carentes de indulgências, isto é, de restituição do caminho de santidade. Mas essa conclusão está errada pelas seguintes razões:

A) O Catecismo da Igreja Católica diz que a “indulgência é a remissão ... da pena devida pelos pecados já perdoados”, e não, a restituição do caminho de santidade, como disfarça o senhor Anderson, enganando os seus leitores propositadamente. Afinal de contas, a indulgência é a remissão da pena devida pelos pecados já perdoados, ou é a restituição do caminho de santidade?  Que é restituir o caminho de santidade? Pelo contexto do texto de onde o senhor Anderson fez a sua transcrição, se pode ver que a definição que o Catecismo da Igreja Católica dá a esta expressão é a  seguinte: Uma vez perdoado, o cristão deve reparar o seu erro, devolvendo o roubado, se retratando de uma calúnia, pedindo perdão às pessoas por ele prejudicadas, etc. Ora, com isso concordamos plenamente. Mas isso não é cumprir pena, antes significa viver a vida de absolvido por Cristo. Tanto que é assim, que, caso não sejam possível essas reparações - por morte imediata, por exemplo -, o perdoado vai, não obstante, no mesmo dia para o Paraíso (Lc 23.43). Mas o clero católico ensina que se perdoado morrer sem cumprir a pena devida pelos pecados já perdoados, terá que cumpri-la no purgatório, já que afirmam que a indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados, e que até os mortos do purgatório podem ser contemplados pela mesma, por cuja razão os vivos são exortados a fazer indulgências pelos mortos. Ora, é claro que os tais já não podem restituir o furto, retratar-se de uma calúnia, etc. Assim sendo, a indulgência católica não pode ser apenas uma reparação dos danos morais e patrimoniais que o ex-perdido, agora perdoado, deve fazer junto às pessoas que por ele porventura tenham sido prejudicadas. Claro que sim, visto que, embora todos saibamos que ninguém pode, no além-túmulo, reparar seus erros junto aos que estão no aquém-túmulo, a Igreja Católica sustenta que aqueles podem ser indulgenciados com o concurso destes, como já sabemos

B) quem já leu a história da Reforma Protestante, sabe que foi a venda de indulgências, praticada por Tetzel, a mando do Papa Leão X, que provocou os protestos de Lutero à Igreja Católica. Em outra palavras: O comércio das indulgências foi a gota d’água que faltava para que o brado luterano se fizesse ouvir em todos os rincões do mundo. Contam-nos os livros de História Universal, que os fregueses do Papa podiam comprar indulgências tanto para si, como para os mortos, e que Tetzel prometia aos seus clientes, que tão logo a moeda timbrasse no fundo do cofre, a alma beneficiada voaria para o Paraíso Celestial. Logo, vemos novamente que a indulgência era e é algo que se faz até pelos mortos, o que prova que o senhor Anderson está conceituando-a erradamente, já que, como vimos há pouco, e o senhor Anderson não ousou negar, oCatecismo da Igreja Católica ainda sustenta, á página 406, # 1471, que “As indulgências podem aplicar-se aos vivos e aos defuntos” (Grifo meu), isto é, você, tal qual nos dias de Tetzel (Século XVI), ainda pode dar uma “oferta” pelos que estão no purgatório e, assim, indulgenciá-los, isto é, redimi-los da pena temporal que ora sofrem no purgatório;

C) Discorrendo sobre a tal de indulgência, disse mais o senhor Anderson, copiando do Catecismo da Igreja Católica: “Pode consistir na oração, numa OFERTA, em obras de misericórdia, no serviço do próximo, em privações voluntárias, em sacrifícios e principalmente na aceitação paciente da cruz que devemos carregar” (Grifo meu). Isto prova mais uma vez que a Igreja Católica continua charlatã, pois não parou de pregar que podemos comprar a absolvição dos que padecem no purgatório, “dando” uma “oferta”, e, desse modo, livrá-los do suposto sofrimento, fruto das imaginações da cuca do Papa Gregório, intitulado O Grande. Sim, O Grande! O Grande embusteiro.
        Hebreus 10:17,18, diz: “E não me lembrarei mais de seus pecados e de suas iniqüidades. Ora, onde há remissão destes, não há mais oferta [indulgências?] pelo pecado” (Grifo nosso). É! Exatamente o que o Catecismo diz e o senhor Anderson não pôde negar: “oferta”. Sim, pois disse acima o senhor Anderson: “Pode consistir ... numaOFERTA” ... (grifo meu). Senhor Anderson, oração; oferta; obras de misericórdia, no serviço do próximo; privações voluntárias (jejuns, por exemplo); sacrifícios; aceitação paciente da cruz que devemos carregar, etc., são os frutos dignos de arrependimento (Lc 3.8), ou seja, aquilo que se espera de um cristão, como conseqüência da nova vida que Jesus lhe deu quando o perdoou, e não algo que vise remir o perdoado de alguma pena (pena esta da qual, segundo os líderes da Igreja Católica, não se livra nem mesmo depois de morto)E relembro que, se é para remir da pena devida pelos pecados já perdoados, então, para o pecado perdoado ainda há pena. E, se há pena, como o insiste o Catolicismo, então, quão mentiroso é o “perdão” católico!
       Já vimos que o Concílio de Trento afirmou:“Se alguém disser que, depois de receber a graça da justificação, a culpa é perdoada ao pecador penitente e que é destruída a penalidade da punição eterna e que nenhuma punição fica para ser paga ou neste mundo ou no futuro, antes do livre acesso ao reino ser aberto, seja anátema” (Seção VI, citado em Seitas e Heresias, um Sinal dos Tempos, CPAD, 9 Ed. 1994, p. 25). E porventura, o fato de o Catecismo da Igreja Católica nos falar duma tal de pena devida pelo pecado já perdoado, não está, por conseguinte, ratificando a negação da totalidade e instantaneidade do perdão de Deus em Cristo, no ato da conversão, como também o fizera o Concílio de Tento? O pior cego, senhor Anderson, é aquele que não quer enxergar, e o senhor o é, infelizmente! Como eu gostaria de vê-lo livre dessa cegueira! Claro, o senhor certamente pensa que me expresso assim só para humilhá-lo, mas Deus, a que prestarei contas de meus atos, sabe que estas palavras são sinceras! Eu falo do fundo de meu coração!
E, quanto à observação do senhor Anderson, de que no Catecismo da Igreja Católica consta que “Cristo, que, sozinho, expiou nossos pecados uma vez por todas”,observo que essa é apenas mais uma demonstração do quanto o Catolicismo é incoerente, o que informo amiúde no meu livro. Ora, se Cristo, sozinho, expiou nossos pecados uma vez por todas, por que a Igreja Católica nos fala ainda duma tal de pena devida pelos pecados já perdoados?
E o senhor Anderson prossegue em seu arrazoado, transcrevendo do sobredito Catecismo, no intuito de “provar” que o contexto prova que eu menti propositadamente:“Mas nossa satisfação, aquela que PAGAMOS por nossos pecados, só vale por intermédio de Jesus Cristo, pois, não podendo coisa alguma por nós mesmos, ‘tudo podemos com a cooperação daquele que nos dá força’ (Cf Fl 4,13). E, assim, não tem o homem de que se gloriar, mas toda a nossa ‘glória’ está em Cristo... em quem oferecemos satisfação, ‘produzindo dignos frutos de penitência (Cf Lc 3,8.), que dele recebem seu valor, por Ele são oferecidos ao Pai e graças a Ele são aceitos pelo Pai” (Grifo meu). Como o leitor viu, o tiro saiu pela culatra, já que a palavra pagamos consta do texto transcrito pelo senhor Anderson. O que o senhor Anderson está fazendo, é como se um inábil advogado, enquanto argumentasse tentando provar que o réu, seu cliente, é inocente, exibisse provas cabais de que o mesmo verdadeiramente é culpado dos hediondos crimes de que é acusado. Quão difícil é entender aonde o senhor Anderson quer chegar!
Não! Não! Não! Senhor Anderson! Os perdoados nada pagam pelos seus pecados! A verdadeira Teologia não admite isso em hipótese alguma. O cristão produz frutos em conseqüência da gratidão a Cristo que pagou sua dívida e lhe deu nova vida, e não a título de pagamento pelos seus pecados. Afinal, o pecado foi perdoado, ou não foi? Cristo já pagou, ou não pagou? Cristo pagou tudo, ou pagou só uma parte? Não se pode dizer que uma pessoa foi perdoada e, ao mesmo tempo, dizer que cumpriu (ou cumpre) pena. Cumprimento de pena e perdão, não podem co-existir, pois se eliminam mutuamente.
Catecismo da Igreja da Católica tenta esconder que nega que o pagamento efetuado por Cristo nos basta, para a nossa salvação, dizendo que ... “Cristo, que, sozinho, expiou nossos pecados uma vez por todas”... E: “nossa satisfação, aquela que PAGAMOS POR NOSSOS PECADOSsó vale por intermédio de Jesus Cristo, pois, não podendo coisa alguma por nós mesmos, ‘tudo podemos com a cooperação daquele que nos dá força’(Cf Fl 4,13). E, assim, não tem o homem de que se gloriar, mas toda a nossa “glória” está em Cristo ... em quem oferecemos satisfação, ‘produzindo dignos frutos de penitência (Cf Lc 3,8.), que dele recebem seu valor, por Ele são oferecidos ao Pai e graças a Ele são aceitos pelo Pai’ ” (Grifo meu)Acontece, porém, que a única satisfação pelo pecado, que Deus aceita, é aquela que Cristo deu na cruz. Nós não temos que dar nenhuma satisfação, mas sim, apelarmos para a satisfação que Cristo deu no madeiro. Não acabamos de ver que o próprio Catecismo da Igreja Católica, incoerentemente diz que “Cristo, que, sozinho, expiou nossos pecados uma vez por todas”“Dignos frutos de penitência”  - segundo Bíblias católicas - ou “frutos dignos de arrependimento” - segundo as Bíblias de versão protestantes -, é a vida de piedade, abnegação, resignação e contrição aos pés do Senhor, e isto, numa demonstração de gratidão pelo pagamento efetuado por Cristo, e não como parte do pagamento da dívida. Não nos toca pagar parte alguma, visto que Cristo levou em seu corpo os nossos pecados (1 Pe 2.24), e não, uma parte dos nossos pecados. Como bem o diz o Catecismo da Igreja Católica, o pagamento efetuado por Jesus se deu uma vez por todas, e Ele o fez sozinho. Nenhuma satisfação pelo pecado, dada por nós, terá a aceitação do Pai. Isso é subestimar o preço que foi pago pelo Filho. O pecador tem é que se aproximar do Pai, apelando para a satisfação que o Filho deu no Calvário, e em hipótese alguma deve se valer de qualquer outra satisfação, nem mesmo sob pretexto de fazê-lo em nome do Filho, e à base dos méritos Dele. Até porque para que alguém pudesse dar alguma auto-satisfação em nome do Filho, este teria que nos autorizar a fazê-lo, já que esta é a definição de em nome de. Mas, como sabemos pela Bíblia, o Filho quer é que apelemos para a satisfação que Ele deu no Gólgota, e não que ofereçamos nossas satisfações ou co-satisfações que nada satisfazem. Nossas “satisfações” não satisfazem a Deus, nem tampouco a nós mesmos, pois a insatisfação, em forma de um vazio que só Deus pode preencher, jaz nos corações dos que tentam propiciar a Deus valendo-se de seus recursos, ou somando estes ao sacrifício de Jesus, ao invés de apelarem SÓ para a satisfação que procede do Calvário.
Quando a Bíblia diz que “ ‘tudo podemos com a cooperação daquele que nos dá força’(Cf Fl 4,13)”, isso não inclui a capacidade de darmos satisfação pelo pecado (isto é, de pagarmos alguma coisa pelo pecado), como o quer o Catecismo da Igreja Católica, com o qual aquiesce o senhor Anderson; antes se refere à força que Deus nos dá para vivermos como autênticos cristãos em meio às adversidades da vida. Refere-se a um estilo de vida pautado pela Lei moral de Deus, uma submissão ao Senhorio de Cristo como princípio, e não à efetuação de parte do pagamento da dívida.
Catecismo da Igreja Católica, exatamente para que o dito fique pelo não dito, diz: “Essas penitências nos ajudam a configurar-nos com Cristo, que, sozinho, expiou nossos pecados uma vez por todas (Grifo meu). Mas, como o diabo não consegue esconder o rabo, diz a seguir o incoerente Catecismo: “Mas nossa satisfação, aquela que PAGAMOS por nossos pecados, só vale por intermédio de Jesus Cristo, pois, não podendo coisa alguma por nós mesmos ...” (Grifo meu). Ora, se Cristo, sozinho expiou nossos pecados uma vez por todas, então Ele deu satisfação cabal e sozinho. E, portanto, pagou plenamente e sozinho, uma vez por todas.  E sendo assim, por que, a seguir, contraditoriamente nos fala de uma tal de nossa satisfação, aquela que pagamos por nossos pecados”?  Interpretando bem, o que o Catecismo da Igreja Católicaestá dizendo, é que nós, por nós mesmos, posto que somos fracos, não conseguiríamos pagar nada, mas com a ajuda de Deus nós conseguiremos pagar a parte que nos toca, que é aquela seqüela que, segundo o Catolicismo, nos resta, depois que o pecado é perdoado. E indulgência é o nome da remissão dessa pena. E, quanto aos que estão cumprindo tal pena no purgatório, a indulgência para eles pode ser obtida por aqueles que ainda estão vivos neste mundo.
        O senhor Anderson não mentiu, quando afirmou que eu dissera que “o Catolicismo sustenta que o perdão não anula a sentença, mas tão-somente reduz a pena. Ao ser perdoado, o castigo eterno é trocado pelo castigo temporário”, mas mentiu quando disse que o Catolicismo não prega o que eu disse que prega. Porém, leitor, leia de novo os textos acima copiados da literatura católica e veja mais uma vez que deveras não faltei com a verdade, como o senhor Anderson tenta inculcar nas suas vítimas:

1) “...A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados...Todo pecado, mesmo venial,...exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado purgatório... O perdão do pecado e a restauração da comunhão com Deus implicam a remissão das penas eternas do pecado. Mas permanecem as penas temporais do pecado... O cristão deve esforçar-se, suportando pacientemente os sofrimentos ... e, chegada a hora de enfrentar serenamente a morte, aceitar como uma graça essas penas temporais do pecado...” (Catecismo da Igreja Católica, páginas 406 – 407, # # 1.471 – 1.473, Grifo meu).

2) “Se alguém disser que, depois de receber a graça da justificação, a culpa é perdoada ao pecador penitente e que é destruída a penalidade da punição eterna e que nenhuma punição fica para ser paga ou neste mundo ou no futuro, antes do livre acesso ao reino ser aberto, seja anátema” (Concílio de Trento, Seção VI, citado por Raimundo F. de Oliveira, em Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD. 9 ed. 1994, p. 25).

        O senhor Anderson cava a sua própria sepultura quando, tentando provar que a Igreja Católica não nega a totalidade do perdão, copia (como o leitor já sabe e, caso tenha se esquecido, é só reler o que consta das linhas acima) do Catecismo da Igreja Católica o que se segue:  ... “nossa satisfação, aquela que PAGAMOS por nossos pecados” ... (Grifo meu). Prega ou não prega a Igreja Católica a parcialidade do pagamento efetuado por Cristo? Prega ou não prega a Igreja Católica a parcialidade do perdão?



OITAVA SEÇÃO


Uma afirmação do senhor Anderson

Quanto ao que diz a respeito de suas "regras" de conferências, vale salientar o seguinte: Em seu livro, o senhor quebra essas regras por diversas vezes ao ofender a moral e até mesmo a sanidade de membros da Igreja Católica.


Minha réplica à afirmação do senhor Anderson

Realmente eu bato doído no clero católico. Mas bato com amor, só para educar. Eu corrijo o clero católico com vara de goiabeira, e não com perna-de-três. Minhas medidas são corretivas e preventivas, e não vingativas. Como o senhor viu ao ler o Preâmbulo do meu livro, o Padre Manoel Pinto dos Santos disse que o protestantismo é anarquia; o Padre André Carbonera _ repito _ foi categórico: Não rezar a Maria e aos santos é burrice;  e o senhor Anderson, embora seja leigo, fala como um clérigo, pois já aprendeu ser mentiroso e mal-educado. Ao tachar-me de mentiroso e filho do diabo, por ter escrito o que não escrevi, a saber, que a sua seita tenha dito que Maria morreu na cruz, o senhor prova que é bom discípulo dos falsos profetas que lideram sua “religião”. Eu, porém, limito-me em dizer só aquilo que julgo imprescindível para alumiar os católicos (leigos e clérigos), por cujo motivo não os chamo de burros, filhos do diabo, etc. Ah, também não disse uma só vez que a Igreja Católica é uma anarquia. Até porque não creio nisso. A Igreja Católica não é um organismo, como o é a Igreja de Cristo, mas é uma excelente organização. Nela só falta Cristo.


A tréplica do senhor Anderson


Joel, não repousa em ti nenhum direito, autoridade ou legitimidade para “bater” em quem quer que seja, muito menos na Autoridade da Igreja.
Mesmo Jesus, em sua época, ainda que falasse claramente contra abusos de fariseus e doutores da Lei, contra os Sacerdotes NUNCA levantou sua voz nem jamais disse nada que os pudesse condenar, pois respeitava as Autoridades de seu povo.
Pelo contrário, mesmo diante do julgamento de seus algozes sempre os respondeu com o respeito devido a Autoridade que lhes fora dada POR ELE MESMO, já que Ele é Deus e é Deus quem constitui as Autoridades dignas de assim se chamarem, não os que usurpam para si autoridade que não possuem.
Mesmo quando agredido após dirigir-se ao Sumo Sacerdote, Jesus declarou não haver dito coisa alguma que desabonasse o Prelado daquele tempo, como se lê em Jo 18,23:“23. Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, prova-o, mas se falei bem por que me bates?”
Ademais, o senhor mostra total desconhecimento do que seja seita ou religião ao grifar a nossa religião como se assim não fosse.
Realmente não somos uma anarquia, nem eu mesmo disse de modo algum que as muitas e divergentes seitas protestantes sejam anarquias, embora existam aquelas que assim poderiam classificar-se.


Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson

       Eu tenho sim, o direito de pronunciar contra as doutrinas da Igreja Católica, tachar seus líderes de falsos profetas, e refutar suas heresias. Se eu não tivesse este direito, o senhor também não poderia me “refutar”. Sem dúvida o senhor dirá que eu posso ser refutado pelo senhor, visto que não sou autoridade, e sim, um curioso que me auto-intitulei Pastor, como o senhor já fez constar acima, fazendo assim coro com o Padre Vicente Wrosz que também sustenta que os pastores evangélicos nada mais são que curiosos, como informei no meu livro. Mas essa sua alegação, que é refutável à luz da Teologia, na pior das hipóteses me delega o direito de dizer que o curioso não sou eu, e sim, os líderes da sua seita; e, em especial, o leigo Anderson. Ora, segundo o senhor mesmo deixa transparecer ao tachar-me de filho do diabo, um impostor não é Autoridade da Igreja. Ora, se assim é, os líderes da sua “igreja” não são Autoridades, mas meros fariseus e “doutores da lei”, que Cristo, ao repreender, nos legou o exemplo a ser seguido. O senhor não se lembra também que Jesus tachou o Rei Herodes de raposa? O senhor se esqueceu ainda do desdém de Cristo à pergunta de Pilatos? Ele silenciou quando bem quis, e falou quando bem Lhe pareceu! Ademais, Ele não escondeu que aqueles que O haviam entregado a Pilatos (Judas [Jo 13.2-4] e os sacerdotes [Jo 18. 35]), maior pecado tinham, o que significa denunciá-los.
       Os profetas respeitavam as autoridades e nos deram belos exemplos quanto a isso. Mas não se esqueça que tal respeito não os impedia de denunciar os abusos de tais impostores, e às vezes até os matavam. Quantos reis foram mortos pelos filhos de Israel! O senhor não se lembra que o profeta Elias tachou o Rei Acabe de perturbador de Israel? Não sei se o senhor lê ou não a Bíblia, mas a impressão que o senhor me passa é que a ignora. Aliás, o senhor não precisa de Bíblia. Ler Bíblia para quê, se o senhor tem que trair sua consciência sempre que suas conclusões não coincidirem com a “interpretação” de “Sua Santidade”?
       Eu sei sim o que é religião e o que é seita. Uma das provas disso é que não sou católico.
       Eu respeito a todos, mas este respeito não me priva do direito de refutar os falsos profetas. Quanto às autoridades da verdadeira Igreja, lhe informo que as tenho em alta estima. Até quando um Pastor erra, eu o aconselho com muita cautela. Eu temo a unção que há neles.
       Quero lhe informar, senhor Anderson, que na minha sincera opinião, um policial, um vereador, um deputado, etc., é muito mais autoridade do que um papa. É que Deus realmente instituiu os policiais, os prefeitos, os governantes, os reis, as rainhas, etc.; mas não nomeou, segundo me consta, nenhum falso profeta. Sua Majestade Ratzinger, atual Rei do Vaticano, é Autoridade sim; está acima de mim; eu o respeito como tal; e, se contra ele, eu tenha que pronunciar, fá-lo-ei dentro dos parâmetros de um protocolo ético e legal, chamando-o de Vossa Majestade; mas o Papa Bento XVI só é Autoridade dentro dos contornos do Catolicismo Romano (do qual não faço parte, graças ao meu boníssimo Deus), não sendo, pois, reconhecido por mim. Isto significa que se eu fosse designado a fazer parte da comitiva de recepção quando de sua vinda ao Brasil, prevista para o próximo ano (2007), eu aceitaria com muito prazer, e lhe prestaria todas as honras devidas a um chefe de Estado; mas como Papa Bento XVI, informo que estou sob outra autoridade: Jesus! Eu não beijaria a sua mão, ou o seu anel, nem o chamaria de Sua Santidade, ainda que a “Santa Inquisição” fosse ressuscitada, ameaçando-me a virar churrasco na fogueira “santa”, caso persistisse nessa minha intransigência.
       Eu usei a expressão “bater”, e o senhor, muito maquiavélico, tentou tirar proveito disso. Mas é claro que estas minhas palavras não podem ser entendidas ao pé da letra. É claro que, neste caso, “bater” significa refutar suas heresias com eloqüência, até porque não ando batendo em ninguém literalmente. Até mesmo em termos figurativos, não “bato” tão doído quanto o senhor Anderson. Por exemplo, o senhor Anderson tachou-me de criança tola e, segundo palavras suas, com a aquiescência de seus líderes espirituais (padres). Ora, o fato de o senhor Anderson tachar-me de tolo, me confere o direito de lhe retribuir até com palavras de baixo calão. Eu só não faço isso porque não sou o que ele disse que sou: filho do diabo, mentiroso consciente, tolo, covarde, etc., e sim um servo de Deus. E quem disse que eu não posso fazer isso?. Se eu não pudesse refutar aqueles que me parecem hereges, o senhor também não poderia me refutar. O senhor não acha que os direitos são iguais? Eu disse que bato com vara de goiabeira e não com perna-de-três (isto é, refuto com intrepidez as doutrinas católicas, mas imponho a mim mesmo certos limites [não chamo os católicos de filhos do diabo {como o senhor disse que eu o sou}, não tacho a devoção a Maria de burrice {mas o Padre André Carbonera disse que o contrário disso o é}, não digo que os católicos sejam tolos {o senhor disse que eu o sou}, etc.]). Mas o senhor, o Padre André Carbonera, e o Padre Manoel dos Santos Pinto batem com perna-de-três! Ou se dirigir a mim (Pastor evangélico; homem casado há trinta anos com a mesma mulher; que nunca adulterou; elogiado pelos meus filhos que dizem se orgulhar do pai que têm, da boca do qual nunca ouviram o pronunciar de uma palavra obscena; admirado pelos vizinhos que dizem que se todos os condôminos fossem como eu, nenhum problema teríamos no nosso condomínio; nunca passou um cheque sem a devida provisão dos fundos correspondentes ao seu valor; que nunca teve o seu nome arrolado nos serviços de proteção ao crédito [SPC e SERASA]; profissional honrado e competente que hoje vive de uma humilde aposentadoria, em pobreza, possuindo apenas um modesto apartamento e o sustento cotidiano que me é concedido pela graça de Deus; homem que, aos dezenove anos de idade, portanto, na flor da mocidade, entregou sua vida a Cristo, e, conseqüentemente, absteve-se do coito [renunciando as adúlteras, prostitutas e fornicárias com as relacionara antes de conhecer a Cristo], em total castidade até que os anos se foram e o dia do casamento chegou, etc.), tachando-me de filho do diabo, cara-de-pau, covarde, tolo, etc., é ser eufêmico? Porventura, afirmar que não rezar a Maria é burrice, como o disse o Padre André Carbonera, equivale a ser meigo e suave? Igualmente cavalheiro (ironizo) foi o Padre Manoel dos Santos Pinto, quando afirmou que as igrejas evangélicas nada mais são que uma anarquia. Será que os senhores não estão mesmo batendo com perna-de-três? Eu diria que “santo” Afonso de Ligório bateu em nós, os evangélicos, com vara de goiabeira, e não com perna-de-três, já que ele tinha não só o direito, mas também o dever, de nos alertar segundo seu ponto de vista; mas o senhor Anderson me espanca com perna-de-três. Relembro que não estou dizendo que o senhor Anderson e os clérigos malcriados supracitados, não possam (já que a boca é deles) rotular-me de filho do diabo e tolo (como o senhor Anderson o fez), burro (como o fez o Padre André Carbonera). O que estou dizendo, é que por mais que eu tenha sido duro nas minhas palavras, o senhor Anderson não tem moral para repreender-me, visto que ele não é menos ríspido do que eu, nem tampouco tão disfêmico quanto eu, mas sim, mais imoderado do que eu, considerando que eu, inegavelmente severíssimo, duro, ríspido e talvez até disfêmico em minhas afirmações, consegui apenas a medalha de bronze, visto que a de ouro e a de prata foram, respectivamente, conquistadas pelo leigo Anderson e pelo clérigo Carbonera. Até “Santo” Afonso de Ligório teve que se contentar com o terceiro pódio, pois Anderson e Carbonera são invencíveis, imbatíveis, inimitáveis, inalcançáveis, etc.
       O meu livro não é um acinte (afronta) aos católicos, como o senhor está alardeando aos quatro ventos, e sim, um alerta. Eu não me levantei contra os católicos (leigos e clérigos), antes me ponho ao lado deles, em defesa deles, como bravo soldado de Cristo, tentando livrá-los do sistema que os fez reféns. Sou sim adversário do Catolicismo, mas dos católicos eu sou parceiro, amigo, defensor, etc. Eu não sou opositor dos católicos. Eu sou da defesa, e não do contra. Eu amo sim os católicos, e, caso o senhor não abra os olhos ainda nesta vida, para enxergar isso enquanto estamos juntos do lado de cá, pelo menos naquele grande dia o senhor terá provas disso.
       Pronunciar contra uma crença que nos pareça errada é um acinte? Se sim, então a Igreja Católica é acintosa oficialmente. Ou publicar livros como o Glórias de Maria, que diz abertamente que quem não é devoto de Maria está nas trevas, tentando voar sem asas, sem Cristo, condenado a sofrer as conseqüências dessa impiedade, etc., não é pronunciar contra a fé evangélica? Os padres André Carbonera, Vicente Wrosz, Manuel dos Santos Pinto, o atual Papa Bento XVI (veja a revista Época, de 11/09/2000), Frei Battistini, e outros, não pronunciam contra as crenças alheias?
       Quer creia, quer não, eu estou sendo sincero quando digo que creio que o meu livro presta bom serviço a Deus e aos católicos, assim como aos “protestantes” ingênuos que estão se deixando levar pelo ecumenismo.
       Não sei se estou certo, mas penso que tachar o dogma da infalibilidade papal (por exemplo) de loucura, pode ajudar um católico a refletir nas doutrinas de sua igreja e, assim, se libertar das heresias que constituem o Catolicismo. Logo, se errei (e talvez tenha errado mesmo, embora eu não esteja seguro disso), por trás do meu erro há uma boa intenção. Deus sabe que estou sendo motivado pelo amor! Que é loucura, não há dúvida nas cabeças dos pensantes; se eu fui sábio ou estulto, ao exteriorizar este parecer, é discutível. Talvez fosse melhor silenciar-me, guardando esta minha opinião pessoal, no recôndito do meu coração, limitando-me a dizer apenas que essa doutrina é heresia. Mas, como já disse e repito, não tenho certeza disso. Quanto a isso, estou em cima do muro.
       Há momentos que exigem pulso forte, enquanto noutras circunstâncias podemos ser mais eufêmicos. O apóstolo João dizia “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5. 21), mas o seu xará bradara: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” (Mt 3.7). Eu vejo os católicos como reféns de um sistema falso. Aos reféns trato com muito carinho, mas no sistema que os mantêm reféns, atiro de bazuca. E eu atiro na cabeça. É pra matar mesmo! Os católicos devem, pois, entender que eu, no geral, atiro no Catolicismo Romano, e não nos católicos. Só raramente me dirijo a indivíduos, como se dá no presente colóquio que o generoso leitor ora me confere a honra de apreciar.
       Se para salvar uma pessoa de ser atropelada por um trem, a empurramos com ímpeto tal que lhe quebre um braço, o fim terá justificado o meio. Oh! Meu Deus! Quão difícil é provar que minha crítica ao Catolicismo é construtiva! Ah! Se os católicos pudessem sondar o meu coração! Assim saberiam por si mesmos que o meu eixo propulsor é o amor! Isso, porém, é impossível! Mas, nem tudo está perdido, visto que mais importante do que saber se o que me motiva é o amor ou o ódio, é examinar se estou ou não pregando a verdade! E isso é verificável. Comparem, ó católicos, o que o Papa prega, com Bíblia! Orem, pedindo ao Senhor para mostrar a vocês onde está a verdade! Lembrem-se que acima das controvérsias entre católicos e protestantes, está a Palavra de Deus! Atentem para o fato de que temos que estar do lado certo, antes que seja tarde demais! Amanhã poderá ser muito tarde! Eu os amo sim! Se estou sendo hipócrita, que o Deus diante do qual terei que comparecer um dia, não me receba no Seu Reino! Que eu esteja então (se deveras sou hipócrita) entre os que Ele lançará fora, no lago de fogo eterno! Por outro lado, se estou sendo sincero, que Ele se sirva destas mal traçadas linhas para me conceder a graça de, naquele grande dia, ver na Glória Celestial aqueles a quem tanto amo! Que eu e os católicos que me lerem, nos encontremos na Pátria Celestial! Que o Inimigo não consiga convencê-los de um ódio que não tenho! Quão mesquinho e imprestável seria eu, se realmente eu os odiasse, como o supõe erradamente o senhor Anderson! Já está provado cientificamente que o ódio é prejudicial à saúde. E, em termos espirituais, nem se fala! Além disso, que mal os católicos me fizeram, para que eu os odeie? E se alguns católicos de fato me prejudicaram, não me ensinou o Senhor a amar a todos? E se a capacidade de amar os maus não me fosse concedida por Deus, poderia eu, em sã consciência, odiar os católicos bondosos juntamente com os “católicos” maldosos? Até porque os católicos maldosos não são católicos de fato, já que a Igreja Católica também prega contra a maldade.
Repito: Senhor Anderson, os clérigos da sua seita não são autoridades do meu povo, como os sacerdotes do judaísmo, contemporâneos de Jesus o eram em relação aos judeus. Os chefes da sua “igreja” são iguais ao senhor: falsos profetas e nada mais. Logo, devo a tais clérigos apenas o respeito que devo ao senhor, bem como a todos os seres humanos.



NONA SEÇÃO


Uma afirmação do senhor Anderson


O senhor MENTE de novo, pois diz não ter chamado em vez nenhuma os católicos de filhos do diabo, mas eis como o senhor se refere a Santo Afonso de Liugore, autor do livro As Glórias de Maria, citado em seu acintoso alfarrábio: “Isso seria complicado, pois implicaria em reconhecer o triste fato de que há três séculos os católicos estão rezando a um filho das trevas, cuja alma irremediavelmente perdida, padece no fogo do Inferno”. Em todas as minhas respostas, estou desbancando suas mentiras e se lhe chamo mentiroso, isto se dá, como aqui mesmo fica comprovado, por que o senhor MENTE completamente em tudo o que diz.


Minha réplica à afirmação do senhor Anderson

O senhor já me deu dois sustos:

1) Quando o senhor disse que eu afirmei que Maria morreu na cruz, pensei: “Será que eu cometi mesmo esse grave erro? É bem provável que eu tenha mesmo cometido esse lapso, já que constantemente escrevo nas caladas das madrugadas”. Fiz então um exame e suspirei aliviado quando vi que tudo não passava de mais um delírio de meu oponente. Bem, se a acusação se confirmasse, nem tudo estaria perdido, pois estou pronto a me retratar e pedir perdão, sempre que isso se fizer necessário, embora o senhor “saiba” que estou mentindo, pois o senhor é Deus e, por conseguinte, onisciente;

2) Eu disse que não tachei os católicos de filhos do diabo uma só vez sequer, em todo o meu livro. Aí o senhor me retrucou dizendo que podia provar o contrário. Bradou o senhor Anderson: “O senhor MENTE de novo, pois diz não ter chamado em vez nenhuma os católicos de filhos do diabo, mas eis como o senhor se refere a...”. Gelei-me! Mas, felizmente, ao concluir a leitura do seu texto, pude ver que tudo não passava de mais uma demonstração de que o senhor não é um homem coerente. Ora, eu não disse que não chamei o seu “santo” Afonso de filho das trevas, perdido, etc., e sim, que não tachei os católicos de filhos do diabo. Também não estou dizendo que “santo” Afonso não era filho do diabo, ou que eu nunca chamarei a um católico de filho do diabo, quando isso se fizer extremamente necessário, e sim, que eu, na maioria das vezes (repito), bato com vara de goiabeira, e não com perna-de-três. O porquê disso é que eu aprendi evangelizar com Cristo, o qual era duro para com os fariseus que o rejeitavam, mas meigo para com as prostitutas, publicanos, e inclusive para com os fariseus e outros que o aceitavam. Ademais, acho que não fui feliz quando omiti o uso das aspas ao afirmar que bato no clero católico. Eu errei e peço perdão. A rigor, eu não bato no clero católico, mas sim, “bato”. Ademais, não “bato” no clero católico, mas sim, “bato” no Catolicismo. O porquê desse meu erro é que eu julgava desnecessário dizer que estou usando o verbo “bater”, como sinônimo de refutar energicamente.


A tréplica do senhor Anderson


Joel, meu amigo, se o senhor continuar assim, terão que lhe levar amarrado para um lar de repouso, um recôndito de tratamento, ou outro lugar qualquer em que possam cuidar de seu problema! Isso é claramente patológico!
O senhor acha que Santo Afonso, Bispo e Doutor da Igreja, é o que? Espírita, budista, pai-de-santo, guru? Ele é CATÓLICO, SENHOR JOEL.
E o senhor não só o chamou de filho do inferno, pois os filhos das trevas, SÃO filhos do inferno e do diabo, como exerceu sobre ele o seu julgamento final, condenando-o ao fogo eterno, coisa que a Igreja Católica jamais fez, nem mesmo para com Judas Iscariotes.
E para alguém que ama tanto, o senhor já não está “batendo” demais?
Mesmo sem ter autoridade ou legitimidade alguma para “bater”, a menos que outra de suas funções seja a de cozinheiro que está a bater um bolo, não reconhecemos em nada, nenhuma autoridade vossa para sequer dizer as mentiras que diz, quanto mais para “bater”.
Mesmo assim, estamos aqui para lhe oferecer a outra face.
Se o seu desejo é bater, com o que quer que seja, bata, estamos acostumados a apanhar mesmo. Já apanhamos de todo mundo ao longo da história e não vai ser novidade alguma apanhar de tua pessoa também.


Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson.

       Claro que o senhor, quando diz que minhas palavras são sintomáticas e patológicas, está sendo apenas irônico e abusado, e não externando sua real opinião, visto que se o senhor deveras me considerasse demente, obviamente não me passaria e-mails, nem tampouco me desafiaria a um debate. O senhor acha mesmo que os escritos de um maluco são dignos de refutação? O senhor aceita debater com os loucos? Eu sou o único maluco com o qual o senhor troca e-mails, ou há outros? Os demais doidos com os quais o senhor troca e-mails estão soltos como eu, ou se encontram internados nos hospícios? Anderson, o senhor não estaria tão interessado em rebater-me, se não percebesse a força do argumento refutatório que constitui o meu livro.
       A rigor, eu não disse que “santo” Afonso de Ligório é filho das trevas e que está no Inferno. O que eu disse, é que ele era um falso profeta, e não santo. Como provas de que ele era sim, herege, informei aos meus leitores (exibindo provas documentais, transcrevendo de um de seus livros, suas próprias palavras), que esse “santo” afirmou que ele não ousava recorrer a Cristo, já que como pecador que era, sabia que nada conseguiria com Aquele cujo ofício é julgar e punir; mas que se refugiava em Maria, já que esta recebeu de Deus Pai um ofício diferente do de Cristo, a saber, o ofício de socorrer e aliviar os miseráveis pecadores que somos. Então eu escrevi _e que Deus me perdoe se deveras me equivoquei (ironizo)_ que essas palavras não me parecem de um santo, mas sim de um falso profeta. Informei ainda aos meus leitores, que essas heresias, fruto da maldita pena do senhor Afonso Maria de Ligório, não impediram o clero católico (papas, padres, bispos, arcebispos e cardeais) de reconhecê-lo como Santo e Doutor da Igreja. Então acrescentei que a canonização do senhor Afonso põe a Igreja Católica em maus lençóis, pelas seguintes razões:

a) Reconhecê-lo como Santo Doutor, equivale a ombreá-lo e endossar suas heresias, isto é, fazer coro com esse falso profeta que, a meu ver, disse algo equivalente a afirmar que quem salva é Maria, não Cristo;

b) E se o clero católico a qualquer momento anunciasse que depois de pesquisar bem, concluiu que cometeu um engano ao canonizar o senhor Afonso e elevá-lo a Doutor da Igreja, informando a todos que esse homem não era santo coisa nenhuma, mas sim, um herege, isso seria sim, complicado, pois equivaleria sim, a admitir que há três séculos os católicos estariam rezando a um filho das trevas, cuja alma irremediavelmente perdia, estaria sim padecendo no fogo do Inferno. Ou herege não é filho das trevas? Ou não é para o inferno que vão os hereges? Logo, eu não disse que ele está no Inferno, pois não sei para onde ele foi. Se ele, na hora da morte, se consertou e concertou lá entre ele e Deus, pedindo perdão em pensamento, eu o encontrarei no Céu, se eu permanecer na fé até o fim. Como quero que isso tenha ocorrido! Como me alegrará encontrá-lo na Glória! Porém, se a Igreja Católica um dia reconhecer que esse homem nunca foi santo coisa nenhuma, isso implicará sim em dar as mãos à palmatória e confessar que há três séculos os católicos estão rezando a um filho das trevas, cuja alma irremediavelmente perdida padece no fogo do Inferno. Portanto, eu não estou dizendo que assim é, pois a Igreja Católica continua dizendo que o senhor Afonso é Santo. Tomando isso como verdade, os católicos não estariam rezando a um filho das trevas que padece no Inferno, e sim, a um filho da luz, que usufrui das delícias do Paraíso Celestial. Mas, se ocorrer uma retratação por parte do clero da sua “igreja”, quanto à canonização do senhor Afonso, tudo mudará diametralmente, e é isso que eu disse. Logo, ou o senhor Anderson é um péssimo hermeneuta, ou engana os seus leitores propositadamente, fazendo meus textos dizerem o que não dizem.
       Quem disse que eu não posso chamar o senhor Afonso de filho das trevas? Quem deu o primeiro tiro, eu o senhor Afonso? Eu ainda nem existia, e o senhor Afonso já dizia que os evangélicos estão nas trevas, tentando voar sem asas, que ainda não encontramos Cristo, e que, a menos que nos retratemos e nos tornemos devotos de Maria, muito longe de alcançarmos as graças por nós pretendidas, sofreremos as conseqüências desta impiedade. E o porquê disso, segundo “santo” Afonso, é: 1) O ofício de socorrer os pecadores foi confiado pelo Pai a Maria; b) Cristo, a quem exclusivamente recorremos, tem por ofício dado pelo Pai, julgar e punir. Em outras palavras: Nós, os evangélicos, estamos procurando refúgio na boca da onça _ Jesus _, bem como desdenhando o real refúgio que o Pai nos deu _ Maria. Para que o leitor veja que deveras o senhor Afonso fez essas afirmações, leia os textos abaixo, transcritos do livro Glórias de Maria, de autoria do senhor Afonso (Santo e Doutor da Igreja Católica!), e tire suas próprias conclusões:

1) “O Eterno Pai deu ao Filho o ofício de julgar e punir, e à Mãe o ofício de socorrer e aliviar os miseráveis” (página 37).

2) “Vós sois a única advogada dos pecadores” (página 105).

3) “Ó minha Rainha, sede-me advogada junto a vosso Filho, a quem não tenho coragem de recorrer” (página 120).

4)  “...Ninguém se salva a não ser por meio de Maria” (página 143).

5) “Que seria, pois, de nós... que esperança nos restaria de salvação, se nos abandonásseis, ó Maria, vida dos cristãos?” (página 145).

6) “Ninguém pode entrar no Céu, senão pela porta que é Maria” (página 136).

7) “Em vão procura Jesus quem não procura achá-lo com sua Mãe” (página 139).

8)  “Quem pede e quer alcançar graças, sem a intercessão de Maria, pretende voar sem asas” (página 143).

9) “Como não ser toda cheia de graça, aquela que se tornou a escada do paraíso, a porta do céu e verdadeira medianeira entre Deus e os homens?” (página 131).

10) “Perca uma alma a devoção para com Maria e que será senão trevas?... Ai daqueles... que desprezam a luz deste sol, isto é, a devoção a Maria...’’ (página 82).

       O senhor Anderson disse acima que o senhor Afonso é católico, Bispo, Santo e Doutor da Igreja, mas está claro que a grande maioria dos católicos não têm nada que ver com a canonização desse herege. Sim, é minoria, os católicos que sabem que esse “santo” tenha dito tais blasfêmias. Os católicos e ex-católicos com os quais tenho dialogado ficaram estarrecidos, quando lhes expus as blasfêmias desse herege que a cúpula da Igreja Católica chama de Santo Doutor. Outros disseram que eu estou interpretando erradamente. Entre os que me tacham de caluniador da Igreja Católica, destacou-se o senhor Anderson. Contudo, os frutos que já colhi me convencem que a grande maioria dos católicos já teriam saído da Igreja Católica, se soubessem o que a “igreja” deles prega oficialmente. A grande maioria dos católicos não sabe:

a) Que a Igreja Católica nega a totalidade e instantaneidade do perdão de Deus em Cristo;

b) Que a Igreja Católica prega oficialmente que o ofício de Cristo não é salvar, mas sim, julgar e punir;

c) Que a Igreja Católica prega oficialmente que quem recebeu de Deus Pai o ofício de nos salvar é Maria;

d) Que a Igreja Católica, exatamente para que o dito fique pelo não dito, afirma incoerentemente que Jesus é o único Salvador;

e) Que a Igreja Católica prega oficialmente que recém-nascido não batizado não é filho de Deus, mas sim, escravo do poder das trevas, que está sob o poder do Maligno, é um perdido, e que se morrer assim não irá para o Paraíso, mas sim, para um lugar ruim chamado Limbo, de onde talvez possa sair um dia;

f) Que a Igreja Católica prega oficialmente que os evangélicos estão nas trevas, sem Cristo, perdidos, tentando voar sem asas e condenados, até que se retratem de suas indiferenças para com Maria;

g) Que a Igreja Católica, exatamente para que o dito fique pelo não dito, incoerentemente prega oficialmente que os evangélicos e os muçulmanos que buscam a Deus com sinceridade, também serão salvos. Sim, isso é incoerência, considerando que, se ela não garante a salvação nem dos recém-nascidos não batizados (como provei no meu livro em questão, disponível aos internautas no site http://www.pastorjoel.com.br ), como a seguir assegura o Céu aos muçulmanos sinceros? Os muçulmanos são batizados?, etc.

Logo, creio ter deixado claro que eu não tachei os católicos de filhos do diabo e/ou filhos das trevas. Até porque a grande maioria dos católicos não podem responder pelas blasfêmias acima, de autoria da “igreja” deles, visto que nem sabem disso. Pasme o leitor, mas esse negócio de que eu teria tachado os católicos de filhos das trevas e, por conseguinte, de filho do diabo, é invencionice do maquiavélico Anderson, que maldosamente deturpa minhas palavras para criar animosidade entre mim e os católicos. O objetivo desse infeliz é levar os católicos a não me ouvir e nem ler o meu livro, pois o diabo que está nele sabe que o meu livro é um instrumento de Deus, para salvação dos católicos que eu tanto amo! Que Deus tenha misericórdia desse infeliz, salvando-o, também! Tomara que esse homem seja um Saulo, e não um Herodes. Se ele é “Herodes”, expirará na incredulidade e irá para o Inferno (At 12). Mas, se é um “Saulo”, terá um encontro com Jesus a qualquer hora dessas, e será o “Paulo” do século XXI (At 9)! Ó, Senhor, faze isso acontecer! Salva esse homem, Jesus! Irmãos em Cristo que me lêem, orem por essa alma! “A oração feita por um justo, pode muito em seus efeitos”, já dizia Tiago há dois mil anos!
       O senhor Anderson teve o descaramento de dizer, como o leitor viu acima, que a Igreja Católica: 1) vem apanhando através dos séculos; 2) que sempre deu a outra face; 3) e que está pronta a continuar nessa humildade. Ele é muito cara-de-pau, não é mesmo? É! Senhor Anderson! Basta examinar as páginas da História Universal para se tomar ciência do quanto a Igreja Católica vem, através dos séculos, apanhando numa face e dando a outra aos seus algozes! Os Valdenses, os Albigenses, Jerônimo Savonarola, John Wyclif, John Huss, e todas as vítimas da famigerada “Santa Inquisição”, são algumas das muitas testemunhas oculares do quanto a sua Igreja Católica vem sendo martirizada no decurso da História! Tadinha!
       Prezados católicos, a rigor eu não ataco vocês (sejam leigos ou clérigos), mas sim, o Catolicismo. Porém, é claro que os clérigos que defendem o Catolicismo tomam as dores para si. Logo, se lhes “bato”, é por tabela, pois (salvo alguns clérigos aos quais me dirijo diretamente, chamando-os pelos seus respectivos nomes) não me dirijo aos clérigos, nem tampouco aos leigos, e sim, ao sistema infernal chamado Catolicismo, sistema este difundido e defendido pelos clérigos da Igreja Católica. Aliás, o meu livro não é nem mesmo um ataque à Igreja Católica, e sim, uma defesa dos ataques dessa seita contra a fé evangélica, visto que muito antes de eu escrever o meu livro, que a qualifica como falsa, os poderosos chefões da Igreja Católica publicaram diversos livros que afirmam com todas as letras (vimos acima um desses livros, a saber, o livro intitulado Glórias de Maria) que nós, os evangélicos, estamos perdidos, não somos cristãos verdadeiros, etc. Logo, o meu livro não é um ataque, mas sim, um contra-ataque. E se fosse um ataque, nenhum pecado seria, já que Cristo não nos deu apenas a armadura defensiva, mas também a ofensiva. Ele não nos deu apenas capacete, escudo, couraça ..., mas também Espada (Ef 6. 10-20). Além disso, que moral têm os clérigos católicos de se melindrarem com nossas ponderações às suas crendices, se eles também vêm nos “refutando” não é de hoje, como acima provei como dois mais dois são quatro? Porventura o Frei battistini não nos criticou, quando disse que a Bíblia evangélica é incompleta (por não conter os apócrifos) e indigna de confiança (por não ter a imprimatur de uma Autoridade (Bispo, Arcebispo, Cardeal, Papa) da Igreja, como denunciei no meu livro? Esse mesmo Frei não insinuou que nós, os evangélicos que não batizamos crianças, estamos agindo como se criança não fosse gente? E isso não é um ataque à fé evangélica? Porventura, quando o Padre Dom Estêvão Bittencourt afirmou que “o catolicismo é o único caminho para Cristo”, não estava, por conseguinte, deixando claro que não reconhece a legitimidade das igrejas evangélicas? As pronunciações dos clérigos católicos contra a nossa fé, não é um ataque às nossas igrejas? Se sim, não temos nós o direito de fazermos o mesmo? E se a pronunciação deles contra a nossa fé, não é um ataque às nossas igrejas, então eu também não estou atacando a igreja de ninguém. Aliás, o Padre Dom Estêvão Bittencourt, quando disse só o catolicismo conduz a Cristo (veja a prova no capítulo II do meu livro), não só exterioriza seu desapreço para com as igrejas evangélicas, mas subestima e nega o Espírito Santo, o único que deveras pode levar a Cristo, embora saibamos que, para tanto, Ele (o Espírito Santo) se serve da Bíblia e da Igreja.
      Como vimos acima, o senhor Anderson disse que eu condenei “santo” Afonso de Ligório ao fogo do Inferno, coisa que, segundo ele, a Igreja Católica não o fez nem mesmo a respeito de Judas Iscariotes. Mas, incoerentemente, o senhor Anderson disse que aqueles que se convertem através de meus sermões vão para o inferno, como o leitor já sabe. Veja que contradição: O mariólatra Afonso foi para o Céu; Judas Iscariotes, o senhor Anderson não condena; mas eu e os que se rendem a Cristo ouvindo-me pregar, bem como  lendo meus escritos, vamos para o Inferno.


DÉCIMA SEÇÃO


Uma afirmação do senhor Anderson

Finalmente, desejo ver-te ceder, já que lhe provei que o senhor mente, copiando e colando uma clara mentira sua. Não podes negar que mentiu a mim nesse ponto. Quanto a prática de responder o mal com o bem, eis o que estamos fazendo aqui. Estamos respondendo o mal de suas mentiras, com o bem da verdade e da Palavra de Deus. Não podemos de modo algum deixar que a mentira se propague como já se tem distribuído em seu folhoso. Quando o senhor fala de amor pelos católicos, eis que está mentindo novamente, pois, segundo vossa senhoria, quem ama não julga, não condena, não mente, não engana. Realmente o senhor tem muitas escusas a dar pelas almas que se perderam no inferno seguindo suas mentiras, mas Deus é quem lhe cobrará por elas. Eu duvido que mesmo comprovado que o senhor não passa de um mentiroso fique sem publicar seu acinte visto que sua intenção é de propagar cada vez mais o ódio contido nas entrelinhas dessa loucura.


Minha réplica à afirmação do senhor Anderson

Nego sim, que menti, pois não o fiz, e o senhor o sabe muito bem, se é que não é um demente.
Quem ama não julga no sentido de emitir opiniões precipitadas, mas dar um parecer sensato, nunca foi pecado. O Cristo que disse “não julgueis para que não sejais julgados”, também disse “Julgai segundo a reta justiça”.


A tréplica do senhor Anderson

Como já transpareci aqui, e desta vez para os olhos de muitos, e o senhor mesmo acaba de confessar-se como quem realmente é, apresentei suas mentiras ditas com suas próprias palavras e coloquei-as aqui de forma lúcida e objetiva.
Se for necessário, posso copiar e colar outra vez suas mentiras já colocadas diversas vezes acima...
Quanto ao julgar segundo a reta justiça, Jesus não disse isso a respeito do juízo de pessoas e a Bíblia inteira nos apresenta que julgar é tão condenável quanto cometer outro erro qualquer.
Veja que Tiago nos diz assim: “Aquele que julga o seu irmão, julga a Lei e quem julga a Lei não é seu cumpridor, mas seu juiz.”
Nós não estamos aqui julgando vossa senhoria, e não poderíamos faze-lo por que nem mesmo consideramos que o senhor tenha condições de responder ao juízo. Suas palavras denotam caso patológico agudo para o qual tribunal algum sério poderia considerar julgamento possível.


Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson.

       A que mentiras se refere o senhor Anderson? Sinceramente, creio que provei acima, reproduzindo meus textos, que não faltei com a verdade. Os textos que transcrevi do meu livro para o presente debate, acrescidos das explicações óbvias que exibi, deixam claro que o senhor Anderson citou-me fora do contexto. Recapitulemos o que o senhor Anderson chama de “mentiras” e que teima em dizer que as encontrou no meu livro, e consideremo-las:

A) Maria Morreu na Cruz?!

       Eu afirmo no meu livro que a Enciclopédia Católica (em inglês) diz, à página 285, que Maria morreu por nossa salvação, mas não disse que tal morte se deu por crucificação. O senhor Anderson, porém, disse que eu escrevera que Maria experimentou morte de cruz. Eu lhe informei que não foi bem assim. Disse lhe eu, que constava sim, do meu livro, que a literatura católica afirma que Maria morreu por nossa salvação, mas não que ela tenha sido crucificada. Aí ele desvia sua atenção do mais importante para o menos relevante, isto é, ao invés de me rebater, dizendo-me que: 1) não existe tal literatura intitulada Enciclopédia Católica; 2) Tal obra realmente existe, mas que não consta de nenhuma de suas páginas o texto que alguns pastores evangélicos alegam ter transcrito da mesma; 3) A cópia é fiel, mas que está sendo mal interpretada por nós, e, então, à luz dos princípios da Hermenêutica, explanar o trecho em lide, ele desconversa e se limita em tentar me convencer que eu disse sim que Maria morreu numa cruz, visto que se ela morreu por nossa salvação, como você afirma _ diz o senhor Anderson _, só pode ter sido numa cruz”. O leitor não desconfia de nada? Eu tenho certeza, leitor, que você não é bobo, e que está entendendo tudo. (para se certificar do que realmente consta do meu livro sobre o assunto abordado neste tópico, veja o capítulo VI, subtópico 6.4.3, intitulado Imaculada);


B) Eu Disse que o Papa é Bobo?!

       O senhor Anderson insiste em dizer que eu afirmei que o Papa é bobo, mas novamente estou sendo caluniado. Eu não disse isso, nem tampouco disse algo equivalente a isso, como provei acima. O que eu afirmei e repito, é que, a meu ver, o Cardeal-Arcebispo Dom Aloísio Lorscheider disse algo equivalente a isso. (para se certificar do que realmente consta do meu livro sobre o assunto abordado neste tópico, veja o capítulo I, subtópico 1.4, intitulado Alguns fatos impressionantes);


C) Eu Tachei os Católicos de Filhos do Diabo?!

       O senhor Anderson diz que eu afirmei no meu livro que os católicos são filhos do diabo. Eu, porém, ignoro isso. Quando lhe mostrei que ele faltou com a verdade, ele se defendeu dizendo que eu disse algo equivalente a isso, quando teria dito que “Santo” Afonso de Ligório é filho das trevas. Mas, como provei acima, o senhor Anderson está enganando e sendo enganado pela seguinte razão: Eu não disse que o senhor Afonso de Ligório era filho das trevas. Talvez o leitor pense que eu tenha dito isso sim, e agora, por covardia, esteja faltando com a verdade, tentando esconder o óbvio. Mas posso provar que não é este o caso, pelas seguintes razões:
  • Eu não disse, mas se tivesse dito, estaria bem dito, pois de fato esse herege era filho das trevas;
  • O fato de eu sustentar que deveras reconheço que o senhor Afonso era filho das trevas, prova que eu não estou com medo, e, por conseguinte, por que mentiria?;
  • Afirmar que ele era filho das trevas, não é o mesmo que dizer que ele era filho do diabo. É claro que todo filho das trevas é filho do diabo, assim como também todo ladrão, todo assassino, todo caluniador, todo invejoso, todo estuprador, todo latrocida, etc. Mas ninguém pode dizer que eu tenha acusado alguém de homicídio, citando como prova disso, o fato de eu ter dito que o tal é invejoso ou caluniador, visto que estes vocábulos não são sinônimos entre si;
  • Embora seja verdade que tanto os idólatras quanto os estupradores estejam indo para o Inferno, ninguém pode dizer que eu tenha dito que os católicos são estupradores, apresentando como “prova” disso o fato de eu dizer que o culto a Maria é idolatria;
  • O fato de eu sustentar que o senhor Afonso era filho das trevas, por ele ter feito afirmações equivalentes a dizer que quem salva é Maria, e não Cristo, como provei acima, não dá aos meus inimigos o direito de dizerem que eu tenha dito o que não disse, a saber, que os católicos são filhos do diabo, visto que eu deixei claro na introdução ao capítulo VI do meu livro que a grande maioria dos católicos não são cúmplices dessa heresia, pois nem sabem que a cúpula da Igreja Católica (papas, cardeais, arcebispos, bispos, etc.) é culpada desse sacrilégio. Sim, leitor, bem mais de 99% dos católicos não sabem disso. Você duvida? Então saia às ruas e formule a 100 pessoas (só os que professarem ser católicos), estas sete perguntas: a) Você sabia que um dos santos da Igreja Católica chama-se Afonso Maria de Ligório?; b)Você sabia que ele escreveu um livro intitulado Glórias de Maria, o qual foi aprovado pela cúpula da Igreja Católica? c) Você já leu o livro Glórias de Maria ? d) Você sabia que ele disse no tal livro que os evangélicos estão nas trevas, perdidos, sem Cristo, condenados, tentando voar sem asas, e que sofrerão as conseqüências dessa impiedade, caso não se retratem, passando a cultuar a Maria? e) Você sabia que ele afirmou que quem salva é Maria, e não Cristo? f) Você concorda com Santo Afonso de Ligório, quanto ao que ele disse de Maria, de Cristo e dos evangélicos? g) Você acha que a cúpula da Igreja Católica fez bem em aprovar o livro Glórias de Maria, e canonizar o seu autor, isto é, elevá-lo à categoria de santo, bem como declará-lo Doutor da Igreja? Estou convicto que o resultado será conforme previ acima: a maioria dos católicos não tem nada que ver com as blasfêmia de “santo” Afonso, nem com a cumplicidade do alto clero católico, ao canonizar esse herege, pois nem sabem das barbaridades que esses homens vêm fazendo na surdina.
       O leitor nem terá que formular as sete perguntas acima, visto que se o católico disser que não sabe quem é “Santo” Afonso de Ligório, ou que nada sabe sobre o seu livro, é claro que mais nada tem a dizer sobre o “santo”.
       Bem, eu disse acima que o clero católico trabalha na surdina. Talvez você esteja pensando assim: Como “na surdina”, se o livro Glórias de Maria está exposto ao público ledor? Você está certo. Realmente a coisa não está tão camuflada assim. Porém, é como se estivesse. Parece-me que as coisas são assim pelas seguintes razões: 1) A maioria não toma conhecimento disso, sendo uma das razões para isso, o fato de que a maioria não é dada à leitura; 2) isso não é dito explicita e verbalmente pelos clérigos, mas apenas implicitamente, como informo no capítulo VI do meu livro em questão; 3) dos poucos que compram livros, muitos são os que não os lêem totalmente, mas apenas lêem algumas páginas, ou alguns capítulos; 4) muitos lêem tão mal que não conseguem entender bem o que estão lendo; 5) muitos clérigos, por não crerem no que tal livro diz, bem como por não lhes interessar uma oposição a tal obra, preferem nem tocar no assunto, “cozinhando” assim os católicos no banho-maria; 6) Satanás engana de tal maneira que muitos pensam que o livro não diz o que diz. Sim, há os que suspeitam de suas próprias conclusões, concluindo que, uma vez que tal coisa é absurda, obviamente não foi isso que “Santo” Afonso quis dizer. Certo dia, dialogando com um senhor católico, leigo Consagrado, expus o que diz o Catecismo da Igreja Católica, mostrando-lhe dois absurdos desse livro: perdão parcial e Limbo. Então ele me disse: “É profundo! Este é profundo! Este livro não pode ser lido assim do jeito que o senhor está lendo, não! Pedi-lhe então que me ensinasse a ler como convêm, e ele repetiu: “É profundo!” Argumentei de tudo quanto era jeito, mas só consegui arrancar as seguintes frases: “É profundo! Este é profundo! Isto é coisa muito fina!”.
  • Em algumas páginas do meu livro falo tão eloqüentemente, que parece até que João Batista ressurgiu dentre os mortos e voltou o clamar no deserto. Frases quase equivalentes ao famoso brado joanino “Raça de víboras ...”, são ditas destemidamente. Tem-se também a impressão de que Elias voltou para a Terra, pois os modernos baais são rejeitados nitidamente. Mas, paralelamente, uma enorme cautela para que o fogo do destemor não ofusque a glória do amor, foi tomada. Uma das muitas provas disso, é o fato de que o senhor Anderson, que muito gostaria se eu tivesse afirmado que os católicos são filhos do diabo, para então ter de que me acusar, teve que se contentar em forçar minhas palavras a dizerem o que não dizem, caluniando-me, para criar animosidade entre mim e os católicos. Sim, ele teve que lançar mão de uma calúnia, para dizer que eu afirmara que os católicos são filhos do diabo, como acima provei ao caro leitor. Que Deus não lhe impute esse pecado, e que os católicos não se deixem levar pelas astúcias dessa raposa que sucede o maquiavélico Herodes (Lc 13.32);
O senhor Anderson disse que crê que eu prosseguirei no erro, mesmo que me seja provado que o meu livro não merece crédito. Disse ele: “Eu duvido que mesmo comprovado que o senhor não passa de um mentiroso fique sem publicar seu acinte visto que sua intenção é de propagar cada vez mais o ódio contido nas entrelinhas dessa loucura”. Mas isso é fazer o que Cristo proibiu: julgar. Se o senhor Anderson atentasse para o que a Bíblia diz, pensaria assim: “Bem, o livro do pastor Joel Santana me parece indigno de crédito. Suspeito da sinceridade desse“pastor”. Mas talvez ele esteja sinceramente enganado. Talvez, se alguém argumentar e provar-lhe que seu livro está errado, ele se retrate. Talvez ele seja um homem sério, vítima do engano dos falsos profetas. Bem, não sei, mas não vou julgá-lo. Vou tentar abrir-lhe os olhos, e deixar os resultados com Deus”.

      Quanto à polêmica que o senhor Anderson quer levantar acerca do verbo “julgar” (a saber, ele disse que eu julguei “santo” Afonso de Ligório, condenando-o ao fogo do Inferno), relembro que já informei acima que esta acusação é falsa. Contudo, sem então entrar no mérito desta questão, lhe lembrei que o Cristo que disse “não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1), também disse “...julgai segundo a reta justiça” (Jo 7.24). E lhe informei que esse aparente paradoxo se explica assim: Não podemos julgar, no sentido de emitir uma opinião precipitada, preconceituosa. Mas nós podemos julgar, no sentido de dar um parecer sensato, apoiado em fatos. O senhor Anderson, porém, discordando da minha interpretação, disse que “Quanto ao julgar segundo a reta justiça, Jesus não disse isso a respeito do juízo de pessoas e a Bíblia inteira nos apresenta que julgar é tão condenável quanto cometer outro erro qualquer. Veja que Tiago nos diz assim: ‘Aquele que julga o seu irmão, julga a Lei e quem julga a Lei não é seu cumpridor, mas seu juiz”. Acontece, porém, que o senhor Anderson está equivocado pelas seguintes razões:

A) Todo texto, diz um dos elementares princípios da Hermenêutica, deve ser interpretado à luz do contexto. E, se este princípio for aplicado na interpretação de Mt 7.1; e Jo 7. 24, que respectivamente proíbe e autoriza o julgamento, ver-se-á que Jesus “disse isso a respeito do juízo de pessoas” sim senhor. Mt 7. 1-5 é um só parágrafo, o qual censura os que são prontos em acusar a vida alheia, mas não se dão ao auto-exame e correções de suas próprias vidas. Abra a sua Bíblia, leia o texto, e veja se não é isto que consta lá. Algo similar se pode dizer de Jo. 7.24. O texto imediato anterior (Jo 7. 14-23), não deixa dúvida quanto a isso, visto narrar que os judeus estavam tendo má idéia da pessoa de Jesus, o qual argumenta à base de um texto do Antigo Testamento, que fala da circuncisão, refutando seus preconceitos. E, feito isso, arremata: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”. Igualmente o texto de Tg 4. 11 (citado pelo senhor Anderson como prova de que eu transgredi a Bíblia quando emiti meu parecer acerca do senhor Afonso de Ligório). À luz do contexto este versículo reduz a frangalhos a cidadela do senhor Anderson. Tiago repreende do princípio ao fim da sua epístola, todos os que não vivem em conformidade com os padrões da fé cristã: ele repreende os impacientes, os linguarudos, os bajuladores, os preconceituosos, os hipócritas, os exploradores dos pobres, etc. O próprio texto de Tg 4.11, que proíbe julgar, é um julgamento, visto que censurar os que julgam, é julgar. Tg 4.11 proíbe emitir parecer precipitado, bem como emite um parecer justo acerca dos que emitem parecer precipitado: eles estão errados. Além disso, as últimas palavras de Tiago (Tg 5.19-20) são uma exortação a que se empreenda a conversão dos que se desviaram da verdade. Ora, como converter alguém do caminho do erro, sem lhe mostrar que ele está no mau caminho, do qual precisa sair?;

B) O senhor Anderson continua caído na cova que ele mesmo cavou, por cujo motivo volto a dizer que, se realmente, emitir um parecer sensato acerca de uma pessoa, fosse algo condenável, então eu não poderia mesmo dizer que “Santo” Afonso de Ligório era falso profeta, herege, perdido, etc., mas o senhor Anderson também não poderia me tachar de falso pastor, filho do diabo, mentiroso, etc. Aí, porém, o senhor Anderson argumenta “forte”: “Nós não estamos aqui julgando vossa senhoria”. Não?! Então qual é o nome disso? A emissão de um parecer sensato? Então eu também não estou julgando o senhor Afonso, mas apenas emitindo um parecer sensato. Senhor Anderson, aonde o senhor quer chegar? Que confusão dos infernos é essa? Dialogar com o senhor Anderson é como bater palmas para maluco dançar, ou jogar xadrez com o capeta;
       O senhor Anderson chega a dizer que minhas debilidades mentais impossibilitam-no de me julgar, e que nem mesmo considera que eu tenha condição de responder ao juízo, visto que minhas ”palavras denotam caso patológico agudo para o qual tribunal algum sério poderia considerar julgamento possível”. Mas é claro que ele não se expressa assim por creditar nisso, e sim porque é abusado, debochado, desrespeitador e malcriado. Eu disse que considero o dogma da infalibilidade papal uma loucura, por que deveras creio nisso, visto que, como eu já disse, parece-me que dizer “Eu sou infalível”, é tão inusitado quanto dizer “Eu sou Jesus Cristo”“Eu sou Deus”, etc., mas ele me chama de louco apenas para me afrontar. Reverentemente declaro sem ironia que eu creio que os “infalíveis” e os “Jesus Cristos” não estão bem. Não sei se esse problema é patológico (se sim, já não é comigo, visto que por não ser psiquiatra, nem psicólogo, não me atrevo a diagnosticar e tratar do paciente) ou se é diabológico (se sim, aí já é comigo, visto que como Ministro do Evangelho, me vejo em condição de “medicar” os “pacientes”, emitindo a seguinte receita: Bíblia, oração, e jejum), mas sem ironia relembro que creio piamente no que estou afirmando, e que não me expresso assim desrespeitosa e ironicamente. Mas o senhor Anderson, esteja certo o leitor, não crê que eu esteja deveras maluco (até porque não dei nenhum motivo para isso, já que provei com transcrições, citando as fontes, tudo quanto afirmei no meu livro), mas sim, por deboche. Eu, porém, não debocho de ninguém, em todo o meu livro. Eu simplesmente creio no que escrevi, quer creiam, quer não.



DÉCIMA PRIMEIRA SEÇÃO


Uma afirmação do senhor Anderson

Reforço mais uma vez que é em meu nome que estão escritas estas linhas e que a Autoridade Eclesiástica não tem a menor relação com o teor do que escrevo, nem me constituiu para falar ou escrever em seu nome, não podendo portanto de modo algum a Igreja ser punida por algo constante aqui ou em qualquer outra obra minha em resposta às suas mentiras.


Minha réplica à afirmação do senhor Anderson

Será? Será que por trás desse fantoche chamado Anderson não haja um padre, ou um grupo de padres, elaborando os textos? Não sei. Só Deus o sabe. Mas, que me importa? Havendo ou não, eu com isso.

3) A tréplica do senhor Anderson


Diante de Deus e sobre a Bíblia se for necessário posso garantir para todos os efeitos legais, de Direito e de Salvação de minha alma que Padre ou outra Autoridade da Igreja de forma alguma colaboraram até aqui com minhas palavras, embora eu tenha sempre remetido a estes, como filho obediente da Igreja que sou tudo quanto escrevi, para que estejam cientes de que um filho da Igreja falou em defesa de sua Fé.
Ainda que não lhe pareça tão importante, eis que está derrubada aqui mais uma de suas mentiras, pois o senhor afirma que a Igreja esconde a doutrina dos fiéis contando-lhes somente parte da verdade, ou ainda meias verdades. Eu estou lhe respondendo dentro desta doutrina e fui confundido com um Sacerdote, o que deixa claro que não fui excluso do conhecimento de nada a respeito de minha Fé.
Quanto ao ser um fantoche, quando temos plena consciência do que cremos, isto se torna impossível. Quando somos membros de uma Igreja na qual repousa a mesma Doutrina Santa no mundo inteiro de forma clara e acessível a qualquer um também. O que acontece é que como eu fui o escolhido, qualquer católico poderia responder suas mentiras facilmente por que a Doutrina apresentada aqui é de conhecimento de todo o bom católico e está mui próxima de todos os que a desejarem adquirir.

Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson.

       O senhor Anderson nos informa acima que, em conseqüência de sua obediência à Igreja, ele remeteu às Autoridades da Igreja “tudo quanto” escreveu contra mim. Logo, os clérigos que apreciaram o que ele escreveu contra mim sabem que ele me tachou de tolo. Tais clérigos sabem ainda que o senhor Anderson disse que eu teria tachado o Papa de bobo, que eu teria dito que a Igreja Católica prega que Maria foi crucificada, e que eu teria garantido que o senhor Afonso é filho das trevas e que está no Inferno. Destas declarações do senhor Anderson podemos concluir que:

A) Se eu tivesse mesmo tachado o Papa de bobo, o senhor Anderson e os clérigos que apreciaram seus escritos contra mim não teriam moral alguma para me repreender“com mansidão e temor” como a Bíblia manda que façamos (1 Pe. 3.16), e assim me converter desse mau caminho (Tg 4.19-20), a saber, o mau caminho do desrespeito ao próximo. Sim, tachar alguém de bobo é grosseria, baixaria, acinte, desrespeito. E, se eu tivesse dito isso do Papa, seria tão baixo quanto os ditos clérigos a cuja apreciação o senhor Anderson submete seu afrontoso e mentiroso escrito contra a minha pessoa, os quais nem mesmo sugerem que esse obediente filho da Igreja mude o tom. Sim, nem sugerem, visto que, como obediente filho da Igreja que ele diz ser, certamente um pedido de um padre é uma ordem. Logo, ninguém pode provar que eu tenha tachado o Papa de bobo, mas eu já posso provar, a menos que o senhor Anderson tenha mentido, que há clérigos tachando-me de tolo e de filho do diabo, o que eu considero um desrespeito à minha pessoa. Bem, tachar-me de filho do diabo, herege, falso profeta, etc., não é, segundo a Bíblia, um desrespeito à minha pessoa, mas sim, uma postura teológica, da qual devo me defender se puder; tachar-me de louco (desde que não seja ironicamente) não é um desrespeito à minha pessoa, já que essa doença existe mesmo; mas tachar-me de tolo é ataque pessoal e, portanto, desqualifica o falante, especialmente se o tal quer ser reconhecido como clérigo da Igreja de Cristo, um exemplo a ser seguido pelos leigos fiéis, etc. Dizer que eu atirei primeiro e que agora tenho mais é que levar chumbo grosso, não é uma boa defesa pelas seguintes razões: 1) Eu não dei o primeiro tiro, pois provei que não tachei o Papa de bobo, como o senhor Anderson me acusou indevidamente; 2) Se eu tivesse dado o primeiro tiro (isto é, se eu realmente tivesse tachado o Papa de bobo), os clérigos católicos teriam que se dirigir a mim, cheios de amor, aconselhando-me com ternura, e não pagando na mesma moeda, já que não foi isso que Cristo nos ensinou. Logo, os clérigos católicos não estariam faltando com o amor para comigo, se eles se limitassem a tachar-me de filho do diabo, herege, falso profeta, mentiroso, maquiavélico, perdido, condenado, filho das trevas, louco (desde que não seja ironia), etc., considerando que, à luz da Bíblia, há casos que verdadeiramente exigem pulso forte. Mas eles não podem me tachar de tolo, visto que fazê-lo é baixar o nível, ainda que se defendam dizendo que o fazem a título de revanche.
       Que a grande maioria dos católicos desconhece as doutrinas da Igreja Católica, é um fato. Que há os que conhecem com profundidade o Catolicismo, não neguei no meu livro, antes fiz isso constar das páginas do mesmo. Basta ler o capítulo V do meu livro para saber que eu registrei lá que alguns católicos me disseram que sabem que a Igreja Católica nega a totalidade e instantaneidade do perdão, a saber, que ela prega que o perdão dos pecados não anula a sentença, mas que tão-somente diminui a pena.
       Os clérigos católicos realmente pregam meias verdades. Por exemplo, até hoje só ouvi um padre dizer que a Igreja Católica é a única Igreja de Cristo. No geral fingem reconhecer todas as religiões, e não é raro vê-los em público, até diante das câmeras de televisão, elogiando os evangélicos e dizendo que nos reconhecem como irmãos em Cristo e que estamos indo para o mesmo Céu, visto pertencermos todos ao mesmo povo, a saber, o povo de Deus. O que eles geralmente não fazem, é informar ao povo que a Igreja Católica é ambígua quanto a isso, publicando alguns livros oficiais que dizem que os evangélicos, assim como os muçulmanos, também são salvos, contanto que não tenham culpa, por desconhecerem que é preciso ser católico para se salvar (leia os capítulos II e III do meu livro e veja que o Catecismo da Igreja Católicaprega isso); como também editam livros que afirmam sem rodeios (como é o caso do livro Glórias de Maria, só para citar um exemplo por ora) que os evangélicos estão sem Cristo, nas trevas, tentando voar sem asas, sem a graça de Deus, e ainda impetram “ais” sobre nós: “...Ai dos que desprezam a ...devoção a Maria!, como vimos acima. Pergunto: Isso não é pregar meias verdades? Porventura, a literatura oficial da Igreja Católica não é dúbia? Esse é mas não é não tem mesmo por finalidade fazer com que o dito fique pelo não dito? É bonito isso? Bem, já que o Catecismo da Igreja Católica diz que quem não é católico está perdido, exceto se ignora esta verdade, pergunto: Os evangélicos são contemplados por esta exceção? Já que estamos sendo informados pelo Catecismo da Igreja Católica que a Igreja Católica é necessária para a salvação, como Deus nos vê, como ignorantes, ou como incrédulos? “Como incrédulos”, responde “Santo” Afonso, já que, segundo ele, quem despreza a devoção a Maria, está nas trevas, perdidos, condenados, etc.
       Como que alguém que pertença a uma “religião” cujo líder se proclama infalível (do qual quando divergimos o erro está sempre em nós, nunca nele, como bem o reconheceu o Padre Álvaro Negromonte à página 240 do seu livro O Caminho da Vida, como informei no capítulo II do meu livro), dizer que não é um fantoche? Eis que reproduzo a seguir o que consta do segundo capítulo do meu livro, transcrito do livro do Padre Álvaro Negromonte: “... Um bom católico nunca põe em dúvida a autoridade da Igreja. Antes, procura ser cuidadoso da obediência que lhe deve. Cuidadoso e ufano. Vale a pena obedecer a quem manda com a mesma autoridade de Cristo efaz leis tão sábias.
      Assistidos pelo Espírito Santo, o papa e os bispos têm uma visão que nos falta nos negócios da Igreja. As suas ordens devem ser obedecidas e não discutidas. Quando nossos pontos de vista não coincidirem, será por deficiência nossa...” (O Caminho da Vida, página 240, 15ª edição, Livraria José Olímpio Editora, grifo meu). O senhor Anderson diria que o Padre Álvaro Negromonte exorbitou? Que não é bem isso que a Igreja Católica prega? Eu lhe digo que não, pois é assim mesmo que deveríamos tratar os infalíveis, caso eles existissem de fato. Prove-me que o Papa é infalível, e eu farei minhas as palavras do Padre Álvaro Negromonte, renegarei o protestantismo, e me converterei ao Catolicismo!




DUODÉCIMA SEÇÃO


Uma afirmação do senhor Anderson

Quanto ao não julgar precipitadamente, não estou julgando, estou informando a todos quantos puderem ler o que escrevo, que em seu livro existem apenas mentiras. Quem mente é mentiroso. Quem só mente é muito mentiroso e filho do diabo sim. O senhor faz um queixume a respeito de ser colocado abaixo dos cachorros, mas os idólatras são deveras piores até que os ratos, vermes, cobras. Somos assim chamados muitas vezes em seu tomo. Quanto às suas lágrimas de crocodilo aos pés de seja lá quem for, por que não creio que o senhor sequer saiba quem é Jesus, compreenda que “minha alma glorifica o Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador.”

Minha réplica à afirmação do senhor Anderson

Dizer que os idólatras são piores que os ratos, vermes, cobras... é ser deselegante. Os idólatras são seres humanos carentes de nosso amor! De minha parte estou fazendo tudo que posso para arrancá-los do labirinto no qual se encontram. Denuncio que são idólatras, mostro o abismo que os aguarda, e aponto para Cristo, o único que pode salvá-los. O senhor acha que os hinduístas são piores do que os ratos, vermes, cobras, mas tal se dá porque o senhor não sabe que é tão idólatra quanto eles.
Eu amo os idólatras e não os vejo como piores do que os ratos, mas como almas preciosas, às quais Deus quer bem, e eu também.
       Se o senhor não está me julgando, ótimo! Faço minhas as suas palavras e afirmo que também não julguei ninguém, mas que tão-somente estou informando a todos quanto me lerem que o Catolicismo não é Cristianismo, e que “Santo” Afonso era falso profeta.


A tréplica do senhor Anderson

Quem diz que idólatras são piores que vermes, ratos e cobras venenosas é a Bíblia.
Na verdade, um idólatra é pior que um ladrão e um assassino, pois de sua idolatria nascem os ladrões, assassinos, estupradores, viciados e todos os outros criminosos que se possa imaginar.
E não somos nós que consideramos povo algum pior ou melhor do que os animais, os hindus se reconhecem submissos às vacas e quiçá a outras criaturas.
Enquanto permanecem na idolatria estão sim em condição que lhes humilha, mas são eles mesmos a buscar a ignomínia sobre si.
Que Deus os quer bem e os ama, tanto quanto aos que professam sua Fé no Único Deus Verdadeiro, isso ninguém nega, mas a realidade é que estes povos se têm subjugado diante de coisas ínfimas e têm pagado caro por isso, não por castigo de Deus que a ninguém castiga, mas por que em sua ignorância preferem viver reduzidos a alçar o direito de filhos de Deus que repousa sobre eles.

Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson

       A Bíblia diz que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Esta mobilização divina para salvá-los, testifica da superioridade deles em ralação aos ratos, vermes, cobras, etc. Aliás, até o fato de os idólatras estarem condenados e perdidos, e os vermes não, evidencia que Deus não vê os idólatras como ratos e vermes, visto que estes não são sequer dignos da severidade divina, como o são aqueles.

       Eu também creio que da idolatria nascem muitos outros pecados, o que justifica o meu alerta aos católicos. Acorde, pois, senhor Anderson, e cultue só a Deus, como nos manda a Bíblia. Abandone, portanto, a Dulia e a Hiperdulia, e fique só com o Culto a Deus, pois só este não é idolatria! Atente para o fato de que muitos dos idólatras não sabem que estão contribuindo para a desgraça do mundo, mas o senhor já não é inocente quanto a isso.

       A idolatria católica é pior do que o culto hinduísta à vaca. O salmista afirma no Salmo 115 (116 nas Bíblias católicas) que os ídolos dos pagãos têm pés, mas não andam; olhos têm, mas não vêem; possuem ouvidos, mas não ouvem; não sai som algum de suas gargantas, etc. Ora, esta mesma acusação não se pode fazer às vacas dos hinduístas, visto que elas andam, vêem, ouvem, e emitem balidos.



DÉCIMA TERCEIRA SEÇÃO


Uma afirmação do senhor Anderson

Findo esta minha resposta ao seu e-mail solicitando data para que possa iniciar a mandar as respostas para suas mentiras, nas quais se verão derrubadas todas elas com a Bíblia e a verdade.

Minha réplica à afirmação do senhor Anderson

       Ao receber o seu primeiro e-mail, tive a impressão de que um homem culto e inteligente, porém cego por Satanás, pretendia replicar-me quanto ao conteúdo do meu livro. Prontamente decidi, portanto, aceitar o desafio que o senhor me propôs, de publicar suas réplicas, acrescidas de minhas tréplicas. Tomei esta decisão pelas seguintes razões: Pensava eu: Esse homem parece-me uma pessoa inteligente e, assim sendo, será fácil fazê-lo entender que ele está equivocado. Além disso, os argumentos dele, embora errados, certamente serão sofismas bem montados, com aparente roupagem de verdade que, por isso mesmo, precisam ser desmascarados por amor a esse infeliz, bem como por amor às suas vítimas. Vou, portanto, aceitar o desafio, a despeito de minhas muitas atribuições. Todavia, após examinar suas dissertações, tranqüilizo-me, visto que agora sei que seus disparates expõem-se por si mesmos ao ridículo. Conseqüentemente, já não quero mais lhe replicar. Logo, não precisa me responder este e-mail, nem me enviar seus textos. Poupe-me, por favor!!! Aliás, não poupe só a mim, mas também os meus leitores.

A tréplica do senhor Anderson

Esse último gracejo, embora não menos ridículo que os demais, é de certo o mais humorístico de todos.
A Palavra de Deus vai lhe responder dizendo que se o senhor fosse cego, não teria pecado, mas como o senhor diz que enxerga o teu pecado permanece.
Minhas réplicas são todas sempre em referência ao conteúdo, ou melhor, à falta de conteúdo do seu livro, que só estamos nos dando ao trabalho de desbaratar por que quem conhece a verdade e não a diz se torna pior do que quem conta a mentira.
Além disso, pela divulgação que sentimos de sua mentira, ao notar que já alguns são os protestantes que as repetem em tom de verdade absoluta, pois me vi questionado em certas conversas se eu cria que foi Maria que morreu na Cruz, é urgente ver publicada resposta à altura para que não continue a mentira o ódio e a morte se espalhando no meio dos filhos de Deus, pois nós reconhecemos que entre os protestantes existem muitos verdadeiros adoradores do Senhor e que estão destinados à Salvação.
Realmente como supúnhamos, temos ciência de que não é desejo seu responder-nos, muito menos publicar nossa resposta para as suas mentiras, por que obrigaria o senhor a mudar de profissão ou ao menos retratar-se publicamente delas.
Não esperamos mesmo nova resposta sua, até por que esperamos que alguém lhe encaminhe para auxílio médico!
Seu caso é clínico! O senhor necessita de ajuda. Logo. Antes que seja irreversível este quadro.
Finalmente, eu preciso lhe dizer que sou, ao contrário do que MENTE de novo o senhor, uma pessoa MUITO feliz e abençoada de Deus, pai de três lindos filhos, marido de uma esposa que me venera, da qual eu reservo a mesma e maior veneração, profissional competente em meu ofício, do qual retiro o sustento de minha casa, com a providência de Deus em todas as minhas necessidades.
Não tenho posses, nem as desejo, pois prefiro viver daquilo que Deus me dá do que contar com minhas próprias forças, ou com outra força qualquer, mas justamente por que sobrevivo de Deus, não me falta nenhuma das coisas que me são necessárias ao bem viver.
Apesar de haver demonstrado quem é que comete os disparates e precisa de ajuda, não pude encontrar disparate algum de minha parte no que disse e infelizmente, como não verei mais respondidos os meus colóquios, não creio que o senhor seja capaz de enumerá-los para nós.
Entretanto, expus desta vez ao conhecimento de todos os meus confrades e consocias, sejam católicos, sejam de outras religiões diversas este nosso papo, para que quiçá examinados por servos mais preparados do que eu, possam me elucidar de onde divaguei da verdade e da Bíblia, ou ainda se realmente repousa alguma verdade em seus acintes por menor que seja.
Espero que não se incomode de receber respostas de outros servos de Deus, não só católicos, como outros também protestantes que se viram corados com a cara-de-pau que o senhor demonstra.
Algumas pessoas confidenciaram-me que o melhor seria que nós mesmos o processássemos, mas como disse a estes o repito, não se pode processar uma pessoa que não goze de suas faculdades e médico algum nos autorizaria a mover tal processo.
Peço novamente aos irmão verdadeiros em Fé que me perdoem a força das palavras, mas todos nós vimos a necessidade de energia contra a mentira aqui postada.


Minhas considerações à tréplica do senhor Anderson.

       Algumas das colocações de autoria do senhor Anderson, constantes do texto acima, alvo desta tréplica, são:

A) “Nós reconhecemos que entre os protestantes existem muitos verdadeiros adoradores do Senhor e que estão destinados à Salvação”.

       Refutação: Senhor Anderson, quanto à salvação dos evangélicos, vimos acima que o Catecismo da Igreja Católica diz tanto sim , quanto não. Em outras palavras, a regra é não, mas há exceção para os que sem culpa ignoram isso, como denunciei no meu livro. Vimos também que o diabólico livro Glórias de Maria diz não. Resta-me saber agora, qual (ou quais) a sua postura. Marque, pois, por favor, o retângulo a seguir, que melhor represente a sua “opinião”, embora esta não seja muito sua, mas sim, a opinião do seu “infalível” mentor. Mãos à obra, senhor Anderson! Marque já a sua opção:
 sim   [   ]        não [   ],         sim e não [   ]. Se o senhor marcou sim, conseguiu só metade da nota máxima, visto que há obras católicas dizendo não; se o senhor marcou não, sua nota continua estável, isto é, 5, pois há obras da sua seita dizendo sim; mas se o senhor marcou sim e não, conseguiu nota máxima, pois é isso que a sua “igreja” prega. Moral da história: Deixe de ser hipócrita senhor Anderson!!!

       B) “Realmente como supúnhamos, temos ciência de que não é desejo seu responder-nos, muito menos publicar nossa resposta para as suas mentiras, por que obrigaria o senhor a mudar de profissão ou ao menos retratar-se publicamente delas”.

       Refutação: O leitor viu, ao ler meu primeiro e-mail cheio de galanteios enviado ao senhor Anderson, que eu estava disposto a topar seu desafio, contanto que ele melhorasse o nível, visto que um colóquio exige que assim seja, para efeito de coordenação das idéias. Expus até uma regra de conferências, e pedi que a mesma fosse seguida. O senhor Anderson aceitou a condição? Enquadrou-se ele nas condições solicitadas? Então, quem é o covarde, ele, ou eu? Ademais, ao receber o seu segundo e-mail, percebi que ele não sabe confabular, pois não fala coisa com coisa; antes apela para evasivas. Vi então que nossa conferência seria maçante e inconseqüente, não sendo, portanto, digna de uma pessoa que já tem o que fazer, como é meu caso.
       Que o senhor Anderson divaga em seus subterfúgios, o leitor deve ter observado quando ele faz da palavra “cruz”, seu cavalo de batalha, enquanto conferenciávamos acerca da morte de Maria que, segundo a Enciclopédia Católica (em inglês), página 285, se deu por nossa salvação.

C) “Finalmente, eu preciso lhe dizer que sou, ao contrário do que MENTE de novo o senhor, uma pessoa MUITO feliz e abençoada de Deus, pai de três lindos filhos, marido de uma esposa que me venera, da qual eu reservo a mesma e maior veneração, profissional competente em meu ofício, do qual retiro o sustento de minha casa, com a providência de Deus em todas as minhas necessidades”.
       Refutação: Desejo para o senhor todo o bem desta vida, assim como da que está por vir. Que o senhor seja feliz no aquém e no além! Quanto à minha moral ilibada, bem como às minhas vitórias profissionais, eclesiásticas e familiares, expus acima resumidamente. Ademais, o que está sendo discutido aqui, não é se somos ou não bons chefes de famílias e felizes no casamento, mas sim, se o Catolicismo é ou não Cristianismo autêntico, e se eu fui ou não feliz em minhas refutações à Igreja Católica.
       A partir do segundo e-mail passei a lhe refutar energicamente. Mas tal se deu por que o senhor fez jus a isso. Mas mesmo assim não baixei o nível, tachando-lhe de“criança tola”, como o senhor ousou tachar-me. Talvez o senhor se defenda dizendo que usei termos equivalentes, ou até piores, mas o certo é que empreendi não ir além do julguei imprescindível para desmascarar os seus sofismas.
       Se o senhor se adequasse aos bons modos que determinei no primeiro e-mail que lhe enviei, a coisa teria sido diferente. Diante do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, que sondam os corações, digo que não temi nenhum momento publicar suas réplicas, e que lhe dei minha palavra de todo o meu coração, e que estava disposto a fazê-lo, contanto que o senhor se ajustasse aos bons modos que determinei. Porém, como o senhor não quis assim, desobriguei-me de apreciar suas ponderações, e passei a “dançar” no ritmo da sua “viola”. Se o senhor tivesse topado afinar a sua “viola” pelo “diapasão” das regras sugeridas, talvez teria tido o prazer de ver o que tanto deseja ver, isto é, ver-me me retratar pelo menos em alguns pontos. Estou muito convicto de tudo quanto escrevi, mas não me julgo infalível e, portanto, admito sim, a possibilidade de alguns equívocos, dos quais me retrataria sem hesitação, tão logo eu os detectasse. O senhor poderia estar me ajudando o detectá-los, se não fosse estúpido, hipócrita, maquiavélico, etc.

D) No texto acima, o senhor Anderson disse o seguinte: “Espero que não se incomode de receber respostas de outros servos de Deus, não só católicos, como outros também protestantes que se viram CORADOS com a cara-de-pau que o senhor demonstra” (Grifo meu).

Refutação: A grande maioria dos evangélicos da América Latina é constituída de ex-católicos, os quais, embora saibam que saíram de uma falsa religião, desconhecem que a seita da qual se libertaram, é mais diabólica do que eles pensam. Tais quais os que ainda estão na Igreja Católica, os evangélicos brasileiros e de muitas outras nacionalidades desconhecem o Catolicismo com profundidade. Daí não ser surpresa que duvidem da veracidade de minhas palavras, quando denuncio e provo no meu livro que a Igreja Católica prega que quem salva é Maria, e não Cristo; que Maria morreu por nossa salvação; que os evangélicos estão perdidos nas trevas, etc. Sugiro, então, que tais evangélicos corados pesquisem, consultando as obras oficiais da Igreja Católica que cito como provas de minhas denúncias.


E) “Algumas pessoas confidenciaram-me que o melhor seria que nós mesmos o processássemos, mas como disse a estes o repito, não se pode processar uma pessoa que não goze de suas faculdades e médico algum nos autorizaria a mover tal processo.
Peço novamente aos irmão verdadeiros em Fé que me perdoem a força das palavras, mas todos nós vimos a necessidade de energia contra a mentira aqui postada”.

Refutação: Processar-me por quê? Pelas “mentiras” que constituem o meu livro? Quais? Ainda não as detectei. O senhor disse que no meu livro há muitas mentiras, mas que a mais tola dessas inverdades, é o fato de eu ter afirmado que na Enciclopédia Católica (em inglês) consta, à pagina 285, que Maria, por ter sido concebida sem pecado, bem como por não ter culpas pessoais, não tinha porquê sofrer e morrer, mas que, não obstante, experimentou essas coisas (sofrimentos e morte) por nossa salvação. E eu menti? Saiba que eu não sou o único a fazer esta denúncia. O Pastor Hugh P. Jeter, em seu livro Será Mesmo Cristão o Catolicismo Romano?” , da Editora Betel, 2ª impressão/2000,  afirma à página 77 que na Enciclopédia Católica consta que “Maria não estava sujeita à lei do sofrimento e da morte, que são penas que se têm de pagar pelo pecado que está na natureza humana. Embora ela soubesse essas coisas, as experimentou e as suportou por nossa salvação”. Os famosos apologistas norte-americanos John Ankerberg e John Weldon, também fizeram constar na página 69 de seu livro Os Fatos Sobre o Catolicismo Romano, editado em 1997 pela Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, que deveras a Catholic Encyclopedia ensina à pagina 285 que Maria sofreu para a nossa salvação. Veja esta cópia: “Quanto aos seus sofrimentos temporais aqui na Terra, a Enciclopédia Católica ensina que ela ‘os suportou para a nossa salvação’ ”. Está, pois, claro que quem quiser mover uma ação judicial contra mim, terá que processar também pelo menos duas editoras e quatro pastores. Atente ainda para o fato de que processar tais editoras implica em tentar incriminar seus respectivos diretores, todos pastores evangélicos, o que eleva o número de pastores processados. É, senhor Anderson, é grande o número de pastores “tolos, mentirosos, acintosos, filhos do diabo, loucos, maldosos, etc.”.
        O senhor Anderson, quando diz que o motivo pelo qual não me processa, é porque eu, devido às minhas debilidades mentais, não me habilito a responder em juízo, está sendo irônico. Realmente ele não crê nisso, como já salientei acima. Ignoro o real motivo pelo qual ainda não fui processado, mas sei que não é este o caso. Talvez o senhor Anderson e seus amigos tenham feito um levantamento junto às editoras, acerca das obras por mim citadas e detectado que estou todo documentado.
A Igreja Católica prega oficialmente que Maria está no Céu em corpo e alma, como provei no capítulo VI do meu livro, conforme também já notifiquei acima. Logo, das duas uma: Ou ela morreu e ressuscitou, ou foi trasladada viva para o Céu, como o foram Enoque e Elias (2 Rs 2; Hb 11. 5). E qual é a posição da Igreja Católica acerca desta questão? Eu disse que a literatura católica prega que ela morreu, e que essa morte se deu por nossa salvação. Mas, segundo o que colhi de minhas pesquisas, se eu dissesse que a Tradição católica prega que ela não morreu, antes foi arrebatada viva ao Céu, sem experimentar a morte, estaria certo também, pois tanto uma coisa, quanto a outra, circulam nos bastidores da Igreja Católica. Por exemplo, segundo os famosos apologistas norte-americanos supracitados (a saber, os pastores John Ankerberg e John Weldon), à base da tal de Tradição católica “Ensina-se que, pelo fato dela não ter pecado, Maria nunca experimentou a morte física. Ao invés disso, ela ascendeu fisicamente à presença de Cristo” (Os Fatos Sobre o Catolicismo Romano, op. cit., páginas 67-68). Mas a coisa não pára por aí. O ex-padre Hipólito Campos nos informa no seu livro Roma Sempre a Mesma (li este livro há trinta anos, mas não posso citar a página, número de edição, e outros dados, visto não tê-lo à mão), que a tal de Tradição ensina também que ela morreu, mas foi ressuscitada. O Pastor Ralph Woodrow confirma, de fato, esta Tradição, pois nos diz que “São” Bernardo ensinou que Maria morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Veja esta cópia: “Ao terceiro dia após a morte de Maria, quando os apóstolos se reuniram ao redor de sua tumba, eles a encontraram vazia. O corpo sagrado tinha sido levado para o paraíso celestial...” (Babilônia: a Religião dos Mistérios, Associação Evangelística, páginas 26-27). Então a confusão é grande: 1) Ela sofreu para nos salvar, mas não chegou a morrer, antes foi trasladada viva, sem passar pela morte; 2) Ela experimentou sofrimentos diversos e, inclusive, a morte, por nossa salvação, mas foi ressuscitada e assunta ao Céu em corpo e alma, como o fora Jesus Cristo. E como a Igreja Católica administra esse emaranhado? A Revista das Religiões de maio de 2005, editada pela Editora Abril, nos informa à página 30, após registrar que os dogmas Imaculada Conceição e Assunção, datam de 1854 e 1950 respectivamente, nos diz que “nada se fala sobre sua morte . Diz-se somente que seu corpo foi glorificado, não tendo sido submetido à corrupção do sepulcro. Pio XII não nega o fato da morte, mas preferiu não afirmar solenemente o falecimento da Mãe de Deus, como verdade que devia ser admitida por todos os fiéis” (Grifo meu). Isto significa que para o Papa Pio XII, o importante é crer que ela está em corpo e alma lá no Céu. Se ela foi ressuscitada, ou se foi arrebatada viva ao Céu sem experimentar a morte, é irrelevante. Logo, segundo os autores acima citados, a Tradição diz que ela morreu, bem como diz também que ela não morreu. A Enciclopédia Católica não só diz que ela morreu, mas acrescenta que seus sofrimentos e morte foram para a nossa salvação. E o Papa Pio XII observa que o importante é crer que Maria está em corpo e alma lá no Céu intercedendo por nós.“Ele não nega o fato da morte”, isto é, a morte de Maria é um fato, e o Papa Pio XII não nega isso, mas não transformou isso em dogma, como vimos acima. A locução“nada se fala sobre sua morte” , acima transcrita da Revista das Religiões deve ser entendida assim: Não há dogma acerca disso, isto é, o Papa Pio XII preferiu deixar os católicos bem à vontade quanto a isso. Eles podem crer que ela foi arrebatada viva, ou crerem que ela ressuscitou. Você sabe que significa não negar algo sem transformá-lo em dogma? Vou explicar: A Revista de Religiões op. cit. nos diz à página 29, após informar que “mais de 6 milhões de fiéis de 148 países solicitam que o Papa João Paulo II promova Maria ao mais alto cargo: o de Co-redentora”, acrescenta: “Outro título que está sendo analisado pelas altas autoridade da Igreja é o de Medianeira, segundo o qual Maria serve de mediadora entre Jesus e a humanidade”. Um leitor menos culto em assuntos teológicos normalmente pensa, após ler um texto desses, que até então a Igreja Católica ainda não prega que Maria seja medianeira entre Deus e os homens, já que o título de medianeira ainda “está sendo analisado pelas altas autoridades da Igreja”. Mas é ledo engano. A Igreja Católica já prega abertamente que Maria é medianeira. Essa heresia já consta até do Catecismo da Igreja Católica. Veja a prova: “... Maria éinvocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira (Catecismo da Igreja Católica, página 274, Grifo meu). O leitor talvez pergunte: “Mas que solenidade falta ainda, já que essa doutrina consta até do Catecismo da Igreja Católica, elaborado pelas altas autoridades da Igreja Católica à base das decisões tomadas no Concílio Vaticano II, e aprovado pelo Papa João Paulo II em 1992?”. Tenho para esta pergunta três importantes considerações:

1ª) Uma doutrina católica pode constar até do Catecismo, sem ter sido definida solenemente. Por exemplo, na Bíblia de estudo publicada pela Edições Paulinas (na tradução do Padre Matos Soares), 9ª edição de agosto de 1981, num texto revisado por Dom Mateus Rocha, como nota explicativa referente ao Evangelho de Mateus, capítulo 1, versículo 25, diz: “Mateus afirma a virgindade de Maria antes do parto. Que ela tenha permanecido virgem no parto e depois dele, nós o sabemos pelos santos Padres e pela Igreja, e é verdade de fé católica, isto é, universalmente admitida, embora ainda não tenha sido definida solenemente”;

2ª) O porquê disso, é que, segundo se crê, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa;

3ª) Se ainda não fui claro, ou seja, se ainda não me fiz entender, saiba que o filho não é meu;

        Entendeu? Não?! Não se preocupe! Isso não é o mais importante! O que conta é você acreditar que Maria está no Céu em corpo e alma intercedendo por nós. Isso é dogma. E, se é dogma, todos os católicos têm que crer nesta verdade de fé católica, visto que quem não crê nisso não é católico, pois equivale a suspeitar da infalibilidade de Sua Santidade, o que significa negar a fé católica. Sim, equivale a rejeitar dogmas católicos, como: Imaculada Conceição de Maria, Assunção da Virgem Maria, Infalibilidade Papal, etc. Estes dogmas não podem estar errados, pois são infalíveis aqueles que os sancionaram. Talvez sua incredulidade esteja induzindo-o a formular a seguinte pergunta:“E como podemos saber se o Papa é infalível mesmo?” É fácil. Basta você atentar para o fato de que quem está se dizendo infalível, é o próprio. Logo, nenhuma chance de equívoco. E, sendo ele infalível, não só sua infalibilidade nos está assegurada pelo próprio infalível, como também tudo que daí nascer, não é mesmo? Logo, para se crer na infalibilidade papal, basta raciocinar.



DÉCIMA QUARTA SEÇÃO


       O texto que vem a seguir encabeçou o terceiro e-mail que o senhor Anderson me enviou. (O referido terceiro e-mail já foi quase todo analisado acima). Leiamos o texto abaixo e analisemo-lo.

“Caros irmãos na Fé em Cristo Nosso Senhor, quer sejam católicos ou não.
Resolvi externar também a vocês os diálogos que estou tendo com nosso amigo protestante, que pensa ser pastor, Joel Santana, a respeito de um livro de sua autoria, onde o mesmo agride, ofende, humilha e repudia da Fé católica diversas vezes, se utilizando de ardis torpes e inescrupulosos.
As mentiras postadas em seu livro não poderiam ficar sem resposta, pois aquele que conhece a Verdade e não a diz, se faz tão mentiroso quanto quem contou a mentira.
Por isso, estou respondendo a este, sabendo que não é o pensamento geral dos nossos irmãos protestantes, se bem que seu livro já se tenha disseminado e seu mal se espalhado a muitos que creram nos absurdos que se têm aferidos nele.
Deixo ao critério do Dom do Espírito Santo, recebido da parte de Deus em cada um em avaliar segundo Deus onde está a verdade.
Fiquem com a Paz, a Graça, A Salvação e a Bênção de Jesus Cristo na Unidade do Espírito Santo. Amém!
Informo aos meus confrades da Congregação Cristã no Brasil que vocês mesmos são os próximos da lista do senhor Joel Santana, que em seu ódio contra todos os que não lhe seguem resolveu atacar a vós mesmos também”.


Análise do texto acima

       O texto acima é mais uma exibição da hipocrisia que caracteriza o senhor Anderson. Senão, vejamos:

A) Disse o senhor Anderson: “Caros irmãos na Fé em Cristo Nosso Senhor, quer sejam católicos ou não”. O leitor por certo se lembra que provei acima que o senhor Anderson reconhece como Santo e Doutor da Igreja, um tal de Santo Afonso de Ligório que afirmou que quem não é devoto de Maria está nas trevas, sem Cristo, sem a graça de Deus, etc. Logo, como ele consegue chamar os não-católicos (no caso, os evangélicos, já que no quarto parágrafo ele fez menção aos “irmãos protestantes”) de “irmãos na fé em Cristo nosso Senhor” ?

B) Continua o senhor Anderson: “Informo aos meus confrades da Congregação Cristã no Brasil que...”. Confrades da Congregação Cristã no Brasil?! O senhor tem a menor idéia do que seja confrade?! O senhor já consultou um dicionário para se inteirar do significado desta palavra?! Senhor Anderson, os adeptos da Congregação Cristã no Brasil estão (segundo os escritos do seu “Santo Doutor”) sem Cristo, sem a graça de Deus, perdidos nas trevas, condenados aos ais, etc., pois também não são devotos de Maria. Eles também chamam o culto a Maria de idolatria, e não escondem que crêem na perdição de todos os que não são membros da seita deles. Mais de 99% dos membros dessa “igreja” com os quais dialoguei me disseram pessoalmente que a única Igreja de Cristo é a deles, e que as demais igrejas são, sem exceção, igrejas do diabo. Sim, eles não reconhecem nem mesmo as igrejas evangélicas como sendo igrejas de Cristo. Até os milagres que ocorrem nas igrejas evangélicas são, segundo eles, prodígios operados por Satanás, que tem por objetivo nos tapear com esses fenômenos. Ora, se eles não reconhecem como cristãos nem mesmo os evangélicos, cujas doutrinas são tão próximas, que dirão da Igreja Católica, diametralmente oposta à deles? E, sendo assim, como o senhor ousa chamá-los de “meus confrades”? Anderson, o senhor não sabia disso, ou está usando de astúcia no intuito de tê-los como parceiros pelo menos na guerra contra mim? Será que o senhor não conseguiria o seu intento sem ser hipócrita? Creio que conseguiria sim. Para tanto, bastar-lhe-ia informá-los que pronunciei contra a seita deles também. Assim ficaria menos feio para a sua cara. Senhor Anderson, se os adeptos da Congregação Cristã no Brasil são mesmo seus confrades, saiba que o senhor acabou de conquistar mais um confrade: Pr. Joel Santana. Conte comigo, meu confrade!



DÉCIMA QUINTA SEÇÃO


A) Como é do conhecimento do leitor, consta do primeiro e-mail que me foi enviado pelo senhor Anderson, algo que, segundo me parece, ele crê que eu menti quando afirmei no meu livro de refutação ao Catolicismo que ao me informar numa igreja católica sobre o preço da missa, obtive a seguinte resposta: “Temos de dois preços: uma simples por 60 cruzados e outra com fundo musical por 85 cruzados”. Aí o senhor Anderson disse-me que, atualizando o valor postado no meu livro chegou à enorme soma de R$ 0,000000525. Ele concluiu desse resultado que R$ 1,00 seria suficiente para que eu mande celebrar missas por uns dez anos. E, debochando de mim, se prontificou a depositar na minha conta tal importância. Disse até que fez um rateio entre seus amigos para angariar o dito valor (R$ 1,00) para me ajudar. Mas, sobre esse argumento do senhor Anderson, teço o seguinte comentário:

a) Aonde ele quer chegar com isso? Será que ele quer dizer que, uma vez que ninguém cobraria 525 bilionésimos de um real por serviço algum, salta aos olhos que eu minto? Bem, se é isso, ainda que ele convença a todos os seus leitores que a minha denúncia não procede, não poderá, contudo, convencer-me a mim de dolo, pois, neste caso, ninguém melhor do que eu para saber se estou ou não, faltando com a verdade. E, diante do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo digo que não estou mentindo, quer creiam, quer não. E se ninguém acredita em mim, eu creio.

b) Será que o senhor Anderson quer dizer com isso que os preços simbólicos das missas são tão módicos que chegam a ser irrisórios, o que, por sua vez, prova a boa intenção da Igreja Católica, bem como testifica contra os que ousam tachar isso de charlatanismo? Se sim, observo que, se realmente existisse um tal de purgatório, bem como um expediente chamado missa, capaz de livrar os mortos desse suposto estado de sofrimento, os preços das missas seriam, de fato, módicos pelas seguintes razões:1) Os padres realmente não cobram caro pelas missas, pois os preços são acessíveis até ao proletariado; 2) Considerando o custo/benefício, por mais caro que fosse, o preço de uma missa seria realmente barato; 3) Os parentes e amigos do falecido poderiam fazer uma vaquinha, o que resultaria numa quantia deveras insignificante para cada participante do grupo. Porém, nenhum evangélico desdenha as missas por julgá-las de preço exorbitante. Não!!! Não é isso que está em discussão!!! A questão é que o tal de purgatório é heresia, e a tal de missa em favor dos mortos é heresia e charlatanismo. Esta é heresia porque é antibíblica, e é charlatanismo porque é comercializada como laranjas nas feiras. Simonia é charlatanismo sim;

c) Como vimos acima, o senhor Anderson, em tom irônico disse-me que ele e outros fizeram um rateio para me ajudar no custeio de celebrações de missas. Acontece, porém, que eu rejeito as missas, ainda que me paguem para que eu as mande celebrar. Eu rejeito, desdenho, rechaço, e repudio quaisquer missas: baratas, caras, grátis, rentáveis. Logo, não adianta fazer vaquinha, senhor Anderson, pois Jesus já me libertou da auto justificação.

d) Desconheço o índice de reajuste adotado pelo senhor Anderson para proceder aos cálculos dos 85 cruzados que me foram cobrados certa feita, em uma igreja católica, onde, a título de pesquisa, inquiri quanto ao preço de uma missa. Não me lembro com precisão da data em que fiz tal pesquisa. Mas, como sabemos, o Cruzado vigorou de 1986-1989. Portanto, foi nesse ínterim que tudo aconteceu. Por conseguinte, é possível que a data da pesquisa em questão tenha ocorrido em 1996. A partir daí, para enxergarmos que o senhor Anderson é ruim não só de Bíblia, mas também de Matemática, basta que se efetue a seguinte operação:

O Plano Cruzado entrou em vigor em março de 1986. Considerando o valor de Cz$ 80,00 (oitenta cruzados) e atualizando por alguns índices ou Parâmetros em 02/2006, temos os seguintes valores:
1) Resultado da Correção pelo IPC-A (Tabela do Banco Central do Brasil)
Dados básicos da correção pelo IPC-A:
Data inicial:
03/1986
Data final:
02/2006
Valor nominal:
Cz$  80,00 (CRUZADO)
Dados calculados:
Índice de correção no período:
11.466.454,0407450x10E2
Valor percentual correspondente:
1.146.645.304,0745000x10E2 %
Valor corrigido na data final:
R$   33,36 (REAL)

2) Resultado da Correção pelo IPC-SP (Tabela do Banco Central do Brasil)
Dados básicos da correção pelo IPC-SP:
Data inicial:
03/1986
Data final:
02/2006
Valor nominal:
Cz$  80,00 (CRUZADO)
Dados calculados:
Índice de correção no período:
77.682.710,8921733x10E1
Valor percentual correspondente:
7.768.270.989,2173300x10E1 %
Valor corrigido na data final:
R$   22,60 (REAL)

3) Resultado de Atualização pelo Índice do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Dados básicos da correção pelo TJRJ:
Data inicial:
03/1986
Data final:
02/2006
Valor nominal:
Cz$  80,00 (CRUZADO)
Dados calculados:
Valor X Índice de correção no período:
Cz$ 80, 00 X 0,09052611
Valor corrigido na data final:
R$ 7,24 (REAL)

4) O Salário Mínimo em mar/86 era Cz$ 804,00, por isso:
Cz$ 80,00 / Cz$ 804,00 = 0.09950248 (Índice )
R$ 300,00 (Salário Mínimo em 02/2006) X 0.09950248 = R$ 29,85
Obs.: Os índices não conseguem expressar o poder de compra na época de origem. Veja este exemplo:
Quando da implantação do Plano Real, em 1994, um bom pedreiro cobrava CR$ 10.000,00 por dia; mas em julho desse mesmo ano se utilizou como parâmetro de conversão a URV de 2750. Ora, valendo-se desse parâmetro, CR$ 10.000,00 corresponde a R$ 3,63. Veja: CR$ 10.000,00/2750=R$ 3,63. Porém, os pedreiros começaram a cobrar R$ 10,00 à diária, e hoje não os achamos a menos de R$ 50,00. Se calcularmos a inflação desta mão de obra teremos 50,00 / 3,63 = 1377% (o percentual de atualização no período). Mas o Salário Mínimo atual, que está sendo atualizado acima da inflação oficial, deveria ser R$ 64,79 (Salário mínimo em 07/94) * 1377%= R$ 892,15. No entanto, o mesmo é de R$ 300,00. Vemos então que nós gastamos mais dinheiro com o serviço numa construção. Por isso concluímos que hoje o poder de compra está menor que o valor do serviço. Se considerarmos que muitos salários não são reajustados na mesma proporção da inflação oficial, facilmente perceberemos que estamos com muito menos poder de compra.
Bem, usando os índices ou parâmetros acima, chegamos a três valores diferentes, em fevereiro de 2006: 1º) R$   33,36 (REAL); 2º) R$   22,60 (REAL); 3º) R$ 7,24 (REAL). Porém, não consegui achar os 525 bilionésimos de um real, dos quais nos fala o senhor Anderson. Por que isso? Qual foi o índice ou parâmetro adotado pelo senhor Anderson? Será que o senhor Anderson se valeu de algum índice (ou parâmetro) oficial? Será que ele desconhece os índices e parâmetros adotados por mim nos presentes cálculos? Se ele conhece todos os índices e parâmetros, por que não quis usá-los? Será que ele não sabe que os reajustes salariais não têm sido 100% da inflação, e que, portanto, o nosso poder de compra está defasado? Será que Cz$ 80,00, quando da implantação dessa moeda, tinha um poder de compra equivalente a 525 bilionésimos de um real, em fevereiro de 2006?
Como o leitor já sabe, os valores que me foram cobrados para a celebração da missa por mim solicitada a título de pesquisa, foram de Cz$ 60,00 e Cz$ 85,00, contudo, os cálculos foram efetuados à base de Cz$ 80,00. É que para o que se pretende, qualquer valor serve, pois o que interessa no momento é provar que os valores por mim informados não são impossíveis. Além disso, para efetuar os cálculos, o senhor Anderson teria que estar de posse não só dos valores e dos índices de correção, mas também da data em que se deu a minha pesquisa, o que não informei no meu livro. Portanto, em que se baseou o senhor Anderson?
Bem, do exposto acima, parece-me que o senhor Anderson é ruim não só de Bíblia, mas também de matemática e, pior ainda, de coração. Ele está a serviço do diabo e, para tanto, apela para tudo. É lamentável!
B)  Esta obra, dividida em 15 seções é, como informei no início da mesma, uma refutação aos três e-mails que o senhor Anderson me enviou. Mas antes que eu concluísse este trabalho, o senhor Anderson me enviou o quarto e-mail, cujos anexos ainda não li, e que, talvez, eu avalie mais tarde. Se isso ocorrer, serei humilde o bastante para me retratar de possíveis falhas, bem como suficientemente intrépido para refutar com a mesma bravura digna de um soldado de Cristo. Há, pois, a possibilidade de brevemente aparecer mais uma obra minha, rebatendo os disparates do senhor Anderson, constantes do quarto e-mail que ele me enviou. Estou muito ocupado e, por isso, mesmo que eu decida refutar mais essa, é provável que eu demore um pouco a fazê-lo. Conseqüentemente, olho vivo no meu site. De quando em quando eu atualizo o meu site, reformulando as obras já existentes, assim como lançando novos trabalhos.

Eu disse acima que serei suficientemente humilde para me retratar de possíveis falhas, caso em algum ponto o senhor Anderson se mostre de posse da razão. É possível isso? Sim, é possível. Eu não sou Deus e, portanto, erro. Às vezes eu mesmo, antes que meus inimigos vejam, detecto erro nos meus escritos, e os corrijo prontamente. Ora, se eu encontro erros, então há falhas nos meus escritos. E se há erros nos meus escritos, nada impede que o senhor Anderson (ou um outro qualquer, ou ainda eu mesmo) os detecte. Claro, é preferível eu mesmo enxergar o erro e repará-lo, a ter que ceder às críticas dos meus inimigos, pois estes, caso isso ocorra, certamente vão cantar de galo, já que não criticam por amor à verdade, e sim, por serem apaixonados pelo erro, e, sobretudo, porque querem me humilhar. Contudo, erro é erro, e deve ser abandonado tão logo nos convençamos do mesmo. Como bem dizia Agostinho, “o pecado é comum a todos, mas o arrependimento é próprio dos santos”. Talvez você pense assim: “Se você, Pastor Joel, não é infalível, como posso confiar nos seus escritos?” A resposta é que você não deve seguir cegamente a ninguém. Raciocine sobre tudo quanto estou escrevendo, e só aceite se lhe parecer convincente. Eu e o Papa somos falíveis, portanto, não nos siga cegamente.

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