IGREJA MESSIÂNICA: QUE RELIGIÃO É ESSA?

INTRODUÇÃO

    A Igreja Messiânica Mundial (que doravante passamos a chamar de IMM para ganharmos tempo e espaço), reconhecida oficialmente pelo governo japonês em 1947, é uma confissão religiosa fundada por Mokiti Okada, no Japão, onde está a sua sede mundial até hoje.

    Nesta obra pretendemos mostrar resumidamente algumas das doutrinas da IMM, bem como deixar claro que as mesmas são, de fato, contraditórias, supersticiosas, e pretensiosas, não se harmonizando, pois, com a Bíblia. Além disso, colide também com o bom senso.

    Vejamos, portanto, a exposição abaixo e certifiquemo-nos da autenticidade desta denúncia.

   

1. Dados do Fundador

    O fundador da IMM nasceu no Japão em 1882. Em 1.923 deixou o ateísmo e se filiou à religião Omoto. Desta desligou-se em 1.934. Dois anos após, escreveu o que ele alegava ser revelações de Deus. Logo conseguiu adeptos, os quais passaram a reconhecê-lo como Meishu-Sama, que traduzido é Senhor da Luz. Faleceu em 1955.

2. Salvar o Mundo é a  Proposta Messiânica

    Propõe salvar a humanidade, e assim transformar a Terra em Paraíso (Alicerce do Paraíso, vol. 4, página 76; Igreja Messiânica Mundial – 1.971/ 1.972, página 13).

3. Quem é o “Salvador” dos Messiânicos?

    Segundo a IMM, Meishu-Sama é a “Fonte principal para salvação”. Ele é “o homem que salva o próximo”. (Apostila para Aula de Iniciação, páginas 23 e 24, aula 4).

4. Oram a Meishu-Sama

   A IMM prega que a oração deve ser dirigida a Deus e a Meishu-Sama: “... ore a Deus e a Meishu-Sama...” (Recomendações para os Messiânicos, página 28).

5. Dinheiro Purificador?

    Segundo os líderes da IMM, muitas coisas podem ser feitas para nos purificarmos dos nossos pecados, sendo a doação de dinheiro à “igreja”, uma delas. Sim, afirma-se textualmente que quando “doamos dinheiro espontaneamente gratos por todas as bênçãos recebidas, muitas das nossas máculas, serão eliminadas...”   (Ensinamentos de Nidai-Sama, vol. 1, página 68).

6. Culto aos Mortos

    A IMM cultua aos ancestrais. O jornal messiânico, de setembro/outubro de 2.000, número 324, diz com todas as letras: “Culto aos Antepassados. Participe!”.  Também em Ensinamentos de Nidai-Sama, vol. 1, página 8, fala-se de culto aos antepassados. Logo, os messiânicos não respeitam Mt 4:10: “... Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto”.

7. A “Sagrada Escritura” da IMM

    Crê-se que “os ensinamentos básicos da Igreja Messiânica Mundial são revelações que Meishu-Sama recebeu de Deus”. Devem ser lidos “todos os dias”. Devem ser mantidos “em lugar alto e separado” de modo que “nada” fique “acima” deles. Não devem, pois, ser postos em “estante baixa, numa cadeira, no chão etc.” Afirma-se que dos escritos de Meishu-Sama emana luz (Recomendações para os Messiânicos, páginas 26 e 27). A IMM ensina ainda que “as pessoas que negligenciarem sua leitura” (refere-se aos escritos de Meishu-Sama), “vão perdendo a força gradativamente” (Alicerce do Paraíso, vol. 4, Página 22). Daí podemos deduzir que nós, os evangélicos, somos, na opinião dos adeptos da IMM, extremamente débeis, Já que não temos apreço algum para com tais escritos; visto termos algo infinitamente superior – a Bíblia, a Palavra de Deus.

         É digno de nota que o excessivo zelo que acima se recomenda aos escritos de Meishu-Sama, não é extensivo à Bíblia. Por que esse silêncio em relação à Bíblia? Respondam os Messiânicos se puderem.

8. Um “Severo” Mandamento

    Segundo o pastor J. Cabral, a IMM decretou: “É proibido proibir”. E acrescentou: “Essa é a tese central messiânica. Tudo é lícito; tudo é válido; o homem deve fazer tudo aquilo que julga trazer realização. Nos dias de hoje, muitos querem uma igreja assim...” (Religiões, Seitas e Heresias, página 254, Universal Produções, 4ª edição/ 3ª tiragem de 2.000). De fato, consultamos alguns adeptos e ex-adeptos que confirmaram que na IMM, proibir é a única proibição. Ademais, em a obra messiânica intitulada Alicerce do Paraíso, vol. 4, página 66, afirma-se: “A nossa Igreja é realmente liberal...” Dito doutro modo, a IMM é do jeito que o Diabo gosta. Aliás, não só o Diabo, mas também os libertinos.

9. Só a IMM é Verdadeira?

    O mundo está cheio de seitas que, por terem sido fundadas por pretensos donos da verdade, de per si nos são apresentadas como a única verdadeira. A IMM é apenas mais uma.

    Pregam mesmo os “messiânicos” que a “igreja” deles é a única religião verdadeira? Respondemos positivamente a esta pergunta e provamos que não estamos equivocados. Senão, vejamos as seguintes transcrições:

a) “Podemos dizer mesmo que é uma Ultra-Religião, até hoje inédita para a humanidade...”. (Alicerce do Paraíso, vol. 4, página 40).

b) “Conforme venho esclarecendo a nossa Igreja Messiânica Mundial não é uma religião e sim A Religião...”  (Ibidem).

10. É Contraditória

  

Primeira contradição

    Como já sabemos, a IMM se julga a única religião verdadeira. Contudo, para que o dito fique pelo não dito, a IMM afirma que se alguns dos seus adeptos “acharem uma religião melhor que a Igreja Messiânica Mundial, poderão se converter a ela a qualquer momento. Isso jamais constituirá um pecado para o Deus-Verdadeiro. O importante é a pessoa ser salva e tornar-se feliz”. (Alicerce do Paraíso, vol. 4, página 66). Mas como podemos conciliar esta transcrição com as afirmações anteriores, segundo as quais a IMM é a única religião verdadeira? Se a IMM é a única religião verdadeira, como alguns de seus adeptos poderão encontrar uma religião melhor? Será que o Deus-Verdadeiro não considera um pecado, trocarmos a única religião verdadeira por uma outra qualquer? Ademais, será que é possível “a pessoa ser salva e tornar-se feliz”, fora da única religião certa? Para que alguém seja salvo e se torne feliz após sair da única religião verdadeira, necessário é que o mesmo não tenha conseguido estas graças lá, visto que quem já é salvo e feliz, não pode, obviamente, tornar-se salvo e feliz. Como salvar o que já é salvo e tornar feliz o que já é feliz? Cabe aqui, ainda, a seguinte pergunta: se a pessoa não conseguiu a salvação e a felicidade dentro da única religião verdadeira, fora dela é que irá obter estas graças? Assim se pode ver que os líderes da IMM “mordem” e “assopram” ao mesmo tempo. Falam sem rodeios da suposta superioridade da seita deles e depois fingem reconhecer a validade das outras religiões. Eles querem agradar a gregos e troianos, sem abrir mão de suas pretensões. Mas, como bem dizia o ex-padre Aníbal, “o Diabo não consegue esconder o rabo”.

    Segunda contradição

    Vimos que a IMM ensina que a leitura dos textos de Meishu-Sama não pode ser negligenciada, sob pena de o negligente ir “perdendo a força gradativamente”. E que“quanto mais sólida for nossa fé”, maior será a nossa “vontade de lê-los...” Ora, sabemos que os evangélicos, as testemunhas de Jeová, os muçulmanos, os mórmons, os budistas, os judaístas e outros, veneram, de per si, somente sua (s) própria (s) literatura (s), desdenhando, portanto, os textos das religiões alheias. Deste modo, quando um adepto da IMM rompe com essa “igreja” e se filia a uma das religiões acima, por exemplo, sem dúvida já terá deixado de crer nos escritos de Meishu-Sama, considerando-os até mesmo nocivos à saúde espiritual. E, sendo assim,  perguntamos aos líderes da IMM: como os senhores consideram esse ex-messiânico? E, como já sabemos, eles respondem a esta pergunta de duas maneiras: com um canto da boca dizem que ele pode ser “salvo e feliz” lá e com o outro canto da mesma boca, afirmam que o tal está“perdendo a força gradativamente”. Do exposto se vê que os líderes da IMM não são sérios, donde as pessoas de bom senso devem concluir que o corpo de doutrinas por eles esposado é tão-somente mais uma esparrela de Satanás.

11. O Johrei

    O Johrei (lê-se djohrei) é um vocábulo japonês que, numa tradução livre, pode ser vertido por “purificação do espírito” ou “purificação do corpo espiritual”. Trata-se de uma prática ocultista, que os messiânicos chamam de “luz de Deus canalizada por Meishu-Sama...” (Igreja Messiânica Mundial, dezembro de 1.980, página 63). Trata-se do velho “passe” com nome novo.      

12. O Ohikari

    Ohikari é uma medalha à qual a IMM atribui o poder de afastar eflúvios nocivos, chamados máculas. É de propriedade exclusiva daquele que foi iniciado na IMM, e, portanto, não pode ser transferido a terceiros em hipótese alguma. Nem mesmo pode ser emprestado. Ao tirá-lo ou colocá-lo, o devoto deve segurá-lo com reverência por um momento, numa atitude de prece.  Deve ser usado sobre o peito, pendurado ao pescoço (...) (Recomendações para os Messiânicos, páginas 32 e 33).

    O Ohikari é, pois, um amuleto e, por conseguinte, condenado pela Bíblia, já que ela se opõe às artes mágicas (At 13:10; 19:19 etc.).

13. É Politeísta

    Em Alicerce do Paraíso, vol. 4, página 5, afirma-se que há “divindades de alto nível,” sendo Jeová, Cristo, Ikoto e outros, integrantes desse conjunto de divindades.

14. É Panteísta

    Segundo o Panteísmo, Deus não é um ser distinto da natureza, sendo o Criador desta, mas sim, a soma de tudo quanto existe. Em outras palavras: Deus é a natureza e a natureza é Deus. Este autor, você e tudo quanto há no Universo, inclusive o Universo, constituímos Deus. Os messiânicos são, pois, panteístas, visto afirmarem que “Deus é a fonte da vida. Tanto o corpo espiritual do homem, quanto o material, são partes dele. Deus e o homem estão indissoluvelmente relacionados como o estão pai e filho”.(Ensinamentos de Nidai-Sama, vol. 1, página 58.)

    O panteísmo é uma maneira sutil de negar a existência de Deus. Quem não crê na existência de um ser incriado, sem princípio e sem fim, Criador de tudo quanto existe além dEle, ateu é. E este é o caso dos messiânicos, como demonstramos com o texto supracitado, embora às vezes, contraditoriamente, afirmem crer que há um criador, como veremos no tópico 16.

         “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus...” (Sl 14:1)

         “No principio criou Deus os Céus e a Terra” (Gn 1:1)

         “Onde estavas tu, quando eu fundava a Terra?” (Jó 38:4)

15. Os “Milagres” na IMM

    A IMM garante que os milagres diversos, como a cura de doenças consideradas incuráveis pela medicina e outras mais, ocorrem no seu seio. Isso é apresentado como “prova” de que a IMM é a religião verdadeira. Porém, não precisamos negar tais alegados milagres para provarmos a inconsistência desse argumento. Basta-nos lembrarmos que à luz da Bíblia, o Diabo também faz “milagres” (2 Ts 2:9-11).

    À prece, ao Johrei, ao Ohikari, e à leitura dos textos sagrados da IMM, os messiânicos recorrem amiúde, na esperança de receberem mais e mais milagres. É mais fé na fé do que fé em
Deus. Aliás, quando os messiânicos tentam expor o que pensam de Deus e do homem, fazem uma confusão que nem eles entendem. Veja este exemplo: “Quem sou eu? Não sou humano, sendo humano; não sou Deus, sendo Deus. Eu crio o homem que salva o homem...” (Igreja Messiânica Mundial, dezembro de l.980).

16. É Uma Religião Terrena

    Na IMM se sonha com a Terra, não com o Céu. O alvo dos messiânicos é fazer da Terra um Paraíso, por eles chamado “mundo de Miroku.” Afirmam os messiânicos: “A realização do Paraíso na Terra foi planejada por Deus desde os primórdios de sua criação, e o homem nasceu para cumprir seu Plano. Portanto, Meishu-Sama fundou a Igreja Messiânica Mundial com este propósito: a realização do Céu na Terra, com Verdade, Virtude e Beleza que trarão saúde, prosperidade e paz.” (Igreja Messiânica Mundial, 1971/1972, página 13).

    Sugerimos que os messiânicos leiam a Bíblia para ficarem sabendo que antes da implantação do Reino dos Céus na Terra, a verdadeira Igreja Messiânica do Messias de Belém de Judá será arrebatada ao Céu (1 Ts 4:13-18). Os messiânicos estão enquadrados em Fp 3:19, que diz: “Cujo fim é a perdição; cujo deus é o ventre; e cuja glória assenta no que é vergonhoso; os quais só cuidam das coisas terrenas”. A verdadeira Igreja, porém, enquadra-se  no versículo seguinte, que diz: “Mas a nossa pátria está nos Céus...”

17. É Reencarnacionista.

    Os messiânicos pregam a teoria da reencarnação, isto é, eles pregam a volta da alma, ou espírito, à vida corporal, em outro corpo. São deles estas palavras: “... As máculas... podem ser herdadas dos antepassados, trazidas de encarnações anteriores, originadas por pensamentos, palavras e atos de maldade (máculas da atual encarnação)...” (Apostila para Aula de Iniciação, página 6). Ora, sabemos, através da Bíblia que o Cristianismo é diametralmente oposto à teoria da reencarnação. Sobre a suposta reencarnação, a Bíblia não se limita a silenciar-se, mas pronuncia desfavoravelmente, com veemência. Senão, vamos às provas:

1ª) Em Hebreus 9:27 podemos ler que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo”;

2ª) Jesus pregou a ressurreição (Jo 5:28 e 29). E, como sabemos, ressurreição e reencarnação, são incompatíveis;

3ª) O dicionarista Aurélio define a palavra “reencarnacionista” assim: “...Pessoa que encara a reencarnação como processo de expiação e auto-redenção”;

    Ora, à luz da Bíblia, a salvação não é pelas obras, mas pela graça, por meio da fé (Ef 2: 8,9). Logo, nenhum reencarnacionista pode, coerentemente, se considerar cristão, nem tampouco elogiar o Cristianismo, já que um dos dois está, obviamente, equivocado. Todavia, os messiânicos louvam o Cristianismo, chamando-o de poderoso. E a João Batista eles chamam de o “grande precursor...” (Apostila para Aula de Iniciação, página 29). E é triste sabermos que esta jogada engana muita gente. Muitos não conseguem enxergar nesta falta de personalidade, indício de fraude; antes pensam que a IMM é apenas mais uma igreja cristã.

    Depois de um tempo considerável, o novo messiânico às vezes descobre que a “Igreja Messiânica” é uma miscelânea de Hinduísmo, Budismo, Espiritismo... e uma “pitada” de Cristianismo. Mas, a essa altura, geralmente ele já terá sofrido uma lavagem cerebral; e, por conseguinte, evitará debate religioso com os que dele divergirem, dizendo com a boca que todas as religiões são boas, bem como crendo que a dele é, não só a melhor, mas a única verdadeira.

18. É Sorrateira.

    Embora as doutrinas da IMM sejam inteiramente diferentes das do Cristianismo autêntico, os líderes dessa “igreja” ousam afirmar que é possível ser adepto da IMM, sem sair da religião a que estava vinculado. Eis a prova: “Os membros de outras Igrejas não precisam renunciar às suas religiões para unir-se à nossa Igreja, porque ela é mais do que uma religião: ela oferece um completo caminho de vida nos três níveis da vida de um homem – espiritual, mental e físico...” (Igreja Messiânica Mundial, 1971/1972, página 20). Dessa declaração podemos perceber que: a) eles querem nos conquistar para a agremiação deles; b) que consideram sua religião superior à de todo mundo; d)que julgam nossas igrejas deficientes; e) empreendem nos conquistar paulatinamente, usando para tanto de muito tato. Porém, o verdadeiro Cristianismo é completo, não tendo, pois, os pagãos, nada a acrescentar.

19. A Bíblia na IMM

    A literatura da IMM está recheada de citações bíblicas. Tal se dá, porém, tão-somente para impressionar os incautos. Dizemos isso porque o fundador dessa “igreja” não se inspirou na Bíblia. Logo, as divergências que há entre nós, os evangélicos, e a IMM, não são mera questão de interpretação da Bíblia; antes reside no fato de que a IMM se apóia numa suposta revelação que seu fundador teria recebido de Deus, dentro de um período aproximadamente de três meses, entre dezembro de 1.936 a março do ano seguinte. Segundo nos narrou o fato o próprio Meishu-Sama, ocorreu o seguinte: “... num dia do mês de dezembro de 1.936, ocorreu-me uma sensação muito estranha na mente, jamais experimentada. Ao mesmo tempo em que a experimentava, sentia-me induzido a falar. Mesmo desejando deter esse impulso, não conseguia. Uma insopitável força me compelia de dentro para fora. Não podendo resistir a ela, deixei-a expressar-se livremente; as primeiras palavras foram: ‘Prepare papel e tinta’. Pedi  à minha esposa que assim procedesse, depois disso as palavras brotavam ininterrupta e compassadamente, sobre fatos surpreendentes...” (citado em Desmascarando as Seitas, de Natanael Rinaldi e Paulo Romeiro, 3ª edição de 1997, CPAD -  Casa Publicadora das Assembléias de Deus -,  páginas 58 e 59). 

    É nessas revelações à moda psicográfica, tão abundantes nos centros espíritas de todo o mundo, e outras mais, que Meishu-Sama edificou a sua “igreja”. Contudo, para conquistar a simpatia dos que admiram a Bíblia, podemos ler na literatura da IMM o seguinte: “... Como diz a Bíblia: ‘Procure primeiro o reino de Deus e a sua justiça e todas as coisas lhe serão dadas de acréscimo.’ “  (Ensinamentos de Nidai-Sama, vol. 1, página 51). E: “Meditemos na grande advertência bíblica: ‘Arrependei-vos porque é chegado o Reino dos Céus.’ Não é possível que o grande precursor do poderoso cristianismo, que influenciou metade do mundo, tenha proferido palavras sem fundamento”.  (Apostila para Aula de Iniciação, página 29).

    O fato de a literatura messiânica conter esporádicas citações da Bíblia, somado à triste realidade de que as doutrinas da IMM não são extraídas da Bíblia, já que essa “igreja” prega reencarnação, carma, culto aos ancestrais... bem como não pratica o Batismo, a Santa Ceia do Senhor... negando, deste modo, as doutrinas rudimentares da fé cristã, como, por exemplo, a eficácia do sangue de Jesus, a unicidade de nossa passagem por esta vida, a ressurreição dos mortos, o arrebatamento da Igreja e assim por diante, prova cabalmente que a Bíblia é citada pelos líderes da IMM com segundas intenções.

    A IMM precisa se posicionar quanto a ficar ou não com a Bíblia; pois doutro modo fará jus ao título de sofismática.

    Quanto à “fantástica” experiência de Meishu-Sama, a respeito da forma como “Deus” se lhe teria feito as alegadas revelações, relembramos que Meishu-Sama não é o primeiro fundador de religião a apelar para o sobre-humano, a fim de estabelecer suas doutrinas. Quantos estudam a História das Religiões sabem que Maomé (o fundador do Islamismo), Joseph Smith (o fundador do Mormonismo), Ellen G. White (a mentora do Adventismo), etc., não foram menos fantasiosos que Meishu-Sama.

    Deus sempre se revelou ao homem, mas as “revelações” da IMM datam de 1.936. Por que só agora tais revelações viriam a lume? Aliás, a IMM não trouxe nenhuma novidade, considerando que reencarnação, carma, amuleto, politeísmo, panteísmo, culto aos antepassados, passe (Johrei) e outras mais, são mais velhos que andar para frente. E não menos velho é citar a Bíblia ardilosamente.

    Afinal de contas, a IMM é ou não é uma revelação nova? Se sim, onde está a novidade? Se não, em que consiste sua pretensa superioridade?

20. O Porquê do nome “Messiânica”

    O qualificativo “messiânico” pode significar o mesmo que cristão, posto que Messias e Cristo são vocábulos equivalentes entre si, sendo esta a pronúncia em grego; e aquela, em hebraico. Por exemplo, em Israel os cristãos são chamados, tanto oficial, quanto popularmente, de “messiânicos”. Aqui, no Brasil, há uma igreja evangélica chamada Igreja Messiânica. Todavia, a “Igreja Messiânica” Mundial aqui estudada, não toma o seu nome do Messias dos cristãos, que é Jesus de Nazaré; antes o extrai do fato de que o termo “messias” não é exclusivo do cristianismo, mas sim, comum às religiões. Crê-se que Moisés, Zoroastro, Buda, Confúcio, Jesus, Maomé... eram messias (ou cristos), isto é, espíritos Missionários que, no devido tempo, entraram no seio da Humanidade, acelerando o nosso processo evolutivo. Esta informação é importante, para que não se pense que estejamos dizendo que os messiânicos são falsos cristãos. Não! Falsos cristãos são os mórmons, os testemunhas de Jeová, os adventistas, os kardecistas, os católicos, os ortodoxos... Os messiânicos não são falsos cristãos, nem tampouco cristãos verdadeiros. Eles simplesmente não são cristãos. Eles têm outra religião. Eles admiram o Cristianismo, mas consideram-no obsoleto.

Informemos aos messiânicos que só o Senhor Jesus Cristo salva o pecador (At 4:12; Jo 14:6; 15:5); que Cristo não é obsoleto (Hb 13:8); e que, por conseguinte, o Cristianismo veio para ficar (Hb 13:20; 2 Co 3:11); estando, pois, perdidos, os que o consideram arcaico (Jo 8:24).

21. Há Messiânicos Sinceros?

    Já respondemos positivamente a esta pergunta, contudo, ratificamos aqui o nosso parecer.

    Formulamos certo dia a um messiânico a seguinte pergunta: vocês se consideram cristãos? Estávamos preparados para mostrar-lhe, caso ele respondesse que sim, que a sua “igreja” e a Igreja de Jesus são como água e óleo. Mas, para nossa surpresa, ele assumiu: “Não. Nós não somos cristãos”. Naquela época já havíamos sido informados que a IMM era uma seita japonesa que cultuava aos mortos e pregava a reencarnação. Todavia, sem maior profundidade.

    Quando o referido messiânico respondeu negativamente à nossa interrogação, percebemos que o Diabo era mais feio do que se pintava. Então dissemos a ele que Jesus é o único caminho. Ao que ele retrucou dizendo que “cada Era tem o seu Messias. Jesus foi o Messias do século I. nós, porém, estamos no século XX, e quem rege agora, é Meishu-Sama”. E, falando gíria, asseverou: “Jesus já era!”

    Os messiânicos não são cristãos, e eles sabem disso, embora nem todos confessem este fato. Às vezes, quando os encurralamos, saem pela tangente, alegando que são de todas as religiões, incluindo aí a religião cristã, visto que a IMM é como uma coletânea de tudo que há de bom, em todas as religiões, mais alguma coisa. E acrescentam que tal corpo de doutrinas foi revelado por Deus a Meishu-Sama, em 1936, no Japão.

CONCLUSÃO

    Esperamos que estas linhas levem luz aos que estão nas densas trevas da IMM. Não objetivamos afrontar a quem quer que seja, antes queremos seguir o exemplo que Jesus nos legou, desmascarando os falsos profetas da sua época.

    Estas linhas serão lidas principalmente pelos nossos irmãos em Cristo. Que as informações aqui contidas lhes sirvam como munição, na guerra contra o mal. Entremos “no forte do Inimigo e” tiremos “os cativos de lá”, como bem o diz o poeta cristão.

    Não obstante estarmos sendo repetitivos, relembramos que em todas as religiões, bem como fora delas, existem pessoas de bem, sinceras, e que ainda não perderam a capacidade de raciocinar com suas próprias cabeças. Se este é o caso do leitor, sugerimos que não se deixe envolver na “malha” da IMM. E, se já se deixou levar, aconselhamos a que troque Meishu-Sama por Jesus. O porquê deste conselho é que aquele está enchendo sepultura, mas este está enchendo o Céu, e quer encher hoje e sempre, o seu coração. Sim, este está vivo, pois após morrer na cruz para pagar a nossa dívida, ressurgiu dentre os mortos e ascendeu ao Céu, donde virá para reinar (Ap 19:11 – 22:21).

    Não ore a Meishu-Sama, visto que ele está morto. Ore somente ao Deus triúno, Criador dos Céus, da Terra e de tudo quanto neles há, e, portanto, seu Criador (Mt 6:9-13; At 7:59; 1Co 1:2; etc.).

Não tema abandonar os escritos de Meishu-Sama. Pelo contrário, apegue-se à Bíblia. Ela será lâmpada para os seus pés, e luz para o seu caminho (Sl 119:105).

    Não caia no conto do vigário, dando dinheiro à IMM a fim de se purificar de suas máculas (ou seja, seus pecados), pois só o sangue de Jesus pode purificá-lo de suas impurezas (1Jo 1:7). Ora, contribuir para manutenção de um ideal, é bíblico e racional. Porém, fazê-lo para purificar-se de pecado é ser vítima de charlatanismo. Isso cheira a “Santa Sé”, com suas rentáveis indulgências e outras simonias.

    Que Deus o abençoe!

                                                                                                                Pr. Joel Santana

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Agosto de 2007